Rodolfo Juarez
As
autoridades que deveriam cuidar do sistema de acessibilidade da população
dentro dos perímetros urbanos de Macapá e Santana, identificando situações que
precisam ser resolvidas de forma singular ou compartilhadas, preferem valer-se
da propaganda enganosa para divulgar sonhos e imaginar situações irreais.
Se as
propostas fossem realmente reais, para valer, os indicativos seriam outros, os
procedimentos seriam resultados de um plano técnico, onde estivessem definidas
as etapas e não de uma proposta sem fundamento e sem estudo sério, técnico e
realista, que pudesse transmitir à população confiança e ao Estado e aos
Municípios a certeza de que os projetos começariam e terminariam.
O
sistema viário de uma cidade - pequena, média ou grande -, precisa estar
definido e quando se começa a perceber que a individualidade do tratamento não
se torna eficaz, então se busca as ações compartilhadas.
No
caso, a Prefeitura de Macapá já não pode elaborar um plano viário para a cidade
de Macapá sem considerar as influências da população da cidade de Santana.
Os
interesses de grande parte da população de cada um dos dois núcleos urbanos,
Macapá e Santana, começam a ser dependentes, exigindo soluções técnicas comuns
e decisões políticas sem o ingrediente eleitoral ou partidário.
A
incapacidade executiva demonstrada pelo governo do estado tem sido maior do que
a de qualquer um dos dois municípios.
Os mais
recentes exemplos podem ser citados pelo que resultou da Rodovia Norte/Sul,
projetada (?) para ligar a BR-210 à Rodovia Estadual Duca Serra. Uma via com
6,7 km que está com os serviços paralisados há mais de 4 anos, desafiando a
capacidade dos técnicos e de agentes públicos. E aqui não se fala nem de valor
da obra: um simples levantamento indicará o quanto aumentou da proposta
original.
Outro
exemplo é a via da orla, que teve os seus trabalhos interrompidos quando
faltava, na direção norte/sul a conclusão dos muros de arrimo do Araxá até a
lagoa de estabilização, ligando a via Setentrional, protegendo a orla e
devolvendo o ambiente turístico, inclusive do rio das Pedrinhas.
Aquele
muro de arrimo está desafiando os técnicos e os gestores do Governo que se veem
vencidos por problemas técnicos que não conseguem resolver, deixando a cidade
desprotegida e a população sujeita aos problemas que são da incumbência
policial.
O vazio
territorial entre Macapá e Santana é duas vezes maior do que a atual área
ocupada pelas duas cidades. Essa área vazia se transforma em objeto de desejo
dos especuladores que vão adquirindo áreas que certamente serão urbanizadas,
com o objetivo de especular futuras desapropriações.
A via
que segue a linha imaginária do Equador, desde o Estádio Zerão, até à Rodovia
Duca Serra, ás proximidades do posto fiscal do estado, poderia definir uma
linha de mobilidade de interesse das cidades de Macapá, Santana, do Distrito
Industrial e do município de Mazagão, permitindo deslocamento mais rápido e com
segurança no trânsito, inclusive de coletivos, e rapidez no deslocamento. Seria
uma via de 8,85 km.
Além
disso, a Rua Goiabal com 4,45km ligaria esta via do Equador com a via Duca
Serra, dando vazão ao trânsito que hoje já se mostra complicada para aqueles
que usam a Duca Serra em qualquer dos sentidos do trânsito naquela rodovia.
Está
claro que isso exige muito mais responsabilidade e compromisso dos técnicos e
dos gestores, do que o próprio recurso necessário para executar as obras e
serviços. É um plano para quem pretende entender a necessidade de se ter um
plano de desenvolvimento para o Estado e não um mero programa de execução
orçamentária para um governo.
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