Rodolfo Juarez
Algumas
coisas acontecem e que precisam ser analisadas com mais cuidado para que
tenhamos explicações para o que parece obvio.
Uma
dessas “coisas” é a primeira obra de um gestor. Exatamente aquela com a qual
ele abre o mandato com anúncios, os mais curiosos e, depois percebe que não era
nada daquilo que disse ou anunciou e que agora, só resta registrar na “coluna
do esquecimento” como se isso fosse possível.
Vamos
destacar três dessas que foram as primeiras obras de três gestores diferentes:
a obra de reforma do Estado Municipal Glicério de Souza Marques, a construção
do Píer 2 do Santa Inês e a reforma do Trapiche Eliezer Levy.
A
Reforma do Estádio Municipal Glicério de Souza Marques foi a primeira obra
impactante idealizada pelo prefeito Roberto Góes. Tinha motivo e clamor para
que fosse realizada, ou seja, havia a necessidade da reforma e a população
queria que fosse feira.
Ainda
tinha o reforço de ser o prefeito também o presidente da Federação Amapaense de
Futebol, em tese, a entidade que mais utilizaria aquele histórico local que já
está, para sempre, na memória amapaense pelo que significa para a cidade e,
também, por ser um das referências da população.
Pois
bem, a obra começou e depois degringolou. Não houve esforço dos administradores
do estádio, pedidos dos clubes esportivos e atletas, e clamor popular que
motivasse a administração municipal, comandada por Roberto Góes, então prefeito
e atual deputado federal, para continuara a reforma, mesmo estando com o
contrato vigente, a empresa no canteiro e a obra começada.
Além de
não reformar o que precisava ser reformado, o estádio ficou completamente
abandonado, vem piorando as condições que tinha e sendo hoje um “elefante
caído” que precisa ser reanimado para, outra vez, chamar a atenção dos
amapaenses pela sua importância e sua localização.
Outra
obra considerada como “maldição” é a da Construção do Píer 2 do Santa Inês. Foi
exatamente a primeira obra autorizada pela equipe do Governador Camilo
Capiberibe.
Havia
uma emenda prometida pela ex-deputada federal Fátima Pelaes, hoje na Secretaria
de Política para as Mulheres da Presidência da República, com status de
ministro de estado, com valor anunciado de 8
milhões de reais. Pois bem, foi dada a ordem de serviço, a obra começou
e, depois de alguns meses, parou e assim se encontra até agora. O Governo
acabou rescindindo o contrato com a empresa e o pagamento da mediação feita foi
com recursos do Tesouro do Estado. O dinheiro prometido na emenda da então
deputada federal não apareceu, ou se apareceu, não foi aplicado.
O que
resta agora é um esqueleto de trapiche, sem qualquer serventia e ainda se
tornando um obstáculo perigoso para a navegação na área.
A
terceira “maldição” refere-se à Reforma do Trapiche Eliezer Levy. Esta foi a
primeira obra autorizada pelo atual Governador Waldez Góes. Começou como uma
pequena reforma, de pouco mais de 100 mil reais, depois cresceu, engordou,
coube no orçamento até uma torre de aço na “cabeça” do trapiche que até hoje
não se sabe se um dia servirá para alguma coisa.
Quando
aprontou ninguém quis locar os espaços de lanchonete, sorveteria e outros
serviços, muito embora houvesse mais de duas tentativas com editais publicados.
Atualmente,
um dos mais importantes pontos turísticos de Macapá, o Trapiche Eliezer Levy,
está fechado para visitação, frustrando a população que pagou alto pela reforma
e dela nada usufrui.
Essas
obras ou reformas foram as primeiras de três administrações diferentes e
nenhuma delas está servindo à população e, para os mais supersticiosos, estão
no grupo de obras sujeitas à “maldição da primeira obra”.
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