Rodolfo Juarez
Para
nós aqui do Estado do Amapá é muito mais conhecido o pato do que a águia e por
isso é importante entender a comparação entre os comportamentos de um pato e o
comportamento de uma águia. Para deixar-nos em condições de avaliar a
comparação, quase enigmática, passemos a prestar a atenção daqueles com os
quais nos relacionamos diária ou eventualmente.
O pato
é aquele animal que faz zoada grasnando como o marreco, o cisne e o ganso. Bate
a asa e não sai do chão, toma banho em qualquer tipo de água e chama a atenção
pela sua esperteza na escolha do esconderijo.
A águia está sempre sozinha, no máximo em duas. Ficam lá no
alto, olhando o azul infinito. É do alto avaliam todos os poderes, inclusive o
Divino. Muitas vezes tem que ficar sozinha por causa de seus princípios. Não
tem medo de ficar sós.
Geralmente, o sábio anda na contramão da vida.
Definidos estes conceitos cabe a cada um colocar em seu lugar
aqueles que passaremos a obervar: os que têm comportamento de patos, na coluna
dos pagos; e os que têm comportamento de águia, na coluna das águias.
Então, agora você já pode fazer a sua lista e, para facilitar
a seleção, crie uma coluna onde as características do listado não é nem de pato
e nem de águia.
Basta sair por ai e observar cuidadosamente. Verificar o que
estão dizendo as pessoas sobre elas mesmas e sobre as questões locais e
nacionais, ver o jeito, observar o que pretendem e, dessa forma, simplesmente
listar.
É provável que logo, de cara, você tenha já feito essa
separação entre aqueles que se comportam como pato e os que se comportam como
águia, mas é bom confirmar para que não seja cometida nenhuma injustiça,
principalmente contra você mesmo, errando a colocação do nome a coluna certa,
pois, ao final, você será o primeiro a entender que avaliou errado e colocou,
por causa disso, na coluna errada.
O momento político que o Brasil atravessa é propício para
identificar quem se alinha no comportamento de pato e quem se comporta como
águia, ou aqueles que não se comportam como quaisquer das duas referências
comparativas.
Não pode ser abandonada a hipótese de quem tenha um
comportamento de pato agora, possa virar águia, afinal de contas a sociedade
pode mostrar para aquele “pato” que vale a pena tentar ser águia, voando alto,
avaliando os problemas com tranquilidade, enfrentando cada um deles no exato
limite de sua capacidade e oferecendo um serviço de qualidade para os seus
“clientes”.
O que não se pode mais e, vendo a lista de “patos” ou
daqueles que estão em transição para nelas constarem, deixar os ouvidos livres
para continuar dando crédito para a zoada e perder tempo, ou incentivar alguns
perderem esse tempo, exatamente em um tempo em que não se desperdiça nada.
O Brasil e o Amapá, de um modo muito especial, precisam de
águias para alcançar o que a população do Amapá deseja, muito embora ainda se
veja muitos patos batendo assas, fazendo barulho e chamando a atenção para
eles.
Se prestar bem atenção, a água não molha pato. As penas
parecem ter uma proteção que não permite limpeza.
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