sexta-feira, 14 de julho de 2017

Pato ou águia

Rodolfo Juarez
Para nós aqui do Estado do Amapá é muito mais conhecido o pato do que a águia e por isso é importante entender a comparação entre os comportamentos de um pato e o comportamento de uma águia. Para deixar-nos em condições de avaliar a comparação, quase enigmática, passemos a prestar a atenção daqueles com os quais nos relacionamos diária ou eventualmente.
O pato é aquele animal que faz zoada grasnando como o marreco, o cisne e o ganso. Bate a asa e não sai do chão, toma banho em qualquer tipo de água e chama a atenção pela sua esperteza na escolha do esconderijo.
A águia está sempre sozinha, no máximo em duas. Ficam lá no alto, olhando o azul infinito. É do alto avaliam todos os poderes, inclusive o Divino. Muitas vezes tem que ficar sozinha por causa de seus princípios. Não tem medo de ficar sós.
Geralmente, o sábio anda na contramão da vida.
Definidos estes conceitos cabe a cada um colocar em seu lugar aqueles que passaremos a obervar: os que têm comportamento de patos, na coluna dos pagos; e os que têm comportamento de águia, na coluna das águias.
Então, agora você já pode fazer a sua lista e, para facilitar a seleção, crie uma coluna onde as características do listado não é nem de pato e nem de águia.
Basta sair por ai e observar cuidadosamente. Verificar o que estão dizendo as pessoas sobre elas mesmas e sobre as questões locais e nacionais, ver o jeito, observar o que pretendem e, dessa forma, simplesmente listar.
É provável que logo, de cara, você tenha já feito essa separação entre aqueles que se comportam como pato e os que se comportam como águia, mas é bom confirmar para que não seja cometida nenhuma injustiça, principalmente contra você mesmo, errando a colocação do nome a coluna certa, pois, ao final, você será o primeiro a entender que avaliou errado e colocou, por causa disso, na coluna errada.
O momento político que o Brasil atravessa é propício para identificar quem se alinha no comportamento de pato e quem se comporta como águia, ou aqueles que não se comportam como quaisquer das duas referências comparativas.
Não pode ser abandonada a hipótese de quem tenha um comportamento de pato agora, possa virar águia, afinal de contas a sociedade pode mostrar para aquele “pato” que vale a pena tentar ser águia, voando alto, avaliando os problemas com tranquilidade, enfrentando cada um deles no exato limite de sua capacidade e oferecendo um serviço de qualidade para os seus “clientes”.
O que não se pode mais e, vendo a lista de “patos” ou daqueles que estão em transição para nelas constarem, deixar os ouvidos livres para continuar dando crédito para a zoada e perder tempo, ou incentivar alguns perderem esse tempo, exatamente em um tempo em que não se desperdiça nada.
O Brasil e o Amapá, de um modo muito especial, precisam de águias para alcançar o que a população do Amapá deseja, muito embora ainda se veja muitos patos batendo assas, fazendo barulho e chamando a atenção para eles.
Se prestar bem atenção, a água não molha pato. As penas parecem ter uma proteção que não permite limpeza. 

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