Rodolfo Juarez
Volto a
destacar a rodovia federal BR-156 exatamente porque já chegamos ao meio do
período sem chuva que é tão esperado para a continuação dos serviços de
execução desta que é a estrada mais antiga em construção no Brasil.
Retorno
no tempo para recordar a reunião havida no Palácio do Setentrião, com a
participação do governador do estado, de um deputado federal pelo Amapá, de um
representante da Diretoria Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transporte e do Superintendente Regional do Dnit para o Amapá – Dnit/AP, quando
foi anunciado, solenemente, a retomada das obras da BR-156, inclusive do tramo
sul, com a divisão dos lotes e informado que os dois lotes que ainda precisam
ser construídos no tramo norte, em um trecho de 110 km, entre as cidades de
Calçoene e Oiapoque.
Durante
os anúncios oficiais, foi citado, inclusive, que já haveria acertos para que o
Exército Brasileiro, através da sua unidade de construção, assumisse os lotes 1
e 2 do tramo sul, que o Governo do Estado ficaria com o lote 4, pois já estava
com o convênio assinado há dois anos, e com dinheiro em conta para começar os
serviços, ficando apenas a indefinição do lote 3, que deveria ser licitado pelo
Dnit.
Com
relação aos dois lotes do tramo norte, a informação é de que já tinha sido dada
a ordem do serviço, e que era apenas uma questão de tempo a retomada das obras
pelas empresas e que, mesmo durante o período das chuvas seriam realizados os
serviços de construção das pontes, em torno de 74, que precisam ser construídas
no trecho em construção entre Calçoene e Oiapoque.
Pois
bem, estamos terminando o mês de setembro, e as notícias referentes ao tramo
norte da BR-156 são de que apenas serviços de recuperação dos trechos mais afetados
estão sendo realizados e que a obra definitiva não foi começada e nem as pontes
tiveram iniciadas as construções.
Com
relação ao tramo sul, as notícias são de que a estrada continua do mesmo jeito,
sem qualquer trabalho sendo executado. E, pior, o batalhão de engenharia e
construção do Exército Brasileiro que fora anunciado pelo governador, pelo
deputado e pelos agentes do Denit, na reunião havida no Palácio do Setentrião,
de que o BEC seria o responsável pela construção, até agora nada foi confirmado.
Nem
mesmo o lote 1 que fica próximo da Capital do Estado, que já tem dinheiro
locado há mais de dois anos, e que seria executado pelo Governo do Amapá,
começou.
Esta
situação está preocupando os usuários da Rodovia BR-156 que já projetam a
repetição dos problemas na estrada para o período chuvoso que começa em
dezembro de 2018, com a volta dos atoleiros, das pontes inseguras e dos riscos
de vida para aqueles que precisam chegar a Macapá vindo do Oiapoque ou vindo de
Oiapoque para Macapá.
Essa
falta de compromisso com o que anunciam os governantes compromete o
desenvolvimento do estado e a entrada de recursos novos para desenvolvimento de
projetos que possam gerar emprego e melhorar a qualidade de vida deste povo que
espera mais responsabilidade por parte dos seus governantes, representantes e
agentes públicos.
É
impossível continuar assim. Para se ter uma ideia, a preços de hoje os lotes
que faltam ser construídos, incluindo as obras de arte, superam 350 milhões de
reais, o que representaria uma injeção desse capital na economia local em dois
anos.
O povo
precisa a verdade prevaleça e que as mentiras ou erros de avaliação sejam
diluídos pela inteligência e a responsabilidade de governantes.
Chega
de enrolação!
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