quarta-feira, 20 de setembro de 2017

BR-156: mais um ano de espera

Rodolfo Juarez
Volto a destacar a rodovia federal BR-156 exatamente porque já chegamos ao meio do período sem chuva que é tão esperado para a continuação dos serviços de execução desta que é a estrada mais antiga em construção no Brasil.
Retorno no tempo para recordar a reunião havida no Palácio do Setentrião, com a participação do governador do estado, de um deputado federal pelo Amapá, de um representante da Diretoria Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte e do Superintendente Regional do Dnit para o Amapá – Dnit/AP, quando foi anunciado, solenemente, a retomada das obras da BR-156, inclusive do tramo sul, com a divisão dos lotes e informado que os dois lotes que ainda precisam ser construídos no tramo norte, em um trecho de 110 km, entre as cidades de Calçoene e Oiapoque.
Durante os anúncios oficiais, foi citado, inclusive, que já haveria acertos para que o Exército Brasileiro, através da sua unidade de construção, assumisse os lotes 1 e 2 do tramo sul, que o Governo do Estado ficaria com o lote 4, pois já estava com o convênio assinado há dois anos, e com dinheiro em conta para começar os serviços, ficando apenas a indefinição do lote 3, que deveria ser licitado pelo Dnit.
Com relação aos dois lotes do tramo norte, a informação é de que já tinha sido dada a ordem do serviço, e que era apenas uma questão de tempo a retomada das obras pelas empresas e que, mesmo durante o período das chuvas seriam realizados os serviços de construção das pontes, em torno de 74, que precisam ser construídas no trecho em construção entre Calçoene e Oiapoque.
Pois bem, estamos terminando o mês de setembro, e as notícias referentes ao tramo norte da BR-156 são de que apenas serviços de recuperação dos trechos mais afetados estão sendo realizados e que a obra definitiva não foi começada e nem as pontes tiveram iniciadas as construções.
Com relação ao tramo sul, as notícias são de que a estrada continua do mesmo jeito, sem qualquer trabalho sendo executado. E, pior, o batalhão de engenharia e construção do Exército Brasileiro que fora anunciado pelo governador, pelo deputado e pelos agentes do Denit, na reunião havida no Palácio do Setentrião, de que o BEC seria o responsável pela construção, até agora nada foi confirmado.
Nem mesmo o lote 1 que fica próximo da Capital do Estado, que já tem dinheiro locado há mais de dois anos, e que seria executado pelo Governo do Amapá, começou.
Esta situação está preocupando os usuários da Rodovia BR-156 que já projetam a repetição dos problemas na estrada para o período chuvoso que começa em dezembro de 2018, com a volta dos atoleiros, das pontes inseguras e dos riscos de vida para aqueles que precisam chegar a Macapá vindo do Oiapoque ou vindo de Oiapoque para Macapá.
Essa falta de compromisso com o que anunciam os governantes compromete o desenvolvimento do estado e a entrada de recursos novos para desenvolvimento de projetos que possam gerar emprego e melhorar a qualidade de vida deste povo que espera mais responsabilidade por parte dos seus governantes, representantes e agentes públicos.
É impossível continuar assim. Para se ter uma ideia, a preços de hoje os lotes que faltam ser construídos, incluindo as obras de arte, superam 350 milhões de reais, o que representaria uma injeção desse capital na economia local em dois anos.
O povo precisa a verdade prevaleça e que as mentiras ou erros de avaliação sejam diluídos pela inteligência e a responsabilidade de governantes.

Chega de enrolação! 

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