Rodolfo Juarez
Continuam
os problemas das obras paradas em todo o Estado do Amapá. Entretanto não se vê
a elaboração de um programa que, mesmo paulatinamente, possa mudar esse quadro
que além de deixar a cidade feia, a população sem o serviço, ainda facilita os
malfeitos.
Durante
todo esse tempo que tenho de vida no Amapá, tive oportunidade de conhecer as
necessidades de cada parte desse estado, não me recordo de um abandono tão
grande pelo que está feito, pelo que está começado e não terminado, pelo que
está projetado e pelo que precisa ser planejado.
O
orçamento anual do Estado do Amapá não diminui de valor, ao contrário todo ano
experimenta um aumento e, por exemplo, o deste ano, tem um aumento
significativo, muito embora pequeno no seu percentual, mas grande quando se
trata do valor absoluto, isolado, com parcela que só não é maior do que o
orçamento da capital.
Alguns
costumes são adotados com facilidade pelo gestor. Um deles é o de que a
administração enfrenta uma grande crise, “uma crise insuperável”.
Essa
não pode ser a resposta para uma população que precisa ter confiança em seus
dirigentes, para uma população que acreditou nos planos apresentados durante a
campanha eleitoral e que não foram correspondidos quando o gestor alcançou o
cargo que pretendia.
Foi
assim, para não retornar tanto, nas recentes administrações dos 10 últimos anos
quando os governadores e seus auxiliares se apoderaram da desculpa da crise
para não fazer nada, inclusive qualquer análise do que ele mesmo estava
fazendo.
O
reflexo do mau uso do dinheiro público é constatado no relatório (se é que
existe!) de obras que foram iniciadas e que estão completamente paradas, quase
abandonadas.
O grave
é que até agora os que dizem que “estão à disposição para serem candidatos a
governador” já tiveram a oportunidade e o Amapá vem se ressentindo de
lideranças que possa despertar confiança e esperança. Não adianta mais repetir.
Não adianta pretender tirar alguma coisa de políticos profissionais que, ao longo
do tempo, já demonstraram que não têm nada para oferecer.
Tem
também aqueles que estão na “onda” das celebridades, dos interesses
extra-Amapá. Esses também precisam ser observados. Se não têm coragem para
buscar os nossos interesses, então, provavelmente, estarão na linha do
entreguismo, onde o se conforma em “deixar como está, para ver como é que
fica”.
Os
políticos estão entre os servidores públicos que recebem os melhores salários,
que têm a completa mordomia e que, por isso, concordam em “deixar como está”.
Você
concorda?
Percebe
que neste mandato até os funcionários públicos estaduais estão sendo punidos no
que é mais sagrado, no que é motivo de sua sobrevivência. Pois bem, a desculpa
do pagamento parcelado do salário é uma punição sem limite que avança sobre a
família de cada qual e sobre todas as famílias que contribuem para o pagamento,
não parcelado, do salário de cada um dos funcionários públicos estaduais.
Os
gestores têm agido assim.
Acreditam
que seus próprios colaboradores devem seguir a proposta irresponsável da má
aplicação dos recursos e do pouco zelo pelo que é de todos, inclusive as obras
públicas que estão paradas.
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