quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Não adianta repetir

Rodolfo Juarez
Continuam os problemas das obras paradas em todo o Estado do Amapá. Entretanto não se vê a elaboração de um programa que, mesmo paulatinamente, possa mudar esse quadro que além de deixar a cidade feia, a população sem o serviço, ainda facilita os malfeitos.
Durante todo esse tempo que tenho de vida no Amapá, tive oportunidade de conhecer as necessidades de cada parte desse estado, não me recordo de um abandono tão grande pelo que está feito, pelo que está começado e não terminado, pelo que está projetado e pelo que precisa ser planejado.
O orçamento anual do Estado do Amapá não diminui de valor, ao contrário todo ano experimenta um aumento e, por exemplo, o deste ano, tem um aumento significativo, muito embora pequeno no seu percentual, mas grande quando se trata do valor absoluto, isolado, com parcela que só não é maior do que o orçamento da capital.
Alguns costumes são adotados com facilidade pelo gestor. Um deles é o de que a administração enfrenta uma grande crise, “uma crise insuperável”.
Essa não pode ser a resposta para uma população que precisa ter confiança em seus dirigentes, para uma população que acreditou nos planos apresentados durante a campanha eleitoral e que não foram correspondidos quando o gestor alcançou o cargo que pretendia.
Foi assim, para não retornar tanto, nas recentes administrações dos 10 últimos anos quando os governadores e seus auxiliares se apoderaram da desculpa da crise para não fazer nada, inclusive qualquer análise do que ele mesmo estava fazendo.
O reflexo do mau uso do dinheiro público é constatado no relatório (se é que existe!) de obras que foram iniciadas e que estão completamente paradas, quase abandonadas.
O grave é que até agora os que dizem que “estão à disposição para serem candidatos a governador” já tiveram a oportunidade e o Amapá vem se ressentindo de lideranças que possa despertar confiança e esperança. Não adianta mais repetir. Não adianta pretender tirar alguma coisa de políticos profissionais que, ao longo do tempo, já demonstraram que não têm nada para oferecer.
Tem também aqueles que estão na “onda” das celebridades, dos interesses extra-Amapá. Esses também precisam ser observados. Se não têm coragem para buscar os nossos interesses, então, provavelmente, estarão na linha do entreguismo, onde o se conforma em “deixar como está, para ver como é que fica”.
Os políticos estão entre os servidores públicos que recebem os melhores salários, que têm a completa mordomia e que, por isso, concordam em “deixar como está”.
Você concorda?
Percebe que neste mandato até os funcionários públicos estaduais estão sendo punidos no que é mais sagrado, no que é motivo de sua sobrevivência. Pois bem, a desculpa do pagamento parcelado do salário é uma punição sem limite que avança sobre a família de cada qual e sobre todas as famílias que contribuem para o pagamento, não parcelado, do salário de cada um dos funcionários públicos estaduais.
Os gestores têm agido assim.

Acreditam que seus próprios colaboradores devem seguir a proposta irresponsável da má aplicação dos recursos e do pouco zelo pelo que é de todos, inclusive as obras públicas que estão paradas.

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