Rodolfo Juarez
Neste
final de mês o noticiário nacional e internacional tem chamado muito mais
atenção do que o noticiário local aqui no Estado do Amapá.
Este
ambiente acaba sendo muito favorável para os gestores locais que ficam mais
livres para fazer o que bem entender, de bom e de ruim, selecionar o que quer e
o que não quer que a população saiba.
São
noticiados tantos problemas de violência no Rio de Janeiro que a violência
daqui, principalmente em Macapá, Santana e Laranjal do Jari, vira números que
são apresentados e comentados conforme o apresentador ou o comentarista,
situação favorável para aqueles que não têm resposta para as questões que se
acumulam e precisam ser resolvidas.
Aliás,
nesse aspecto, quem ficou em uma saia justa foi o deputado estadual Ericláudio
Alencar que deixou o mandato que lhe foi dado pelo povo, para assumir um cargo
que lhe foi oferecido pelo governador.
Nessa
movimentação foi confirmada a máxima de que, na política, na administração e na
vida, não existe vácuo e quando ele aparece, se aparece, é imediatamente
preenchido.
No caso
do deputado Ericláudio Alencar, quando se levantou da cadeira na Assembleia
Legislativa para sentar na cadeira número um da Secretaria de Estado da
Segurança Pública, a fila andou e a suplente “costa quente”, Telma Gurgel,
imediatamente sentou na cadeira vaga na Assembleia. Voltar a fila agora está
muito difícil e não depende apenas da decisão do secretário Ericláudio.
Além
disso, fenômenos da natureza foram registrados na América Central e na América
do Norte. Os furacões nas ilhas caribenhas e nos Estados Unidos da América
foram devastadores e muito violentos, completando o cenário de sacrifício dos
mexicanos com dois terremotos com grande capacidade destruidora, tanto que o
segundo deixou mais de 40 prédios no chão e quase 300 pessoas mortas e outro
tanto até agora como desaparecidas.
Esses
fatores, aliados à reviravolta nas delações dos donos da JBS e do bambuzal do
ex-PGR na direção do presidente da República do Brasil, deixaram o ambiente
próprio para os marqueteiros locais, ou de outros estados, mas que trabalham
para os políticos locais, livres para propor peças publicitárias, em desacordo
com a realidade, consolidando, mais uma vez, o estado virtual só percebido
pelos administradores do estado real.
No meio
disso tudo a incerteza da Reforma Política e, nesse tom as lideranças começaram
a fazer e refazer seus planos de campanha, alguns já em execução desde o começo
do ano sob os olhares daqueles que deveriam fiscalizar a campanha eleitoral
antecipada.
Olhando
apenas para o adversário vizinho, órgãos de comunicação se ajustam à proposta
do Executivo Estadual, exibindo peças publicitárias sem compromisso com a
verdade e tendo que ler testemunhais com os quais não concorda, mas, se não
ler, sai do processo e do sistema de pagamento da publicidade oficial.
Até
assuntos muito importantes para o Amapá saíram rapidamente do ambiente de
debate. A Renca foi esquecida, mesmo sem nada ter mudado, apenas deixou-se de
se falar em Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Gisele Bündchen, entre outros e de
ouvir, nas redes sociais, uma das “melodias” de mau gosto que foi gerada no
período e interpretada por artistas locais, alguns, hoje, completamente
arrependidos da empreitada.
Ah! Nesse contexto ainda aconteceu o equinócio
e o rock in rio, este, exatamente na cidade em que está instalado um estados
paralelo formado por foras-da-lei. Mesmo assim, os cariocas continuam cantando
que o Rio de Janeiro continua lindo.
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