sábado, 3 de fevereiro de 2018

260 anos: o omento da cidade de Macapá

Rodolfo Juarez
Macapá está completando 260 anos de fundação, mas está acanhada, sem emoção, sem alegria, pois sabe que está desarrumada, precisando de cuidados, da compreensão dos seus dirigentes e, até mesmo, de muitos dos seus habitantes.
Uma desarrumação que tem a ver com ela mesma, atraente por natureza e, por isso recebe, a cada ano, brasileiros e não brasileiros, interessados em enamora-la ou simplesmente apreciar as suas belezas cantadas nos versos dos nossos poetas, embalando compromissos com a culinária e a música local.
Macapá parece que está de máscara, ou se esconde atrás de uma, evitando que seja vista como é, bela por natureza e espetacularmente acolhedora.
A cidade se recente de profissionais que possa melhora a sua aparência, deixar seu colo livre para acalentar aqueles que aqui decidiram viver, mesmo tendo que enfrentar as dificuldades e ser surpreendido pela impotência dos gerentes que poderiam mudar a situação em que se encontra.
A sua própria população ainda não entendeu que a cidade precisa de cada um dos seus formadores, principalmente aqueles compromissados com as necessidades que já estão aparentes e que não exigem instrumentos especiais para ser visto, apenas boa vontade e compromisso de cada qual.
A cidade ainda está dependente do humor – ou conhecimento e interesse – do seu gestor, sempre tendo a sua visão prejudicada pelas barreiras de interesses daqueles que dizem estar preocupados com o desenvolvimento e as condições que a cidade pode oferecer à sua população.
A capacidade gerencial está viciada pelas regras, pelos costumes e, provavelmente por isso, há urgente necessidade de Macapá começar a ser objeto de interesse de todos. Por aqui, pedir o emprego (ou aceitar) ainda é mais fácil do que contribuir sem estar vinculado à gestão, mostrando os problemas e contribuindo com ideias ou iniciativas que possa resolver os problemas atuais.
Até mesmo os organizadores de programas e projetos imaginados e elaborados fora da esfera pública entendem que as necessidades financeiras daqueles programas ou projetos devem ser viabilizadas com o dinheiro que o contribuinte pagou, sob a forma de tributo, para o Estado ou o Município.
Nessa esteira vêm os eventos organizados pelas instituições particulares, religiosas, não religiosas, associações, sindicatos e todas as células que derivam da própria sociedade que mais tarde vai cobrar serviços públicos que também necessitariam daqueles recursos.
Os 260 anos da cidade de Macapá poderiam ser um marco para cessar as intrigas políticos-gerenciais decorrentes da necessidade que os respectivos gestores demonstram desde o momento que assumem os mandatos de governador do Estado e prefeito do Município.
O trabalho conjunto daqueles dois entes federados, que têm origem no mesmo eleitor, não é impossível, mesmo quando um não gosta do outro ou quando um não se alinha ideologicamente ou partidariamente com o outro.
Quem não pode e não deve ser prejudicado é a população, mesmo que cada qual liste muitas razões para, até, não se cumprimentarem.
O comportamento atual dos dirigentes que deveriam cuidar dos interesses da cidade de Macapá, da Capital do Estado e da Sede do Município não contribuiu para a eficácia administrativa esperada e mostrada nas regras gerais, ao contrário, deixam sempre os auxiliares de um e de outro, distantes e, muitas vezes, sem condições de debater o interesse comum.
A timidez das forças sociais impede que as prioridades sejam definidas e, dessa forma, deixam a vontade os dirigentes para fomentar a diferença que prejudica esta cidade de 260 anos e sua população.

É preciso a definição de um programa comum, de um plano de longo prazo, com metas definidas, para que haja mudança de mentalidade e se comece, desde agora, a construir a cidade dos 300 anos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário