segunda-feira, 16 de julho de 2018

Governador do Amapá foi ao lançamento da pré-candidatura de Lula à Presidência


Rodolfo Juarez
As eleições deste ano estão deixando muita gente de “queixo caído” com as novidades protagonizadas pelas lideranças nacionais e regionais.
Na semana passada o Congresso Nacional trouxe para votação matérias polêmicas e que tinham sido engavetadas pelos próprios presidentes das duas casas, o Senado e a Câmara dos Deputados. O resultado foi considerado um desafio ao entendimento do eleitor que está disposto a analisar o cenário antes de votar, muito mais pelo que é dito pela imprensa do que o resultado da avaliação dos eleitores.
Nesse ambiente de vale tudo, algumas das lideranças políticas amapaenses se viram encurraladas e tiveram que fazer o que não gostariam para não desfazer o castelo de areia que está construído e que não suporta ventos moderados.
Assim, o presidente do Presidente do PDT, o governador Waldez Góes, teve que comparecer a um ensaio de lançamento de pré-candidatura de uma pessoa que está condenada, com seus direitos políticos suspensos e, por isso, sem condições de registrar candidatura a qualquer cargo eletivo, a não ser que esteja pregando o descumprimento da regra, o que não seria um comportamento apropriado para um governador que foi eleito pela maioria dos eleitores do Amapá, não faz muito tempo.
É a razão sucumbindo ao irracional. A anormalidade prevalecendo sobre o normal. O ilegal desafiando a legalidade. É como dizem os observadores do cotidiano: é o cachorro mijando no poste.
Mas as circunstâncias eleitorais levam a esses patamares impensáveis para quem, costumeiramente, se candidata para que o eleitor o escolha para dirigir os interesses da população local, com a prerrogativa de indicar outros candidatos para os cargos que estarão em disputa no dia 7 de outubro.
Até mesmo os seus mais aguerridos correligionários não aprovaram a decisão de comparecer ao lançamento de uma pré-candidatura onde o próprio pré-candidato está proibido de comparecer.
Para aqueles que dependem da influência do ex-presidente Lula para viabilizar uma candidatura, até que se compreende, a não ser que o governador do Amapá, nessa qualidade, tenha prometido, nem que por carta, ao ex-presidente, que, aqui no Amapá, na qualidade de governador do Estado, apoiaria para presidente da república, mesmo sem poder estar presente, por motivo de encarceramento.
As lideranças nacionais do PDT, ao que parece, estão noutro rumo, indicando para presidente da República o seu vice-presidente Ciro Ferreira Gomes, com aval do presidente do partido Carlos Lupi.
Então o caso é aqui, regional, onde os aliados que apoiam o governador Waldez na campanha de reeleição, no catálogo de exigências destacaram, como obrigação, o comparecimento no sentido de fortalecer, por aqui, o PT, o PC do B e o PSB, mesmo com o PSB não mandando para o evento um dos integrantes do time titular.
O fato é que o acontecido gerou bolhas de insatisfação, principalmente entre aqueles candidatos que pregam a necessidade de combater a corrupção, o desperdiço e o desvio do dinheiro dos tributos, tão necessários para os projetos de desenvolvimento do Estado e que podem trazer melhoria na qualidade de vida da população.

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