Rodolfo Juarez
O Brasil superou a meta prevista para os anos
inicias do Ensino Fundamental em 2017, entretanto, o Ensino Médio segue como
etapa mais desafiadora. Infelizmente não é o que aconteceu na apuração
específica do Estado do Amapá que foi um dos sete estados brasileiros, além do
Distrito Federal que apresentou queda no desempenho dos alunos equivalente a 0,1
de o ponto percentual.
Quando olhamos para o Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), é possível enxergar pontos
positivos e negativos na aprendizagem dos alunos na escola pública do país. Um
ponto positivo: o Brasil superou a meta prevista nos anos inicias do Ensino
Fundamental em 2017.
O índice divulgado pelo
Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), é calculado de dois em dois anos, de
acordo com os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e
com as taxas de aprovação das escolas e redes de ensino.
Os anos iniciais seguem sendo a etapa que apresentam melhores resultados nos
índices do Ideb. Supera a meta prevista em 0,3 ponto, e todos os estados
evoluíram na proficiência média em relação a 2015. Apenas os estados do Amapá,
Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul não alcançaram suas metas.
Oito estados já alcançaram Ideb maior ou igual
a 6 - meta prevista nacionalmente somente para 2021. São os seguintes: Minas
Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e
Distrito Federal. O Ceará se destaca por ter superado a meta proposta para 2017
em 1,4 ponto.
Uma escola pública de Ensino Fundamental, do
município de Serranópolis do Iguaçu, no Paraná, obteve o Ideb mais alto do
estado, com média de 8,7. Para os professores o segredo do “sucesso” vem de um
conjunto de fatores: o município tem a Educação e a Saúde como áreas
prioritárias do orçamento, a Secretaria
Educação tem condições de estar presente no dia a dia dos professores,
apoiando com formação continuada de qualidade, os docentes de fato conseguem
reservar 33% de sua carga horária para o preparo das aulas e a escola tem uma
série de medidas que visam garantir a aprendizagem das turmas.
Houve melhora no índice nacional: subimos de
4,5 para 4,7, mas ainda distante da meta para 2017, que seria de 5 pontos. Dos
27 estados, 23 aumentaram o Ideb, mas apenas 7 atingiram suas metas: Rondônia,
Amazonas, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás.
De acordo com Inep o desafio é melhorar o
fluxo escolar. Enquanto estados com histórico de baixa retenção, como Mato
Grosso e São Paulo, há outros, como Sergipe, Pará e Bahia com taxas de
distorção idade-série e efeito colateral de altos índices de reprovação que
chegam a mais de 40%.
O Ensino Médio é a etapa mais desafiadora para
o Brasil. O avanço é lento: depois de três edições de estagnação, o índice
avançou 0,1 ponto em 2017, chegando a 3,8. Mas está bem distante da meta
prevista, que seria de 4,7.
No panorama geral, cinco estados tiveram
redução no valor do Ideb, o melhor desempenho do país ficou com o estado do
Espírito Santo, mas nenhuma unidade federativa atingiu suas metas.
Sobre o Ensino Médio, as autoridades defendem
a reforma e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da etapa, usando os dados
estagnados.
O Amapá não atingiu a meta e, por isso, a
educação marca passo a 10 anos.
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