Rodolfo Juarez
Acumulando
conhecimentos e observando necessidades, o legislador brasileiro chegou à
conclusão de que, quando se elege um mandatário estadual é bom eleger também,
na mesma oportunidade, aquele que vai substituí-lo nas suas falta e
impedimentos, o vice.
Nem
sempre foi assim! Outras experiências foram testadas e acabaram levando ao
modelo atual, ou seja, quando se elege o governador também se elege o
vice-governador, com aquela incumbência prevista na Constituição do Estado e
que é considera importante, para que haja segurança na continuidade
administrativa.
Com o
passar do tempo, entretanto, os vices, dependendo dos respectivos titulares,
têm encontrado dificuldades para exercer o seu papel, criando uma zona de
atrito que conduz ou ao ostracismo do vice ou à renúncia do vice.
No
Amapá temos exemplo para as duas situações.
Atualmente,
por exemplo, o Estado do Amapá está sem vice-governador por renúncia daquele
que foi eleito na mesma chapa do governador atual.
Apesar
de ter ido ao extremo, renunciando há poucos dias da convenção que indicaria o
candidato da situação, experimentou antes, todas as fazes, como sejam: parceria
suportável, afastamento precavido, ignorância da presença, traição de ação
para, finalmente, haver a renúncia do cargo.
Prejuízo
para a administração, embora negada pelo titular, mais alivio por ambos: do
vice, considerando todo o processo de “fritura” e desrespeito sistemático; para
o governado, apontado como o principal responsável pela renúncia, que ficou sem
aquele que jurou que dividiria as responsabilidades do cargo.
Prejuízo
imenso para a gestão e um acréscimo importante no índice de rejeição que a
gestor acumula neste momento.
Essa
foi a questão mais traumática.
Outros
vices também “comeram o pão que o diabo amassou” levando cada um deles a se
perguntar: “afinal, o que estou fazendo aqui?”. “Só sou escalado para
solenidades de segunda linha ou representação em reuniões de pouca ou nenhuma
importância, ou ainda para enfrentar problemas para os quais não tenho
solução”.
Então é
importante o eleitor estudar o comportamento tanto do candidato a governador
como do candidato ou candidata a vice, isto durante a campanha eleitoral, que devem
agir e se comportar como se fosse apenas um, assumindo os mesmos compromissos e
se colocando à disposição da população para ter o mesmo denodo e a mesma
vontade de fazer.
Os
candidatos a vice nas eleições deste ano são 1 (uma) mulher e 4(quatro) homens
e que precisam ser analisados pois, mesmo indiretamente, são votados no dia da
eleição, muito embora o nome de cada
qual não apareça na urna.
Silvana
Vedovelli é a candidata a vice-governadora de Davi Alcolumbre, que tem
participado diretamente da campanha, estado em todos os momentos de aparição do
candidato ao cargo governador titular, ativa e convincente. É a única mulher
candidata ao cargo; Marcos Roberto é o candidato vice-governador de João
Capiberibe, não é tão ativo ou convincente; Jaime Nunes é o candidato a
vice-governador de Waldez Góes, há muito que buscava esse lugar, está inibindo
e sem arranque; Jozean Torres é vice de Antônio Cirilo, ainda não apareceu; e
Amiraldo Brito é o vice de Gianfranco Gusmão, também ausente da campanha.
O
eleitor precisa ter em mente qual o papel que o vice-governador ou a vice-governadora
irá exercer e importante e decisivo.
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