terça-feira, 26 de outubro de 2021

As mudanças no trânsito de veículos em Macapá

Rodolfo Juarez

Estão preparando dois momentos para modificar o trânsito na cidade de Macapá: um representa evolução; outro, representa retrocesso.

Não adianta, depois, os técnicos do município, no caso engenheiros de trânsito e tráfego, apresentarem desculpas pelos erros cometidos, pois, alguns desses erros, como o que está bem próximo de ser consumado, não tem perdão.

Não adianta, depois, culpar o gestor pela sua imprudência ou exigência. Neste caso, a última palavra é do engenheiro, do técnico.

Pois bem, as duas propostas que logo se tornarão realidade são: fazer funcionar o binário viário das avenidas Padre Júlio Maria Lombaerd e Cora de Carvalho e voltar a trafegar ônibus pela Rua Candido Mendes.

A primeira proposta vem deste 1974 quando a Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais, apresentou o Plano de Desenvolvimento Urbano de Macapá, Santana e Porto Grande, ao então prefeito Cleiton Figueiredo de Azevedo, nomeado pelo governador do Território Federal do Amapá.

Naquele momento a Avenida Cora de Carvalho era alagada e tinha partes de ponte, necessitaria ser construída, com um sistema de drenagem de águas pluviais adequado para que não ocorressem os alagamentos que, até recentemente era constantes durante o período das chuvas, tendo repercussão do problema, inclusive, na Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd.

No final do segundo mandato do prefeito Clécio Luís, no ano de 2020, finalmente a população foi informado que a drenagem fora concluída, depois de 46 anos de comprovada necessidade.

Segundo as informações da própria Prefeitura de Macapá aquela via, a Cora de Carvalho, estava em condições de receber o asfalto que recebeu e com o sistema de águas pluviais funcionando, o que precisava e precisa ainda é de um “teste in loco”, com as chuvas do período 2021/2022.

A segunda proposta, segundo informações da própria Prefeitura de Macapá, é uma reivindicação da Federação do Comércio que, na qualidade de porta voz dos comerciantes cujas lojas têm frente para a via reivindicaram autorização da prefeitura, através do seu órgão técnico, a CTMac, que autorizassem os ônibus urbanos voltar a trafegar pela Rua Cândido Mendes, pois, assim, entendem, haveria maior fluxo de pedestres e consequentemente, de clientes, com possibilidade de provocar aumento nas vendas nas lojas localizadas na Avenida Candido Mendes.

Destaque-se que a Rua Cândido Mendes é uma via de caixa estreita, com testada média de 20 metros, o que permite o planejamento de apenas duas pistas de rolamento, considerando que tem estacionamento dos dois lados, não tem acostamento e a calçada precisa ter, no mínimo, três metros livres para a circulação de pessoa.

Outra situação que precisa ser observada é a condição atual da estrutura da ponte sobre o Canal da Mendonça Júnior que, seguramente, não está com laudo técnico recente que garanta que a estrutura da ponte tenha condições de receber carga de ônibus urbano lotado.

A ponte tem mais de 50 anos, foi construída antes do Canal da Mendonça Júnior.

Tomara que os técnicos da Prefeitura de Macapá e da CTMac tenham certeza no que estão fazendo, liberando circulação de ônibus na Rua Cândido Mendes, onde também tem um sistema de drenagem antigo, mas que ainda funciona.

Será que aguenta a carga?

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