Rodolfo Juarez
Na terça-feira, dia
28 de setembro, participei, como paraninfo da minha filha caçula Renata Juarez,
da solenidade de colação de grau organizada pela direção da Estácio, faculdade
que tem, no Amapá, um leque significativo de ofertas de curso regulares de
formação profissional.
A solenidade programada
para começar às 15h30 começou quando já havia ultrapassado as 16h00. Não sei
porque, mas é sempre assim. Nunca começa no horário marcado e a regra é tão
forte que até alguns dos organizadores chegam depois da hora marcada para o
começo da solenidade.
O local escolhido
foi a Associação dos Magistrados do Amapá – AMAAP, que desde maio de 1991
(completou 30 anos de fundação este ano) vem se constituindo em polo de
qualidade adequado para receber eventos dessa importância e especial
significação.
Minha filha Renata,
formanda do Curso de Psicologia, estava radiante. O momento do “eu concedo” é
especial, até mesmo quando o DJ, controlador do som, se empolga e deixa o
volume da mesa além do meio, fazendo com que os presentes procurem se defender
do som alto e desnecessário para o momento.
A chamada “mesa dos
trabalhos” me chamou a atenção pela composição. Das 10 pessoas que a compunha,
9 mulheres, a maioria coordenadora de curso, e um homem, o diretor da
faculdade.
A esperada chamada
para receber o grau do presidente da mesa, teve antes o juramento dos formandos
puxado por um deles que estava ao microfone. Todos os juramentos com o mesmo
princípio: o comprometimento com a ética, respeito ao ser humano e
responsabilidade profissional.
Ficou para o final
os discursos dos escolhidos pelos formandos de cada área da ciência. Escapou de
um dos que discursavam o limite que tinha sido recomendado para que o discurso
fosse rápido: caracteres e linhas. Mesmo assim, as melhores manifestações
ficaram por conta daqueles que não foram obedientes aos limites. Para os demais
o discurso foi, apenas, burocrático.
O professor
presidente da Mesa, como disse ele, “quebrando o protocolo”, deixou a mesa
oficial, desceu do palco e foi até à plateia, onde estavam os formandos, os paraninfos
e os convidados, e pronunciou o seu discurso centrado na responsabilidade dos
formandos com as suas próprias famílias e a sociedade.
Eventos cívicos
como este deveriam ser divulgados para que todos conhecessem as dificuldades de
quem inicia uma profissão, em um tempo de pouco emprego e de perspectivas que
precisam ser entendidas para delas tirar proveito.
A ausência daqueles
que estão com a responsabilidade de chamar esses profissionais para o grupo de
trabalho que comanda foi notada e lamentada, principalmente por mim, que
percebo a desimportância que essas pessoas dão para a disponibilidade de
profissionais detentores dos conhecimentos que estão faltando para qualificar o
atendimento social.
Enquanto for assim,
as colações de grau serão apenas uma solenidade que antecipa almoços ou
jantares dos novos profissionais com os familiares e despedidas daqueles que
receberam o grau. Eles viajam para tentar exercer a profissão em outros estados
brasileiros ou no exterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário