Rodolfo Juarez
Nesse momento as
grandes, médias, pequenas e micro empresas, principalmente a do setor comércio,
mas também as de indústria e serviço, estão atentas aos negócios que poderão
ser realizados neste período devido à moda que, há 10 anos, está no gosto do
consumidor brasileiro: a Black Friday.
Os fornecedores e
principalmente os comerciantes estão atentos ao momento que coincide, ou por
isso foi incentivado, com o pagamento total ou da segunda parcela do 13.º
salário.
As vitrines estão
ocupadas por cartazes informando os descontos, alguns exagerados, como os de
70%; outros nem tanto e muito mais real, aqueles que chegam a 30%.
Nesse tempo há a
vontade dos comerciantes e da própria indústria em esgotar estoques e, mesmo as
mercadorias que “dormem” nas prateleiras ou nos depósitos, entram na lista de
prioridades para negócio, cabendo ao cliente exercer a sabedoria e realizar o
melhor negócio.
Uma concorrência
que se firmou vem dos negócios fechados pelo modo virtual e, nesse tipo de
negócio os amapaenses estão em desvantagem: o frete é um impeditivo que limita,
significativamente, o fechamento dos negócios, a não ser por aqueles que gostam
de exclusividade e avançam na compra, pouco importando o preço.
Assim como tem
aqueles que preferem as novidades vista em fotografia postadas nos sites e a
demora entre o pagamento e o recebimento da mercadoria, também estão querendo
aproveitar a black friday preferindo pegar, apalpar no que vão comprar antes de
pagar. São aqueles que preferem as lojas físicas.
Escolher, pagar e
sair com o produto na sacola ou ir para casa esperar a entrega do que comprou,
dá a impressão que é muito mais seguro do que escolher, pagar e depender o
transporte cujas datas de entrega, em regra, não são obedecidas.
Mas, para o
comércio e para aqueles que reservam tempo para ir às compras, seja nas lojas
físicas, seja nos sites alcançados via internet, o período é uma festa. As
lojas virtuais, cada vez vendem mais, mas ainda não se observou a queda nas
vendas nas lojas físicas, mas espera-se que sejam fechados negócios no Brasil,
apenas nas lojas virtuais, que devem superar os R$ 3 bilhões.
Com o dinheiro
curto, os descontos se tornam importantes demais para os consumidores, mesmo
sabendo que, exatamente devido o dinheiro curto, são poucos aqueles que se
valerão das oportunidades da black friday para antecipar as compras de Natal.
Os que antecipam
essas compras de Natal o fazem rotineiramente, sem considerar as ofertas de
novembro, muito embora, juntar a “fome” com a “vontade de comer” sempre pode
ser praticado com sucesso.
O que não pode
acontecer é a black friday se tornar um sorvedouro das economias com as compras
do final do ano. É imperioso lembrar que logo no início do ano tem obrigações
financeiras inadiáveis, seja com a escola dos filhos, seja com os tributos dos
veículos e a necessidade de participar do processo que pode domar a inflação
que não só assusta aqueles que são responsáveis por famílias, mas, também,
aqueles que sabem que terão dificuldades para aumentar os seus ganhos.
Assim, a oportunidade não é para quem tem pouco dinheiro e muito compromisso; mas sim, para quem tem dinheiro suficiente, bom controle financeiro e conhecimento do que pode ser o futuro próximo.
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