Rodolfo Juarez
Que coisa? Logo na
pré-estreia do período chuvoso em Macapá o pacote veio completo, além da chuva,
relâmpagos aos montes e trovões que assustaram os pets e as crianças.
Minha neta de dois
anos e quatro meses ficou pedindo proteção dos pais e com medo. Mas não foi só
ela. O ambiente alcançado pela vista humana era mesmo de arrepiar. Os ventos,
que não foram tão fortes, vinha por rajadas e preocupava todo mundo que teve
que sair para evitar estragos maiores. Até o que já estava pronto para o Natal
de Jesus, daqui a um mês, houve avarias.
Os relâmpagos
iluminavam o céu precedendo os estrondos do trovão. Todos os sentidos foram
chamados para prestar atenção, principalmente o auditivo e a visão. Aqueles
pelos estrondos e estes pelo histórico de risco que carregam, podendo ser fatal
se atingir uma pessoa.
Logo depois de
passadas as duas horas de duração da produção de relâmpagos e trovões, ou um
pouco antes, pela iminente ocupação de residências e lojas pelas águas da chuva
que se acumulava nas ruas devido o não funcionamento das galerias e dos
próprios canais de drenagem, ditos prontos para o período de inverno que se
aproxima.
Está certo quem
considera que o episódio da intensidade da chuva foi extemporâneo, mas de
desculpas a população está cheia como muitas ruas de toda a cidade,
independentemente de ser no centro ou nos bairros mais afastados.
Devido a
importância que a chuva tem para as administrações municipais (e estadual) já
deveria ter sido instalado um sistema que pudesse informar aos dirigentes
municipais e à defesa civil, com a antecedência necessária, para que os
administradores, através de um sinal de alerta, pudessem informar aqueles que
sabem que estão em área crítica.
Esse método já
funciona em diversas capitais brasileiras e centram seus objetivos nos
deslizamentos de terra. Aqui os deslizamentos são raros, mas a importância é
para informar que os serviços públicos realizados nas vias urbanas,
principalmente aqueles que estão por baixo da terra, ou são mal feitos ou
feitos de maneira a não atender às necessidades.
Esse é o caso da
Avenida Cora de Carvalho. Historicamente ocupada pelas águas de chuva, não
precisando nem mesmo ser torrencial, bastando que tenha tempo de duração de
mais de uma hora.
Os prefeitos tentam
explicar para a população atingida, a que sempre sai com prejuízos
significativos, o que não sabem ou do que nunca fizeram questão de tratar.
Essa situação era
para estar no cadastro municipal, mas não está. Há uma insistência dos
administradores ignorarem as técnicas, que são caras, e imaginam que os
paliativos que fazem são suficientes.
Macapá caminha para
ter muitos problemas no inverno amazônico do próximo ano. Não há mais tempo
para recuperar ou consertar o que não funcionou no sábado e qualquer
intervenção, neste sentido, significa aumentar o problema.
Os gestores
precisam compreender que a cidade está precisando de infraestrutura,
principalmente esgoto e drenagem, mais do que qualquer outra obra ou serviço
com cores, placas. sinais luminosos e sentido de propaganda da administração.
Macapá precisa ser
levada a sério. A sua infraestrutura é precária e, quando o prefeito é um
médico, precisa ter uma equipe experiente na Secretaria de Obras para tomar as
decisões que nem sempre são aquelas esperadas pelo prefeito. Sabe que a obra ou
serviço vai ficar enterrado e acredita que, por isso, a população não vai
reconhecer e, como sequência, deixar de no prefeito votar nas próximas
eleições.
Enquanto isso, a cidade fica assim, como antes, apenas com mais gente morando nela e dela exigindo qualidade de vida.
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