segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Petição de miséria

Rodolfo Juarez

O trânsito de Macapá ganhou mais um binário viário, o das avenidas Padre Júlio Maria Lombaerd e Cora de Carvalho, que se junta aos outros três bem delineados na cidade: o formado pelas ruas Candido Mendes e São José; o formado pelas ruas Hildemar Maria e Santos Dumont e o formado pelas ruas Leopoldo Machado e Hildemar Maia.

A principal diferença entre os quatro binários instalados na cidade está na sinalização. Neste momento, o da colocação em prática o plano do Fundação João Pinheiro, entregue à Prefeitura Municipal de Macapá em 1974, em relação ao binário Cora/ Padre Júlio, onde a sinalização está bem chamativa para o condutor.

A sinalização do binário caçula não está exagerada, tinha que ser assim mesmo, bem ilustrada, atendendo ao que orienta o Código Nacional de Trânsito e, certamente, contribuindo para a minimização dos acidentes na Capital.

Os outros três estão passando por “petição de miséria”: mal sinalizados, inclusive onde tem a ciclofaixa; mal iluminado, como de resto toda a cidade; sem calçadas para pedestre, como se por ali não passem pessoa a pé; sem abrigo para usuários de transporte coletivo ou individual, como se a chuva ou o sol não fosse implacáveis; e mesmo, a oferta de transporte coletivo, que está em um dilema depois da severidade da pandemia: os ônibus são poucos porque falta passageiros, e falta passageiros por que os ônibus são poucos.

Isso é para dizer que não bastam essas intervenções pontuais no trânsito de Macapá que resolve. O trânsito na Capital se manterá com muitos problemas e exigindo atenção de técnicos do município, principalmente os lotados na CTMac, para estudar e entender o que se passa com o trânsito em Macapá.

A presença de “educadores” e fiscalizadores do trânsito são eventuais, como no caso da implantação e funcionamento do binário das avenidas Padre Júlio/Cora de Carvalho. Não basta só isso, esses “educadores” e fiscalizadores precisam estar convenientemente treinados para assumirem essas funções que representam tranquilidade para os condutores dos veículos de 2, 4 e mais rodas.

Outra questão a registrar é a cessação da efetivação da proposta para fazer os ônibus urbanos, de transporte coletivo, voltarem a trafegar pela Rua Cândido Mendes. Seria uma insensatez e uma grande irresponsabilidade se colocasse veículos não leves para trafegar na Rua Cândido Mendes, que já está sobrecarregada apenas com os veículos de passeio, taxis, úberes, motos e similares.

Mais uma vez está disparado o alerta para que, antes de tomar qualquer decisão que leve os ônibus para a Cândido Mendes, é necessário fazer uma inspeção na estrutura da ponte sobre o Canal da Mendonça Junior, como, de resto, em toda a tubulação de água e esgoto que está lançada sob a estrutura, o pavimento e a capa asfáltica da via.

As inspeções vão necessitar de informações técnicas desde o começo do ano de 1969

  

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