Rodolfo Juarez
A lista de espera por um
transplante é única em todo o país e o sistema é informatizado. Cada órgão tem
uma fila específica, baseada na Lei nº 9.434/1997, no Decreto nº 9.175/2017,
que substituiu o Decreto n.º 2268 de 1997, e a PORTARIA
No- 2.600, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009 Aprova o Regulamento Técnico do Sistema
Nacional de Transplantes.
E, ao contrário do que muitas
pessoas podem imaginar a ordem de inscrição não determina que o primeiro a se
inscrever receberá o órgão antes do segundo e assim consecutivamente. Mas, sim,
as condições médicas como: compatibilidade dos grupos sanguíneos, tempo de
espera e gravidade da doença. Ou seja, pacientes com maior risco de morte têm a
preferência.
Quem espera por um rim é
posicionado na lista de acordo com a compatibilidade. Isso significa que os
órgãos do doador passam por exames e uma análise genética completa e, após os
resultados, são feitas análises comparativas com todos os pacientes.
Os mais compatíveis ganham mais
pontos, assim como o tempo de espera também é um fator determinante e condições
médicas como diabetes, por exemplo, garantem maior pontuação. Cada vez que um
rim é doado, um novo ranking é gerado.
É importante lembrar também que,
apesar de a lista de espera ser única e nacional, as distribuições são
regionalizadas, por questões de logística de transporte e o tempo de isquemia,
ou seja, o prazo de duração que o órgão resiste sem irrigação fora do corpo.
Isto é, primeiramente, o órgão do doador é viabilizado para um receptor do
mesmo estado.
É errado acreditar
que a condição financeira de um paciente influencia o lugar dele na lista de
espera de um transplante. Todos têm direito às mesmas oportunidades.
Para que a fila
diminua e cada vez mais pessoas possam receber uma segunda chance de vida, não
deixe de conversar com a sua família sobre a sua vontade de ser um doador. Manifeste o seu desejo e peça para que eles respeitem a sua
vontade de doar esperança para outra família. Você também pode cadastrar o seu
desejo no site www.doemaisvida.com.br.
Para transplantes de fígado o
risco de morte é mensurado por um índice matemático chamado Model for End-stage
Liver Disease, ou Meld (em português, Modelo para a Doença Hepática em Estágio
Terminal, em uma tradução aproximada).
O cálculo é feito com base nos exames laboratoriais do doente. Quanto maior for o resultado desse cálculo, mais à frente da lista o paciente é posicionado.
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