quinta-feira, 24 de julho de 2025

A nota do Grupo Equatorial sobre o artigo que tratou do Marco Legal do Saneamento

Rodolfo Juarez

Esta semana recebi, com data do dia 21.07.2025, via whatsapp, da assessora Caroline, da assessoria de comunicação do Grupo Equatorial, uma nota como resposta ao artigo “Com apenas 12% de coleta do esgoto o Amapá apresenta o pior índice nacional do saneamento básico”, publicado no Jornal Aqui Amapá, na página que mantenho no Facebook e em outras plataformas, onde desenvolvo textos apresentando opiniões e desenvolvendo análises e avaliações.

A assessora de comunicação do Grupo Equatorial, assim apresentou e remeteu a nota:

Oi, Rodolfo. Boa tarde!

Aqui é Caroline, sou assessora de comunicação do Grupo Equatorial, tudo bem? Gostaria de encaminhar a você uma nota como resposta a uma matéria publicada sobre o índice de saneamento. Agradeço desde já!

A nota da assessoria do Grupo Equatorial enviado pela assessora Caroline:

“A Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA) informa que o ranking de saneamento de 2025, apresentado pelo Instituto Trata Brasil, reflete dados levantados e analisados a partir dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2023, período em que a CSA efetivou um ano e meio de operação na área urbana do estado.

Importante destacar que os números que integram o relatório também foram gerados pela prestadora dos serviços responsável pela área rural.

A concessionária destaca ainda que, apesar do pouco tempo de operação dos serviços até 2023, o relatório apresenta o Amapá em ascensão, em uma posição diferente do resultado que vinha ocupando no mesmo ranking desde 2024. Esta evolução reflete o empenho das operações da empresa para mudar este cenário em menor tempo possível.

Para a construção deste esperado novo momento, a empresa já investiu mais de R$ 325 milhões em três anos de atuação.

Por fim, a CSA reafirma seu compromisso com o estado, com a mudança da realidade do saneamento e com o trabalho diário para levar mais saúde e qualidade de vida para os amapaenses”.

Como expresso no artigo do dia 18/07/2025, a motivação para avaliação daquela situação foi feita considerando o que consta no Marco Legal do Saneamento, definido pela Lei 14.026/2020, que estabelece diretrizes para a universalização dos serviços de saneamento básico no Brasil, com metas para 2033, ou seja, daqui a 8 anos.

A proposta é de que a população brasileira, incluindo a população amapaense, tenha 99% de atendimento com água potável e 90% atendida com coleta, transporte e tratamento de esgoto sanitário. A regra acrescenta que estão incluídas todas, eu disse todas, as cidades e todos, eu disse todos, os núcleos urbanos do país.

A meta 99% de atendimento com água tratada para as residências no Estado Amapá é considerado alcançável no prazo do Marco Legal do Saneamento (2033), uma vez que a concessionária já distribui água tratada para  43,4% destas residências, muito embora as informações indiquem que o sistema está operando em seu limite máximo, desde a tomada d’água até a entrega do produto nas residências.

Com relação ao tratamento de esgoto (coleta, transporte e tratamento propriamente dito) que hoje alcança 12% das residências no Estado do Amapá, ai a questão é considerada muito difícil se mantida a prioridade que hoje, a distância, se observa.

A fiscalização da prestação dos serviços correspondentes, no caso da distribuição de água tratada e de coleta de esgoto é da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Amapá - ARSAP. Essa agência tem como objetivo garantir a qualidade e regularidade dos serviços de saneamento básico, incluindo água e esgoto, mas, ainda não entrou no radar da população. 

Os dados de atendimento que nortearam e norteiam as avaliações do articulista não são apenas do Trata Brasil, mas também de outras fontes, inclusive do Governo do Estado.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Associação Comercial e Industrial do Amapá - ACIA completa 80 anos a serviço do empresariado do Amapá

Rodolfo Juarez

Na próxima quinta-feira, dia 24 de julho de 2025, a mais tradicional entidade empresarial do atual Estado do Amapá, a Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIA, completa 80 anos de fundação. Durante todo esse tempo tem participado ativa e decisivamente na vida econômica e social dos empreendedores e da população local.

Com o prédio sede localizado no centro administrativo da capital do Amapá, a ACIA tem mostrado que o desenvolvimento do comércio, da indústria, do serviço e da agropecuária têm suas propostas melhoradas, analisadas, debatidas e definidas na entidade em discussões multilaterais, modelo que já exportou para outros municípios amapaense como Santana, Laranjal do Jari, Ferreira Gomes, Oiapoque e os demais, formado o embrião necessário para a criação da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado do Amapá.

Estampa, como lema, desde 1995, o pensamento atribuído à Seneca e endossado pelo Jurista Ruy Barbosa, que pode ser lido no salão nobre de sua sede, e muitos dos escritórios dos associados, fixando o lema na mente dos empreendedores, dos colaboradores e dos clientes.

A frase “quem não luta por seus direitos não é digna de tê-los”, se tornou impactante e passou a ser referida nos momento das reuniões ordinárias da Diretoria da ACIA, dos membros dos conselhos Superior e Fiscal, bem como dos associados.

A ACIA, desde então, se tornou o local de debate para tomada de decisão de meios oficiais que viesse no resultado da arrecadação tributária do Amapá, além de se tornar passagem obrigatória dos candidatos aos cargos eletivos a serem definidos nas eleições nacionais, regionais ou municipais, desde quando, em 1985, foi realizada a primeira eleição para prefeito de Macapá.

Foi comum, por bastante tempo, nos momentos de avaliação e reflexão de comportamento mutante da sociedade a frase famosa de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Os pioneiros responsáveis pela fundação e manutenção da Associação Comercial e Industrial do Amapá - ACIA, como os irmãos Houat, os irmãos Zagury, os empresários Izaac Menaem Alcolumbre, José Evangelista Pereira, Bernardino Sena, Rugatto Boettger, a Icomi – Indústria e Comércio de Minérios do Amapá, entre outros, prestaram e continuaram prestando grande serviço desde a fundação da ACIA no que podemos chamar de 1.º ciclo do desenvolvimento da organização.

O 2.º ciclo veio com as eleições das diretorias que tinham como presidentes, respetivamente: Juracy da Silva Freitas (1979 e 1980), Rugatto Boettger (1981 e 1982) e Abdallah Houat (1983 e 1984).

O 3.º ciclo da administração da ACIA veio com Rodolfo Juarez que por dois mandatos, assumiu a Presidência da ACIA (1985 e 1986; e 1987 e 1988). Foi durante o segundo mandato de Rodolfo Juarez, com a publicação da Constituição Federal de 1988, que trouxe, no artigo 14 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, a transformação do Território Federal do Amapá em Estado do Amapá e, no parágrafo primeiro do mesmo artigo, mandava que a instalação do novo Estado se daria com a posse do governador eleito em 1990.

O 3.º ciclo continuou com os presidentes da Diretoria na seguinte sequência: Pierre Alcolumbre (1989 e 1990), Tarcísio Barbosa de Lima (1991 e 1992), Waldir do Nascimento Carrera (1993 a 1994) e Jaime Domingues Nunes (1995 e 1996).

Jaime Nunes, com seu tino administrativo e disposição social, implementou a reforma que atualizou os estatutos da associação, fazendo-o aprovado em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 7 de outubro de 1996. Além disso fez aprovar o Regulamento Geral das Eleições da ACIA, o Regulamento para Concessão de Títulos e Comendas e o Regulamento das Penas.

O 4.º Ciclo, ah este ciclo, será objeto de outro artigo a ser publicado, aqui mesmo, em data a ser definida.

 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Com apenas 12% de coleta de esgoto, o Amapá apresenta o pior índice nacional do saneamento básico.

Rodolfo Juarez

O Marco Legal do Saneamento, instituído pela Lei nº 14.026/2020, estabelece diretrizes para a universalização dos serviços de saneamento básico em todo o Brasil, com metas consideradas ambiciosas para 2033. A proposta é de que a população brasileira tenha 99% de atendimento com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto, isso para todas as cidades e núcleos urbanos do país.

O marco busca atrair investimentos, tanto públicos quanto privados, para modernizar a infraestrutura e garantir o acesso a serviços de qualidade para toda a população.

A empresa responsável pata coletar do rio, fazer o tratamento e distribuição de água tratada em todo o Estado do Amapá é a Concessionária de Saneamento do Amapá – CSA Equatorial, empresa do Grupo Equatorial, que tem a incumbência de atender os 16 municípios do estado, incluindo a capital Macapá. Repita-se  a CSA é responsável pelo tratamento de água e coleta de esgoto em todo o estado. 

Além disso, a CSA tem obrigação contratual de oferece um canal de atendimento para cada cidadão residente no estado onde, na qualidade de residente pode relatar problemas e solicitar serviços relacionados à distribuição de água e tratamento de esgoto. 

A concessionária do serviço de saneamento no estado do Amapá, a CSA Equatorial assumiu os serviços de distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto em 2022. Estes serviços antes estavam sob a responsabilidade da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CAESA). 

Para assumir os serviços de distribuição de água tratada e coleta e tratamento de esgoto, a CSA Equatorial, resultado de uma parceria público-privada, venceu o leilão para a concessão dos serviços de distribuição de água potável e de coleta de esgoto, apresentando um plano de investimentos para universalizar os serviços. 

O plano prevê um aumento significativo na cobertura na distribuição de água e esgoto no estado. As metas precisam estar caminhando conforme o cronograma do Marco Legal do Saneamento e com metas definidas de forma a atender a Lei 14.026/2020.

A fiscalização dos serviços da CSA no Amapá é de responsabilidade da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Amapá - ARSAP. Essa agência tem como objetivo garantir a qualidade e regularidade dos serviços de saneamento básico, incluindo água e esgoto. 

A ARSAP, como órgão regulador, tem a obrigação de acompanhar a atuação da CSA, realizando fiscalizações, monitorando a qualidade dos serviços prestados, além de receber e tratar as reclamações e demandas dos usuários. Além disso, a ARSAP analisa e opina sobre as tarifas e condições de prestação dos serviços pela CSA.

A CSA atende, segundo o Portal go Governo Estado, apenas 35,86% da população do estado com abastecimento de água. O índice de atendimento urbano é de 38,46%. 

No estado, a coleta, transporte e tratamento do esgoto têm uma cobertura muito baixa. Menos de 12% dos domicílios do estado estão conectados à rede de esgoto, conforme Censo 2022. Isso significa que a grande maioria da população amapaense, mais de 88%, não tem acesso a esse serviço essencial. 

É importante saber que essa baixa cobertura coloca o Amapá como o estado da Federação com a pior rede de esgoto do país. Enquanto a média nacional de domicílios com acesso à rede de esgoto é de 55,5%, o Amapá fica muito abaixo, próximo de 12%. 

Essa situação reflete uma realidade preocupante, onde a falta de saneamento básico pode trazer sérios problemas de saúde pública e qualidade de vida para a população. Além disso, o acesso à água tratada também é limitado, com apenas 43,4% dos domicílios tendo abastecimento pela rede geral, o que agrava ainda mais a situação.. 

terça-feira, 15 de julho de 2025

O livro, a idoologia e o resultado

Rodolfo Juarez

O livro “A Verdade Vencerá”, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela Editora Boitempo, no dia 16 de março de 2018, tem somo subtítulo "o povo sabe por que me condenam".

O livro contém uma série de entrevistas feitas nos dias 7, 15 e 28 de fevereiro de 2018 no Instituto Lula, pelos jornalistas Juca Kifouri e Maria Inês Nassif, a editora Ivana Jinkings e ao professor universitário Gilberto Maringolni.

Trata-se de entrevistas sobre política, vida, futebol e uma reflexão sobre a biografia de Lula: de líder sindical para presidente  da república. Explora temas como a morte de sua ex-esposa Marisa Letícia e o nome de Lula em escândalos de corrupção como a Lava-jato, além de uma pequena biografia de Lula e fotos de arquivos em atividade política.

Lula, hoje como ontem, se diz o resultado da consciência política da classe trabalhadora brasileira pois, segundo ele, quando a classe trabalhadora evoluiu, ele evolui junto. Hoje o presidente Lula repete, toda vez que tem oportunidade: “eu sou a viva alma mais honesta deste país”.

O presidente Lula não esconde, inclusive quando se coloca como protetor dos pobres, sua admiração explicita por Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro, Muammar Gaddafi, Hugo Chaves, Nicolás Maduro e, ainda chama de companheiro para Vladimir Putin, Xi Jinping,  entre outros ditadores que escravizaram seus povos.

Dizendo defender os pobres, a grande verdade é que não existe Lula sem a pobreza, não existe o comunismo sem os menos favorecidos. Em um país onde grande parte da população não tem o que comer, não tem moradia, saúde, educação, entre outros, se encontra, assim, fragilizada e possível de ser conquistada com muito pouco ou lhe dando apenas esperança.

Mas ai vem o dia seguinte, onde além da comida, da água e de um ponto de luz, as pessoas começam a desejar algo mais e que nunca virá. A pobreza é uma necessidade do socialismo que, em regra se alimenta da miséria, da ignorância, do desespero e sempre acha que o mundo deve algo a ele.

Winston Churchill. militar, estadista e escritor britânico  que serviu como primeiro-ministro do Reino Unido de 1940 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, dizia que “o socialismo é a filosofia do fracasso, da pregação da inveja, a crença na ignorância e seu defeito marcante é a distribuição igualitária da miséria, entre todos, exceto os seus líderes”.

No Brasil jamais um homem representou a alma do socialismos como Lula, seja como lider sindical, presidente do PT, deputado federal, ou presidente da República. Se vale da simplicidade e da bondade da população para prometer e não fazer, afirmar e não cumprir e, agora, se debater com índices econômicos que assustam até aqueles que, um dia pensaram que “nada tinham com isso” ou que “isso não fazia parte de sua vida presente ou futura”. Enganou-se!

Agora já com os companheiros enriquecidos, amigos empresários e parentes bilionários, os seus adversários apontam o dedo, os governos estrangeiros punem o Brasil e alcançam a maior parte do seu povo, a parte pobre que fica, ainda, mais pobre e com mais dificuldades.

Economia devastada e apontando para um ano perdido, com o desenvolvimento social prejudicado e um futuro de muito trabalho para quem assumir, em 2027, o governo brasileiro.

 Além disso, há o confronto em uma política cultural que colocou uns contra os outros, divididos pela cor de sua pele, orientação sexual e crença. O povo brasileiro de quaisquer das regiões, já não pode assistir isso calado, afinal somos mais de 250 milhões de pessoas e almas, a imensa maioria correta, esperançosa e confiante.

Margaret Thatcher já apontava um caminho: “os socialistas acordam sedo para promover sua causa, devemos nós, levantar ainda mais sedo para defender a nossa liberdade”.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

As Organizações Sociais, FUNDESA E SAÚDE LINK, na gestão de parte do sistema de saúde do Amapá

Rodolfo Juarez

O sistema de saúde, da forma como se apresenta para a população do Estado do Amapá, não é mesmo para amadores. Por mais esforço daqueles que, no sistema e pelo sistema trabalham, e por mais que a população se revista de toda a paciência do mundo  não atinge a proposta menos ambiciosa daqueles que pensam como a saúde deve estar disponível para a população.

A ideia de gestão da saúde por Organizações Sociais, as chamadas OSs, surgiu no Brasil, em São Paulo, no contexto da Reforma do Estado, no início dos anos 1990.

Essa proposta propunha introduzir no serviço de saúde do estado, um modelo de parceria público-privada na gestão do serviço, com a entrega para que as entidades sem fins lucrativos, prestassem o serviço oferecendo a qualidade e a pontualidade para os serviços até então prestados diretamente pela administração pública. Não conseguia. 

A legislação que regulamentou as OSs na saúde, como a Lei Federal nº 9.637/98, publicada em 18 de maio de 1998, abriu caminho para a expansão desse modelo, sendo pioneira na implantação dessas organizações, tendo em sua ementa disposições sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, bem como a criação do Programa Nacional de Publicização.

O artigo 20 da lei 9.637/98 cuida da criação, mediante decreto do Executivo, do Programa Nacional de Publicização – PNP, com o objetivo de estabelecer diretrizes e critérios para a qualificação de organizações sociais, a fim de assegurar a absorção de atividades desenvolvidas por entidade ou órgãos públicos, com ênfase no atendimento do cidadão-cliente; nos resultados qualitativos e quantitativos nos prazos pactuados; e controle social das ações de forma transparente.  

As OSs passaram a receber recursos financeiros e a gerenciar bens, equipamentos e pessoal do poder público, sob a justificativa e o compromisso de entregar maior eficiência na gestão e na oferta de serviços de saúde. 

O surgimento das OSs na saúde também foi acompanhado de debates e críticas, especialmente em relação à transparência, controle e qualidade dos serviços prestados por essas entidades. O debate sobre a gestão da saúde por OSs envolve a discussão sobre a privatização da saúde, a ampliação do acesso e a busca por um modelo de gestão mais eficiente e eficaz.

Os primeiros dias da gestão de Clécio Luis como governador do Estado do Amapá, isso em janeiro de 2023, foram, prioritariamente, voltados para, como dizia o governador, “resolver o problema da saúde”.

A luta e a divulgação das ações foram de choque. O governador queria ver os corredores do Hcal e do HE desocupados, livres para serem apenas corredores dos hospitais.

Durante a empreitada o governador percebeu que o problema era ainda maior do que imaginava. Não conseguiu, apenas com a suas forças, suas vontades e a capacidade do Governo, resolver os problemas dos quais se valiam os seus críticos e deixavam a população com dúvidas..

O desafio estava posto e o Governo, e não só o governador, precisavam vence-lo. Fez sucessivas mudanças no comando da Secretaria de Estado da Saúde e, nada.

Resolveu, então, partir para a divisão das tarefas do Governo com as Organizações Sociais, sempre guiado pela vontade de vencer o desafio que lhe se havia imposto.

As organizações sociais não tem fins lucrativos e já vinham dando certo em alguns lugares e noutros nem tanto. Mas assim mesmo saiu para a experiência. Aliás essa experiência já havia sido feita em governos anteriores (não havia dado certo!)

O fato é que hoje, duas organizações sociais estão no comando da gestão de parte do sistema de saúde do estado: a FUNDAÇÃO DE SAÚDE AMAPAENSE – FUNDESA (CNPJ 50.956.623/0001-00), uma fundação pública de direito privado estadual ou do Distrito Federal, que tem como atividade econômica principal, APOIO E GESTÃO À SAÚDE; a outra OS é a SAÚDE LINK LTDA (CNPJ 25.136.396/0002-00), uma sociedade empresária Ltda.

O prédio onde funciona uma ampliação do Hcal está sendo identificado como Anexo do Hcal. Os serviços de saúde executados no Anexo do Hcal e a gestão do pessoal está sob o comando da FUNDESA e parte dos serviços prestado no Hcal está entregue à gestão da SAÚDE LINK.

Uma das duas organizações sociais está com pagamento atrasado e os servidores CLT estão reclamando. 

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Antes tarde...

Rodolfo Juarez

No sábado, dia 5 de julho de 2025, um legado da Copa do Mundo FIFA de 2014, realizada no Brasil, foi entregue pela Federação Amapaense de Futebol – FAF, à comunidade. Estou falando do Centro de Desenvolvimento de Futebol do Amapá, localizado no bairro Marabaixo, na zona oeste de Macapá, resultado de uma oportuna parceria entre a FIFA, a CBF e a FAF.

O objetivo do Centro de Desenvolvimento do Futebol é fortalecer as categorias de base dos clubes locais, revelar talentos e impulsionar o futebol.

O Centro possui campos oficiais de futebol com grama padrão Fifa, vestiários completos e acessíveis, e área administrativa para coordenação de projetos, com objetivo de impulsionar a formação de atletas e capacitar técnicos e profissionais do futebol.

A Federação Amapaense de Futebol projeta atender, prioritariamente, crianças e jovens, oferecendo a estrutura para escolinhas, em atividades, e que possam contribuir para a inclusão social e o desenvolvimento do esporte na Estado.

A infraestrutura do Centro de Desenvolvimento do Futebol é moderna e está pronta para oferecer treinamentos e desenvolvimento técnico objetivando ser o polo estratégico para o crescimento do futebol no Amapá.

A diferença entre as arenas construídas em diversas praças da cidade de Macapá e o centro de treinamento para futebol reside em suas funções e em sua estrutura. 

Enquanto uma arena é um local projetado para receber eventos esportivos e outros tipos de espetáculos, com arquibancadas e infraestrutura para acomodar o público, um centro de treinamento é focado no desenvolvimento e preparação de jogadores, com campos de treino contendo medidas oficiais, academia, e outras instalações voltadas para a prática esportiva e o aperfeiçoamento de novos atletas.

O futebol, que no Estado do Amapá já foi referência regional, exportando  jogadores que fizeram grande sucesso e se tornaram ídolos de clubes de outros estados como o Pará, Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, entre outros; e clubes como Nacional, Rio Negro, Remo, Paysandu, Tuna, Internacional de Porta Alegre, Fluminense, Atletico Mineiro, entre outros, além de jogadores que saíram para jogar fora do Brasil tendo como base o desempenho em clubes originários do Amapá.

Clubes do Amapá já tiveram bom desempenho em competições regionais, como o Copão da Amazônia, superando adversários históricos e tradicionais, conquistando títulos e conformando um celeiro de craques, mas, tudo isso está no passado, principalmente depois que o futebol local precisou ser profissionalizado e, tudo isso, provavelmente, por falta de uma estrutura local que pudesse motivar as crianças e os adolescentes à prática do futebol.

Atualmente os resultados alcançados pelas equipes amapaenses nos confrontos regionais e nacionais não são dos  melhores e nem razoáveis. As participações de times do Estado do Amapá, com raríssimas exceções, em competições nacionais como a Copinha, realizada em todos os começos de ano em São Paulo, são muito ruins, apesar do grande esforço de dirigentes que se arriscam nessa empreitada.

A devolução dos centros de futebol à comunidade pode possibilitar, principalmente às crianças e aos adolescentes, oportunidades para terem seus talentos futebolísticos descobertos e aprimorados.

O novo tempo pode ser bom para todos!

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.

Rodolfo Juarez

Neste ano de 2025 completei 79 anos de idade.

Em 1973, quando ainda não tinha 2 anos do recebimento da outorga como engenheiro civil pela Universidade Federal do Pará, o que havia acontecido em 17 de dezembro de 1971, trabalhava como responsável técnico da Construtora Brasileira de Engenharia e Comércio Ltda e, além das obras das quais era o responsável técnico, participava, junto com as pessoas que trabalhavam comigo na construtora, pedreiros, ajudantes, mestre de obras, encanadores, eletricista, desenhistas, vigilantes, entre outros, e fornecedores de material e serviço, do time de futebol da empresa.

Em agosto daquele, 1973, o time da Construtora Brasileira recebia, no campo dos bombeiros que ficava no local onde está o prédio do comando do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, em Macapá, o time do “seu” Curinga, dono de uma serraria que ficava em frente a Macapá, em uma das ilhas da foz do rio Amazonas.

Durante o jogo, em uma disputa de bola, “seu” coringa, com seus mais de 120 quilos e eu, tivemos uma disputa (imaginem!) e ele acabou caindo por cima de mim o que resultou em uma distensão que me deixou sem poder participar dos jogos da Construtora até o final do ano.

Pois bem, na semana passada, na quarta-feira, 25 de junho, quando voltava para o escritório (hoje atuo também como advogado), chovia um pouco e, às pressas, tentei passar, da rua para a calçada. Escorreguei... Senti que havia sofrido um estiramento muscular de gravidade significativa.

O estiramento muscular também conhecido como distensão muscular, é uma lesão que ocorre quando as fibras musculares são esticadas além do seu limite, causando dor, inchaço e dificuldade de movimento na região afetada. Essa lesão pode ocorrer em diversas situações, como durante a prática de esportes, exercícios físicos ou até mesmo em atividades cotidianas. As de quais fui acometido foi daquelas decorrentes de atividades cotidianas.

O músculo da  minha coxa esquerda foi submetido a uma carga maior do que aquela ele suporta, seja pelo esforço ou mesmo pela idade. As fibras romperam e, agora, estou no “estaleiro” novamente, com cores que já nem tinha lembranças, não sei por se por ter esquecido ou por não querer lembrar.

E evidente que, com 79 anos de idade, o meu condicionamento físico é inadequado para suportar um escorregão como aquele que experimentei e a probabilidade de sofrer a distensão está mais presente.

A dor é incrivelmente intensa! Não dá para fazer qualquer movimentação sem ter um apoio e, assim, estou usando um apoiador, não sei se para sofrer menos dor ou para tentar enganar as avaliações que faço de mim mesmo.

As distensões (ou estiramentos) são medidas em graus: de grau I, para distensões leves, assim consideradas as lesões mínima, com alguns poucos fibras musculares rompidas. A dor é leve e a movimentação é pouco afetada; de grau II, para distensões moderadas, assim consideradas lesões mais significativa, com mais fibras musculares rompidas. A dor é mais intensa e a movimentação é limitada; e de grau III, as lesões mais severas, com ruptura total das fibras musculares. A dor é muito intensa e a movimentação é praticamente impossível.

Para o tratamento é importante consultar um médico ou fisioterapeuta para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado para a sua distensão muscular. Consultei o médico e estou sendo acompanhado pela fisioterapeuta Nádia Guimarães que efetiva os exercícios necessários e observa a evolução do tratamento.

Doutra parte, como naturais consequências, o repouso, a aplicação de gelo, a compressão por bandagem elástica, a fisioterapia, a ingestão adequada de analgésicos e anti-inflamatórios, aquecimento e alongamento sempre que possível, fuga de movimentos bruscos, alimentar-se com uma dieta equilibrada contendo nutrientes necessários para a saúde muscular.

Para manter os músculos hidratados, o ser humano precisa beber bastante água. E agora? Sou paciente renal e não posso beber muita água. Resta o bom senso!