sábado, 12 de novembro de 2011

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Rodolfo Juarez
O Governo precisa correr para fazer alguma coisa nestes 49 dias que ainda faltam para acabar o ano. Não pode se conformar em fazer só o que está fazendo e deixar que 2011 seja um ano marcado pela falta de iniciativa e capacidade de resolver as pendências que afirma ter ficado do outro governo.
Dinheiro não foi o problema em nenhum momento, pelo menos até agora.
Só a previsão do excesso de arrecadação - tudo o que vai superar os 2,7 bilhões constantes do orçamento público -, indica que é superior ao total das dividas contabilizadas dos governos anteriores.
Então, o que aconteceu realmente até agora?
Dizer com toda a certeza não dá para dizer. Agora, o que parece é que houve muita timidez da parte da equipe de governo, principalmente pela falta do conhecimento de como se desenvolvem as ações públicas proativas e que são relevantes na confiança da população, sentimento muito importante para o apoio às ações mais arriscadas do Governo.
Também algumas promessas foram feitas sem contar com aqueles que transformariam essa promessa em realidade. Um caso exemplar foi o que aconteceu com as obras do Estádio Estadual Milton de Souza Correa, o Zerão, prometido em entrevista coletiva no local da obra, que em dezembro estaria toda a etapa contratada pronta e em condições de uso.
Naquele momento teve a confirmação do secretário de Estado da Infraestrutura, Joel Banha, que, segundo os mais próximos, induziu o governador a esse erro, que é muito mais grave pela forma do que pela qualidade e, por isso, não está fazendo tanta diferença.
Mas é um exemplo do descuido que teve e, também, demonstra a falta de garra para fazer prevalecer o que tinha prometido, uma vez que, inegavelmente, se tivesse mostrado determinação, não estaria enfrentando o desgaste da promessa descumprida.
Nem a modernização do governo aconteceu.
Tudo está quase como era antes.
Até as variações dos valores totais da folha de pagamento dos funcionários públicos do Estado, antes considerada um absurdo, em nada mudou. Nem mesmo com o recadastramento deixou de crescer o total, mesmo sem ter significativa modificação no número de funcionários e sem aumentos significativos nos salários.
E é por isso que cada vez mais os gastos com pessoal se aproximam do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
As receitas crescentes não são as locais, pois, a atividade econômica foi mantida estacionada durante a maioria dos meses do ano, sem que isso fosse considerado importante pelo Governo. Só depois, quando viu que o prejuízo era para todos é que tentou reagir, mas já era tarde.
A expectativa está toda voltada para os resultados decorrentes do 13º salário, tanto do setor público como do setor privado, pois, os técnicos da área econômica do Governo, bem sabem que “matar a galinha dos ovos de ouro” não é a melhora estratégia.
Já sobra para o ano de 2012, ano de eleições municipais, uma desconfiança maior, implicando em resultados ainda piores, devido ao não alinhamento entre as duas administrações – a do Estado e a do Município de Macapá.
Ao contrário o desalinhamento apenas prejudica a todos, principalmente se for considerado que mais da metade da população do Estado, mora no Município de Macapá.

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