sexta-feira, 4 de novembro de 2011

RODOVIAS: UM ANO PARA SER ESQUECIDO

Rodolfo Juarez
O ano que está terminando, está mais para ser esquecido do que para ser lembrado daqui em diante. Foram raros os setores da sociedade atendidos em suas necessidades, mesmo assim, na prestação de contas do dinheiro da Receita decorrente dos tributos pagos por todos e que consta do Orçamento Público será gasta e ainda mais o excesso de arrecadação, aquele pedaço da arrecadação sempre gordo e que supera o previsto para o exercício.
Alguns setores estão claramente prejudicados como é o caso do setor de rodovias.
Sem um plano rodoviário estadual, os amapaenses que precisam dessas verdadeiras “veias”, enfrentaram todo tipo de dificuldade em 2011 e já estão sabendo que têm encontro marcado com essas mesmas dificuldades em 2012.
A malha rodoviária estadual nem manutenção adequada recebeu, fruto da descontinuidade que não permitiu que os mesmos técnicos da Secretaria de Estado dos Transportes, que trabalharam nos dois governos anteriores, pudessem continuara o que vinham fazendo.
A corda encurtou e as desculpas alongaram.
O resultado é que não houve avanço e nem um palmo de asfalto foi lançado, até agora, em qualquer rodovia do Estado do Amapá.
Para quem está precisando de várias pontes sobre vários rios, isso até desanima, cria uma cruel certeza de que nada está certo.
A ponte sobre o Rio Matapi, certamente um impedimento para o desenvolvimento do Município de Mazagão, diretamente, e dos Municípios de Macapá e de Santana, deixou o roteiro dos discursos e não tem merecido uma única linha sequer, mesmo quando não pode justificar as condições em que se encontram as rampas onde raspam os fundos das balsas que fazem a travessia do Rio Matapi.
O secretário atual não pode manter a montanha de problemas que foram deixados pelos anteriores no ano que vem. Basta um ano de reclamação. Se os que estiveram por lá antes não deram a resposta esperada, que seja dada agora.
O que não pode é não se ter, no programa rodoviário do governo, a execução do projeto da ponte sobre o Rio Matapi, a duplicação da Rodovia Duca Serra; a continuação da Rodovia Alceu Paulo Ramos e de outras como, por exemplo, o acesso a sede do Município de Pracuúba, o acesso ao Município de Amapá, todos projetos urgentes e que não podem deixar de ser falado, pois até a população está com vergonha de tratar do assunto tão evidente e tão necessário.
O plano rodoviário do Estado precisa ser anunciado. Não há mais motivo para ser mantido sobre segredo, comandado pela desconfiança de não ser feito nunca ou, pelo menos, nos anos que ainda restam do mandato do atual governador.
Se cada qual assumisse o seu papel e deixasse de querer estar dando pitaco na ação que seria do outro, a equipe poderia oferecer melhor resultado. O que não pode é ficar esperando que caia do céu, como uma mensagem do além, a orientação para que saia do papel, se lá estiver, ou do pensamento, se é que pensam, esses projetos que estão na declaração de necessidade das populações.
Ah! Não esqueçam as questões daqui de perto da Capital, principalmente acessos à região do Pacuí e também o Município de Itaubal e Cutias.
Um plano de obras, ou mesmo uma lista com os títulos das obras em ordem alfabética, ajudaria... E muito.

Um comentário:

  1. muito bem esse texto, tem-se que cobrar as soluções pra esses problemas mesmo para os mesmos não serem mais negligenciados.

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