Rodolfo Juarez
Esta
semana não vou ainda expressar minha opinião sobre o atual momento da rede
estadual de ensino no Amapá por entender que vários problemas ainda não tiveram
a identificação das causas e a basca da solução ainda está sendo feita por
caminhos que não o da própria Secretaria de Estado da Educação.
Tem
questões que dependem de outas instituições públicas, como é o caso do bloqueio
das contas dos caixas escolares que, desde muito tempo experimentam uma
eficiência na manutenção corretiva e preventiva das escolas, mas que não são
dotados de instrumentos capazes de conter erros, propositais ou não, mas que
estão implicando na eficiência das administrações escolares, retratados nos
atrasos de pagamentos de fornecedores e na utilização de mão de obra não
treinada para o serviço que assumem.
Vou
falar da cidade, ou melhor, das cidades, considerando a falta de criatividade
administrativa e de cuidado com o futuro.
Do
jeito como estão caminhando as nossas cidades, principalmente as duas maiores –
Macapá e Santana – elas não asseguram um bom futuro para os seus moradores.
A cada
dia os problemas se agigantam e a estrutura pública se mostra mais despreparada
para enfrenta-los.
O
problema, decididamente, não é só o recurso que dispõe o município. O problema
é estrutural e, na maioria das vezes, de concepção. E errar na concepção, ou
seja, no levantamento daquilo que se transforma nos problemas urbanos, é ter a certeza
que vai, ao final, se depara com erros grosseiros e, de certa forma,
injustificáveis.
Uma
questão parece pacífica: os municípios não têm condições de cuidar, sozinhos,
de suas sedes municipais.
As
cabeçadas que dão, acabam por minimizar os resultados ou inviabilizar as
proposta que até saem da cabeça daqueles que chegam, mas que, logo são
abraçados pelo vício do bem-bom a que se acostumaram os mandatários e aqueles
que teria que fiscalizá-los.
Observo
que para ter uma administração mais acomodada, isto é, sem perturbação ou
exigência do óbvio, a primeira providência do prefeito é tentar controlar o
comportamento dos vereadores, ou pelo menos, de uma maioria que lhe garanta
continuar no cargo, mesmo fazendo o que não deve ou fazendo nada.
Enquanto
isso o município não consegue fazer uma licitação para definição de regras para
a concessão de licença para exploração, por exemplo, do transporte urbano, ou
mesmo do transporte de pessoas por outros veículos.
Ora, se
não consegue fazer o que pouco custa ou não custa nada em termos de dinheiro,
como fará uma obra ou serviço de grande vulto como as que precisam fazer nas
cidades?
Então
que continuemos sem coleta de esgoto, sem asfalto nas vias, água nas torneiras,
iluminação pública, e tantas outras questões estritamente urbanas e que não são
tratadas pelos gestores municipais faz tempo e nem levantadas pelos amordaçados
vereadores, comprometidos com cargos dentro da prefeitura.
Nossas
cidades têm garantido um futuro melhor desde que seja despolitizada a administração
e acordado um procedimento onde as mordomias não estejam em primeiro lugar e as
alegações falsas sejam evitadas pelos próprios alegantes.
A
população, por enquanto, está assumindo todos os erros dos seus dirigentes,
sofrendo todas as consequências do mau uso dos tributos que paga e
pacientemente esperando que esses dirigentes despertem para a realidade e vejam
que não estão cumprindo com o seu papel.
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