Rodolfo
Juarez
As
autoridades municipais precisam ter cuidado com a cidade de Macapá. O tempo
dedicado a ela não tem sido suficiente para responder aos seus problemas que, a
cada dia, aumentam de tamanho e de complicação para os seus moradores.
O que se
está fazendo pela cidade é muito pouco, muito aquém do que pode e do que
precisa ser feito. Não se trata apenas de uma questão de falta de recurso para
resolver as necessidades apresentadas pela urbi, mas sim de um compromisso
verdadeiro, daqueles que podem mudar o rumo das condições da cidade.
Os
problemas são apontados de forma pontual e assim são atacados. Claro que além
da definição incompleta, acontece a solução parcial que representa uma pequena
parte daquilo que, algumas vezes, poderia ser feito com o mesmo dinheiro,
tantas são as repetições que se aplica para resolver o mesmo problema.
Macapá
apresenta um problema crônico de expansão. A Prefeitura Municipal não conseguiu
nos últimos 20 anos organizar a ocupação do seu sitio restrito, prejudicando o
sítio expandido e, assim, dando oportunidade para os especuladores almofadinhas
ou de chapéu de palha.
Macapá não
cresce. Macapá incha.
Essa
constatação além de ser grave, aumenta o desafio dos administradores que, ao
que parece, mostram-se vencidos pela dimensão do problema e pela intensidade de
suas consequências naquilo que a cidade precisa oferecer de retorno para
aqueles que a habitam.
O tempo
passa e os problemas, apesar de serem repetidos, aumentam de tamanho ou de
intensidade. O caso do bairro que está sendo “engolido” pelo rio – o Aturiá –
exemplifica o modelo desastrado que está sendo usado pela administração
municipal que recebe em troca, o descaso contagiante de muitos moradores.
A falta de
planejamento para o desenvolvimento urbano é evidente e, além de fazer muita
falta para os administradores, os colocam em rumos e direções indefinidas e
que, na maioria das vezes, levam a lugar nenhum.
O
orçamento do município de Macapá é claramente insuficiente para suportar a
carga de necessidades da cidade e nem mesmo os setores com menor exigência
estão escapando das dificuldades alegadas pela administração.
As vias
estão com uma capa asfáltica com mais de cinco anos, portanto vencida; essas
vias urbanas – boa parte delas – sem meio fio, linha d’água, calçada e com o
amontoado de terra nas suas laterais, mostrando as dificuldades que a
administração tem para cumprir o papel elementar de cuidar da cidade como a boa
técnica propõe.
As árvores
que amenizam o calor da cidade foram plantadas na década de 60 e 70, quando a
população era um oitavo da atual. Também nos últimos 20 anos não se plantou
árvores obedecendo a um plano, muito embora a prefeitura tenha em seu quadro de
funcionários, técnicos com formação específica para atender as exigências
técnicas de uma ação dessa natureza.
A
administração está politizada demais e a gestão está enfraquecida na mesma
intensidade, implicando em dificuldades que precisão ser resolvidas para que os
problemas sejam atacados com eficiência e continuidade.
A
administração municipal atual prefere ter o apoio político da Câmara Municipal,
mesmo que para isso tenha que evitar a atuação fiscalizadora dos edis que, se
assim fizessem, poderiam colaborar com o desenvolvimento de Macapá.
Enquanto
isso, o tempo passa, as administrações passam e os problemas urbanos aumentam,
tornando-se mais fortes do que os administradores.
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