Rodolfo Juarez
O
Estado do Amapá precisa encontrar um rumo para o seu desenvolvimento. Precisa
buscar alternativa para ocupar a sua mão de obra, qualificada ou não, que está
ociosa, pronta para trabalhar em busca de outras realidades.
Os
setores responsáveis pelo planejamento, em qualquer dos níveis, estão
completamente engessados, ocupados por atividades imediatistas como se houvesse
tempo para a população esperar por emprego e renda.
As
notícias não são nada boas e, o pior, é que não se busca alternativa e, é óbvio
que dessa forma, não encontrará qualquer saída, a não ser aquelas da
sobrevivência e que não assegura nada, a não ser a alimentação a curto prazo
para aqueles que estão já desesperados, sem oportunidade de entrar no mercado
de trabalho.
Empresas
em crise, governo sem dinheiro, investimento zero, decididamente não é a
receita que dá certo. É preciso buscar saídas.
Para
fazer isso – buscar saídas – não é preciso deixar de tratar o presente, mas
reforçar as equipes para que haja, ao mesmo tempo e com o mesmo custo, a busca
de saídas.
Não dá
mais para continuar reclamando do caos. Fazendo apologia a incompetência, se os
resultados também não aparecem.
Até
mesmo a inspiração que tinha o atual chefe do planejamento do Estado está
completamente absorvido por questões burocráticas e pela necessidade de dar
explicação pelas dificuldades, enquanto isso, o tempo passa, os problemas
sociais aumentam e as perspectivas de solução não aparecem.
Onde
vamos parar?
Quem
será o responsabilizado pelos resultados?
Quando
será acesa, pelo menos, a luz no final do túnel?
Perguntas
que sempre tinham mais de uma resposta a ser anunciada pela equipe responsável
pelo planejamento do Estado, isso em meados de 2014.
Será
que acabou a inspiração?
Será
que vale a pena arrumar discursos para as dificuldades e deixar que os planos
não sejam elaborados, os bons resultados alcançados.
A
década que começou em 2011 é, seguramente, a mais difícil que a população do
Estado atravessa, mesmo assim o comportamento dos governos, tanto o estadual
como os municipais, são de privilegiar as lamentações, muito embora afirmem,
sistematicamente, que sabem que não podem gerir o estado ou os municípios
olhando pelo retrovisor.
Orientar
o gestor a tomar as boas decisões é um procedimento precisa de antecedentes
seguros e garantidos pelos diversos testes a que são submetidas cada uma das
propostas que serão levadas ao chefe da gestão.
Os
setores eleitos como prioridade do Governo não tiveram os acessórios que precisam
e que vêm dos outros e não deram as respostas esperadas.
Contingenciar
os recursos de um Estado no volume que foi contingenciado exige outras
providências que possa minimizar o quadro geral. Como não houve, todos os
gestores ficaram presos em suas próprias limitações, acomodados conforme os
orçamentos e até mesmo os mais ansiosos e preocupados com a situação social, se
renderam ao “parar tudo”, pois, “não temos condições para fazer qualquer
coisa”.
Já nos
aproximamos da metade do ano e no relatório do primeiro semestre não cabe o
“projeto” contingenciamento e muito menos o “projeto” compasso de espera.
Vai ser
preciso enfrentar um choque de realidade para que os prejuízos administrativos
não sejam contabilizados, a insatisfação popular não seja consolidada e a culpa
por tudo acabem caindo na costa de quem nada tem a ver com a situação.
O
momento é para os criativos e não para os burocratas; para os ativos e não para
os acomodados; para os corajosos e não para os medrosos.
A
população está atenta e já divide muito bem as responsabilidades, muito embora
entenda que quem tem que ligar os auxiliares na tomada é o próprio governador,
se não acaba sendo, também, responsabilizado pelo não feito.
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