sexta-feira, 15 de maio de 2015

Quem liga na tomada?

Rodolfo Juarez
O Estado do Amapá precisa encontrar um rumo para o seu desenvolvimento. Precisa buscar alternativa para ocupar a sua mão de obra, qualificada ou não, que está ociosa, pronta para trabalhar em busca de outras realidades.
Os setores responsáveis pelo planejamento, em qualquer dos níveis, estão completamente engessados, ocupados por atividades imediatistas como se houvesse tempo para a população esperar por emprego e renda.
As notícias não são nada boas e, o pior, é que não se busca alternativa e, é óbvio que dessa forma, não encontrará qualquer saída, a não ser aquelas da sobrevivência e que não assegura nada, a não ser a alimentação a curto prazo para aqueles que estão já desesperados, sem oportunidade de entrar no mercado de trabalho.
Empresas em crise, governo sem dinheiro, investimento zero, decididamente não é a receita que dá certo. É preciso buscar saídas.
Para fazer isso – buscar saídas – não é preciso deixar de tratar o presente, mas reforçar as equipes para que haja, ao mesmo tempo e com o mesmo custo, a busca de saídas.
Não dá mais para continuar reclamando do caos. Fazendo apologia a incompetência, se os resultados também não aparecem.
Até mesmo a inspiração que tinha o atual chefe do planejamento do Estado está completamente absorvido por questões burocráticas e pela necessidade de dar explicação pelas dificuldades, enquanto isso, o tempo passa, os problemas sociais aumentam e as perspectivas de solução não aparecem.
Onde vamos parar?
Quem será o responsabilizado pelos resultados?
Quando será acesa, pelo menos, a luz no final do túnel?
Perguntas que sempre tinham mais de uma resposta a ser anunciada pela equipe responsável pelo planejamento do Estado, isso em meados de 2014.
Será que acabou a inspiração?
Será que vale a pena arrumar discursos para as dificuldades e deixar que os planos não sejam elaborados, os bons resultados alcançados.
A década que começou em 2011 é, seguramente, a mais difícil que a população do Estado atravessa, mesmo assim o comportamento dos governos, tanto o estadual como os municipais, são de privilegiar as lamentações, muito embora afirmem, sistematicamente, que sabem que não podem gerir o estado ou os municípios olhando pelo retrovisor.
Orientar o gestor a tomar as boas decisões é um procedimento precisa de antecedentes seguros e garantidos pelos diversos testes a que são submetidas cada uma das propostas que serão levadas ao chefe da gestão.
Os setores eleitos como prioridade do Governo não tiveram os acessórios que precisam e que vêm dos outros e não deram as respostas esperadas.
Contingenciar os recursos de um Estado no volume que foi contingenciado exige outras providências que possa minimizar o quadro geral. Como não houve, todos os gestores ficaram presos em suas próprias limitações, acomodados conforme os orçamentos e até mesmo os mais ansiosos e preocupados com a situação social, se renderam ao “parar tudo”, pois, “não temos condições para fazer qualquer coisa”.
Já nos aproximamos da metade do ano e no relatório do primeiro semestre não cabe o “projeto” contingenciamento e muito menos o “projeto” compasso de espera.
Vai ser preciso enfrentar um choque de realidade para que os prejuízos administrativos não sejam contabilizados, a insatisfação popular não seja consolidada e a culpa por tudo acabem caindo na costa de quem nada tem a ver com a situação.
O momento é para os criativos e não para os burocratas; para os ativos e não para os acomodados; para os corajosos e não para os medrosos.

A população está atenta e já divide muito bem as responsabilidades, muito embora entenda que quem tem que ligar os auxiliares na tomada é o próprio governador, se não acaba sendo, também, responsabilizado pelo não feito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário