quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Economia pública

Rodolfo Juarez
Para um país em crise e precisando produzir a semana do carnaval em nada colabora para mudar o quadro da economia, muito embora não dê para minimizar os resultados que serão auferidos em alguns dos estados nacionais.
O Estado do Amapá está imerso em uma profunda crise de avaliação principalmente, até maior do que a crise real, muito embora ela envolva todos os procedimentos e iniciativas da administração estadual.
Mesmo assim parar a gestão desde sexta-feira, de modo oficial, mas desde quinta-feira de modo oficioso, tem sido defendida pelos gestores que esta é uma oportunidade para fazer economia uma vez que, nesse período, os gastos com a manutenção da maquina pública deverão diminuir devido as repartições públicas serem mantidas fechadas.
Esse raciocínio induz a uma reflexão que indica resultados favoráveis se o estado não existisse.
A essência do trabalho é a produção e, naturalmente, se não há trabalho, não há produção.
No momento em que a paralisação do trabalho é alardeada pelos administradores como uma oportunidade para economia, se tem a impressão que tudo está invertido e que, se isso fosse uma medida para economizar, então porque não para o Estado por mais tempo? Por um mês ou um ano?
Assim, a economia seria maior, a máquina pública ficaria parada e a sociedade poderia verificar se ela faz ou não falta para a coletividade.
O orçamento de 5,1 bilhões de reais implica em um custo médio mensal de R$ 425 milhões de reais que descontados os duodécimos dos poderes, equivalentes a 55 milhões, deixa para o Executivo o montante para gastar, mensalmente, de 370milhões, dos quais, 170 milhões para gastar apenas com pessoal.
Os outros duzentos milhões mensais ficam para aquisição de material e serviço além de equipamentos e investimentos na infraestrutura administrativa e estatal.
Então, bater palma para uma paralisação da produção do setor público por dez dias é um indicativo que demonstra a falência da proposta produtiva do Estado que esta se conformando em ser uma fonte de pagamento de pessoas, funcionários ou não, de um Estado cujos dirigentes estão procurando justificativas pelo que não fazem.
A economia não perdoa os ineficazes, os amedrontados e aqueles que vão para a direção de organismos estatais para fazer experiência ou esperar que as questões de sua responsabilidade se resolvam de per si.
Claro que os 10 dias de folga farão falta para aquele que estão entregues ao serviço público com a responsabilidade de produzir, recompensar o contribuinte que vê o seu dinheiro desaparecer como em passe de magia.
A crise acaba sepultando a vontade daqueles que não se acostumam a “enxugar gelo”, aqueles que querem algo diferente e que estão dispostos a fazer para alcançar resultados favoráveis para a comunidade.
Até mesmo aqueles pouco aplicados ou de nenhuma aplicação acabam compreendo que não servem para assumir os cargos ou que estão ali apenas com o fito de, enquanto for possível, receber a paga do salário que está descrito na lei que define o cargo.

Para aqueles que são verdadeiramente preocupados com o seu próprio futuro e o futuro dos seus filhos e netos as justificativas para os 10 dias de folga são impossíveis de serem consideradas, pois, bem sabem, que sem a produção diária não se gera receita. 

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