Rodolfo Juarez
Para um
país em crise e precisando produzir a semana do carnaval em nada colabora para
mudar o quadro da economia, muito embora não dê para minimizar os resultados
que serão auferidos em alguns dos estados nacionais.
O
Estado do Amapá está imerso em uma profunda crise de avaliação principalmente,
até maior do que a crise real, muito embora ela envolva todos os procedimentos
e iniciativas da administração estadual.
Mesmo
assim parar a gestão desde sexta-feira, de modo oficial, mas desde quinta-feira
de modo oficioso, tem sido defendida pelos gestores que esta é uma oportunidade
para fazer economia uma vez que, nesse período, os gastos com a manutenção da
maquina pública deverão diminuir devido as repartições públicas serem mantidas
fechadas.
Esse
raciocínio induz a uma reflexão que indica resultados favoráveis se o estado
não existisse.
A
essência do trabalho é a produção e, naturalmente, se não há trabalho, não há
produção.
No
momento em que a paralisação do trabalho é alardeada pelos administradores como
uma oportunidade para economia, se tem a impressão que tudo está invertido e
que, se isso fosse uma medida para economizar, então porque não para o Estado
por mais tempo? Por um mês ou um ano?
Assim,
a economia seria maior, a máquina pública ficaria parada e a sociedade poderia
verificar se ela faz ou não falta para a coletividade.
O
orçamento de 5,1 bilhões de reais implica em um custo médio mensal de R$ 425
milhões de reais que descontados os duodécimos dos poderes, equivalentes a 55
milhões, deixa para o Executivo o montante para gastar, mensalmente, de
370milhões, dos quais, 170 milhões para gastar apenas com pessoal.
Os
outros duzentos milhões mensais ficam para aquisição de material e serviço além
de equipamentos e investimentos na infraestrutura administrativa e estatal.
Então,
bater palma para uma paralisação da produção do setor público por dez dias é um
indicativo que demonstra a falência da proposta produtiva do Estado que esta se
conformando em ser uma fonte de pagamento de pessoas, funcionários ou não, de
um Estado cujos dirigentes estão procurando justificativas pelo que não fazem.
A
economia não perdoa os ineficazes, os amedrontados e aqueles que vão para a
direção de organismos estatais para fazer experiência ou esperar que as
questões de sua responsabilidade se resolvam de per si.
Claro
que os 10 dias de folga farão falta para aquele que estão entregues ao serviço
público com a responsabilidade de produzir, recompensar o contribuinte que vê o
seu dinheiro desaparecer como em passe de magia.
A crise
acaba sepultando a vontade daqueles que não se acostumam a “enxugar gelo”,
aqueles que querem algo diferente e que estão dispostos a fazer para alcançar
resultados favoráveis para a comunidade.
Até
mesmo aqueles pouco aplicados ou de nenhuma aplicação acabam compreendo que não
servem para assumir os cargos ou que estão ali apenas com o fito de, enquanto
for possível, receber a paga do salário que está descrito na lei que define o
cargo.
Para
aqueles que são verdadeiramente preocupados com o seu próprio futuro e o futuro
dos seus filhos e netos as justificativas para os 10 dias de folga são
impossíveis de serem consideradas, pois, bem sabem, que sem a produção diária
não se gera receita.
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