sexta-feira, 29 de abril de 2016

A parte que cabe aos deputados

Rodolfo Juarez
Impressiona a forma como os deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá estão se posicionando em face ás dificuldades que os administradores dos Poderes do Estado, inclusive o Poder Legislativo, estão tendo que enfrentar.
Aos deputados estaduais é dado a entender, a cada dia, aquelas dificuldades, mas o comportamento dos parlamentares continua como se tudo estivesse sob controle ou se o problema também não fosse de cada um deles.
Os assuntos da administração só são lembrados quando há provocação externa, contrariando a regra geral de que ali estão as pessoas que a população escolheu para representá-la em todas as suas necessidades. Todas mesmo!
As discussões são levantadas eventualmente e, da mesma forma eventual, se diluem em um emaranhado de posições e parcimônias sem que haja preocupação com a efetividade das ações e o que pode representar para o interesse a população que já não se sente representada, tanto que procuram muito mais outros órgãos do que aquele onde estão aqueles que foram escolhidos para representá-los, agindo em nome de todos de acordo com a necessidade comum.
 O Poder Executivo está esfacelado, enfrentando todos os dias os seus próprios colaboradores que não hesitam no xingamento ao governante e seus principais auxiliares que, de mãos atadas, não se sabem por quem e porque, preferem recolher-se aos seus gabinetes ou mandar representantes, - que nada representam -, falar e dizer, coisas sem significado ou sem consistência que possa convencer os próprios funcionários.
O pagamento passou a ser um problema!
Ora, ora. Quando o pagamento é um problema, imaginem o desgaste das outras atribuições daqueles que estão responsáveis pela tranquilidade e confiança da população de um estado que todos sabem ser viável.
Os deputados estaduais não devem esquecer que são, antes de qualquer coisa, os representantes da população na cúpula que dirige o Estado do Amapá e que, a proposta que os eleitores entenderam no dia da eleição que os levou à atual representação, era de que estava, no momento do voto, escolhendo pessoas com condições de representá-los principalmente nos momentos de dificuldades, como as de agora.
É bom entender que quando o problema chega à intimidade de uma organização como um governo de estado, que lida com as decisões, é porque a população desse estado já está sufocada, sem qualquer condições de colaborar efetivamente, e aguardando a intervenção daqueles que escolheu para representá-los em momentos como esses.
O Plenário da Assembleia Legislativa precisa reagir e não permitir que o caos contamine aqueles que têm a incumbência de evitá-lo, inclusive para possibilitar que o Poder Legislativo continue com ar suficiente para respirar ares não desejados, mas que precisa purificar para que as condições de governança continuem.
É preciso reconhecer que o Poder Judiciário e o próprio Ministério Público serão afetados e não terão condições de direcionar, pois atuam no limite da regra sem a ter a incumbência primária de evitar o sacrifício daqueles que são representados pelos deputados estaduais – a população.
É hora de utilizar a política para resolver os problemas sociais, buscando técnicas corretivas e testadas para que todos não caminhem para o sacrifício inexorável por não cumprir a atribuição que cabe a cada um dos deputados e a todos os que forma o Poder Legislativo e seus órgãos acessórios.

Fingir que não está acontecendo nada ou que nada está percebendo é desafiar a inteligência popular. E isso é muito ruim...

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