Rodolfo Juarez
Até
agora o Judiciário e o Ministério Público amapaenses entraram na questão do
parcelamento de salários dos funcionários do Governo do Estado com agentes que
interpretam os dramas dos jurisdicionado, mas, ao que tudo indica daqui a
pouco, vão também participar dessa mesma discussão com atenção centrada na
Receita Estadual para manter o pagamento dos funcionários e as condições para
exercer as suas atribuições constitucionais e legais.
O
problema é muito sério, faz tempo, mas foi preciso faltar, no exato significado
da palavra, o dinheiro para pagar o pessoal do Governo, que se deu conta dessa
gravidade prática.
Trata-se
de uma equação com solução impossível aquela que está sendo resolvida pelos
agentes do Governo do Estado. Não existe milagre que faça uma receita menor do
que a despesa satisfazer às necessidades de quem quer que seja.
Entendo
que é hora de iniciar um processo de revitalização administrativa, não apenas
com pessoas, mas com métodos e processos que possam repor o Estado do Amapá no
seu real tamanho. Neste momento ele não cabe no lugar onde os dirigentes
insistem em colocá-lo.
Chamo a
atenção para a gestão estadual. Ela não pode receber tratamento diferente
daquele dado para as gestões municipais onde a cada oito dias um prefeito perde
o mandato e, não raro, perde também a sua liberdade.
A Lei
de Responsabilidade Fiscal tinha objetivos preventivos, de alerta para os
gestores e não punitivos como se utiliza em regra, por ter sido abandonada na
ocasião da tomada de decisão pelos gestores públicos.
Sem
diminuir as despesas - todas elas, inclusive de pessoal -, não será encontrado
o ponto de equilíbrio com a receita, condição essencial para qualquer
administrador dar conta das suas atribuições.
Liderança
é outro ponto absolutamente necessário para esses momentos. O líder com
credibilidade pode ter o tempo que precisa para resolver a equação mais
difícil. Agora, quando não tem essa liderança a situação piorar e a confiança
desaparece.
O
problema do Governo do Estado do Amapá não é só o gigantismo, com muitas
unidades de custo e raras unidades de receitas, mas também uma disciplina
interna para orientar os gestores de cada unidade, cada um com visão
republicana, certo de que o que faz contribui para o conjunto e não para
atender necessidades pessoais do gestor ou daquele que fez as gestões para
colocá-lo naquele cargo.
A
Administração Pública do Estado do Amapá não é importante apenas nela mesma. Os
dados recentes do Banco Central apontam que essa Administração Pública
contribuiu para o Produto Interno Bruto do Amapá com quase a metade dos seus
resultados (44,4%).
Então
não podemos liquidar com a “galinha dos ovos de ouro”, pois, estaremos cortando
os sonhos mais simples de uma população que espera dos seus administradores
resultados compatíveis com os tributos que paga todos os dias, mesmo quando
está dormindo.
Rever o
tamanho do Orçamento do Estado para 2016 é uma medida absolutamente necessária,
mesmo que tenha que responsabilizar aqueles que induziram ao erro.
A equação
é quase impossível por conta com a variável social que pode quebrar a higidez
das ciências exatas.
Parabéns pelo artigo,concordo em todos as colocações;e reafirmo, se urgentemente o Governador não tiver a humildade de visualizar os seguidos erros, desde aquele dia 26/03, quando numa atitude, que não condiz com um gestor público, coloca nota em site oficial afetando a vida de inúmeros trabalhadores, e com tematica tao polemica,já se vê que ele está mal de acessória econômica. Não é só a formação/diploma/qualificação!A experiência de gestão e política são o grande diferencial.
ResponderExcluirLamentável Governador!!!
Perdão, digo "assessoria econômica"
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