Rodolfo Juarez
Está
absolutamente claro que o problema atual da governança estadual e de todas as
governanças em organizações públicas, ou mantidas com o dinheiro público, está precisando
passar por reformas profundas.
O
avanço do tamanho dos salários e a falta de geração de divisas que possam fazer
face a este avanço levaram as administrações públicas, principalmente as
locais, a um estado de dificuldades incontrolável enquanto a estrutura atual
adotado for mantida.
É
preciso uma redefinição das despesas tendo como base as receitas.
É
absolutamente necessário gastar com a folha de pagamento o que está estipulado
nas regras vigentes e que protegem o cidadão de grande parte dos desmandos e
que deveriam ser o manual de gestão de qualquer dirigente público ou de
instituição mantidas com dinheiro público.
O
Estado do Amapá, neste momento, é um grande laboratório de informações, onde,
faz tempo, não se dá condições para a administração. Não se tem um fluxo normal
de caixa para cumprir as obrigações contratuais assumidas.
Os
prédios próprios do Governo que estão sendo utilizados para sediar repartições
públicas estaduais estão sucateados, com sistemas de iluminação e refrigeração
completamente vencidos e precisando de recuperação estrutural, verdadeiras
reformas, para que o funcionário possa ter segurança e condições de realizar um
bom trabalho.
Mas o
dinheiro não dá para pagar as obrigações.
Os
empréstimos bancários que foram apresentados como solução de todos os problemas
tronaram-se outro problema.
Tudo
parece que dá errado!
Para
esta recomposição geral do Estado todos os órgãos mantidos pelo contribuinte,
de forma direta ou indireta, precisam ser reorganizados administrativa e estruturalmente.
Se for mantido como está, alguns deixarão de funcionar por absoluta falta de
condições e outros serão utilizados apenas para o funcionário passar o tempo e
não receber no final do mês o salário que lhe foi prometido.
Ainda
pode haver tempo!
É preciso
salvar a administração amapaense. A responsabilidade atual está nas mãos dos
atuais gestores que precisam ser competentes e realistas; líderes e de
confiança; reconhecer as dificuldades e adotar medidas, mesmo duras, que possam
deixar todos esperançosos de que pode haver um futuro melhor.
O Amapá
tem pouco tempo!
A
população tem pressa e precisa ter esperança para continuar acreditando que há
tempo para o tempo passar.
Daqui a
pouco, quando até esse tempo acabar, todos nós estaremos empobrecidos, até
aqueles que hoje “se pagam” os salários que o Estado não pode pagar.
Digo
“se pagam” por entender que esse é o termo para o momento, uma vez que os
movimentos sindicais e de associações estão nas ruas, querendo entre outras
coisas, aumento de salário.
Como
resolver um problema dessa magnitude?
Com
resolver se todos os tributos pagos pelos contribuintes estão esgotados e não
cumprem o caminho natural de ir em forma de impostos, contribuições e taxas, e
voltar e forma de serviço e bem estar?
Quando
um não dá conta, dois podem dar, ou, se precisar de todos, todos devem estar
dispostos a contribuir.
É assim
nas famílias e precisa ser assim nos governos: gastar apenas o que tem!
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