sexta-feira, 17 de junho de 2016

A internet no Amapá

Rodolfo Juarez
Já se passaram mais de cinco anos do período em que o Governo do Estado começou uma maciça propaganda com relação à disponibilização da banda larga de internet no Estado do Amapá e, até agora, as empresas e as pessoas não contam com esse atual e essencial instrumento de trabalho.
Propunha-se, naquele momento, a internet, e especialmente a banda larga, como símbolos de governo formado por jovens inexperientes, mas idealistas, que acreditavam que poderiam dotar o Estado desse importante instrumento já não tão moderno na maioria dos outros estados brasileiros e em quase todo o mundo.
Combinava, perfeitamente, a proposta com o propósito médio daqueles jovens carimbados de idealistas que acreditaram em outros jovens contemporâneos, supondo que havia certeza nas informações que prestavam e que serviam de base para a propaganda oficial.
O tempo passou e a realidade é absolutamente diversa do prometido para o ano seguinte e já se foram cinco ou mais anos.
Nem mesmo o programa, parte da propaganda, elaborado para a “internet nas praças” surtiu os efeitos e foi, sem qualquer explicação, abandonado e as praças ao invés de ganharem ambiente para utilização dos modernos aparelhos eletrônicos em rede, se ganhou os assaltantes que passaram aterrorizar aqueles que viram as praças, parques e vias se transformarem em um ambiente de alto risco para a própria vida.
As confusões implicaram em acordos com empresa de telefonia que se comprometia em atender as metas da administração pública desde que lhes fosse concedido regime fiscal diferenciado, implicando, diretamente, em rebate de tributos que estava obrigada a pagar.
O que se viu depois, e de concreto, foi o rebate fiscal sendo concedido sem que a contrapartida, a disponibilização da banda larga no Estado fosse efetivada. As razões alegadas foram as mais diversas, mas todas elas já poderiam ter sido levantadas antes da formatação do projeto e o fechamento do acordo.
O governo sob o comando de um jovem político passou. Deixou um ambiente ainda mais desfavorável para a utilização da internet, pior do que aquele que enfrentou quando iniciara a governança.
Nesse momento, o Estado do Amapá, inclusive a capital do Estado, é a unidade da Federação que oferece o pior serviço de internet, banda larga ou não, em todo o país, prejudicando o desenvolvimento das atividades, cada vez mais, dependentes dessa ferramenta utilizada no resto do mundo.
Basta atravessar o Rio Amazonas para perceber a diferença. E não precisa, sequer, chegar a Belém para comparar. Qualquer das sedes municipais que está no Arquipélago do Marajó tem sinal de internet melhor do que aqueles disponibilizados na capital amapaense, apesar do esforço das empresas, todas elas, que distribuem o serviço de internet no Estado do Amapá.
Dá a impressão que o setor público não tem projeto para melhorar o ambiente de comunicação local e integrar o Amapá aos outros centros.
Reconheça-se que hoje a internet não é apenas um meio de comunicação é essencial ao desenvolvimento de qualquer região, inclusive aquelas que formam o Estado do Amapá.

Essa compreensão é preciso constar das obrigações dos agentes públicos, mandatários ou não, para que se possa projetar o desenvolvimento local, ganhando perspectivas e condições de comparação com os outros pólos de desenvolvimento do país.

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