Rodolfo Juarez
Ao que
parece as eleições municipais começaram a ocupar os dirigentes de partidos e
aqueles que têm mandato eletivo que estarão, ou não, buscando a reeleição no
domingo da eleição, dia 2 de outubro de 2016.
As
novas regras impõem comportamentos novos e têm a proposta de tornar o pleito
muito mais equilibrado no que se refere o financiamento de campanha e aos dados
que servirão de fundamento para análise dos gastos de campanha de cada
candidato.
Com a
proibição de empresas fazer doação para a campanha, os gastos oficiais ficarão
mais restritos e os gastos irregulares ficarão mais expostos e a mercê da
fiscalização eleitoral que deve estar preparada para enfrentar situações novas
devido a criatividade de candidatos e dos cabos eleitorais.
Os
próprios “caciques” políticos estão preocupados com eles mesmos, com os seus
partidos e com os candidatos que terão os seus nomes homologados nas convenções
partidárias de logo mais.
Vai ser
uma eleição de muito mais trabalho e de muita transpiração para os candidatos,
os cabos eleitorais e os dirigentes partidários. Uma eleição onde “gastar
dinheiro” ficará mais complicado e arriscado, muito embora o costume esteja
arraigado no comportamento daqueles que acreditam que podem tudo e estão
dispostos à burla de tudo, inclusive da regra das eleições e àqueles que
fiscalizam essa regra.
Os
chamados grandes partidos, ou visto partidos com chance real, aqueles que têm
representação significativa nos parlamentos federais, estaduais e municipais,
assim como nos cargos de presidente, governador e prefeito, a maioria deles já
se definiu ou definiu o rumo que vai tomar nas eleições municipais.
Aqui no
Amapá apenas o PDT, partido do governador do Estado, não definiu o rumo que vai
tomar no período eleitoral, deixando os militantes e os possíveis aliados, desconfiados
com o que consideram “perda do tempo” para definir as candidaturas. Os demais
partidos já definiram o rumo e estão em campo, conquistando aliados e
candidatos aos cargos de prefeito e vereador.
A
demora do PDT tem intrigado aqueles que, circunstancialmente pretendem uma vaga
para disputar a vereança ou oportunamente esperam pela palavra de ordem do
partido para definir aliança e as próprias propostas do partido para as
eleições municipais deste ano.
Essa
indecisão do PDT está permitindo que os outros partidos saiam na frente e já
confirmem os seus aliados principais. O histórico adversário do PDT, que é o
PSB, já está, na prática, em campanha pelo seu candidato a prefeito e os
definindo a relação dos seus candidatos ao cargo de vereador.
O comportamento
do partido do governador do Estado intriga os adversários, desanima os aliados
e confunde o filiado, que está ansioso para saber qual a direção que o partido
vai tomar nesse tempo de incerteza administrativa e de fragilidade da gestão.
Será
que o PDT está economizando forças para entrar apenas no segundo turno da
campanha? E se não houver segundo turno?
Como o
tempo não para e as eleições se aproximam na mesma velocidade para todos, à
medida que o tempo passa a ansiedade aumenta para todos, principalmente para
aqueles que não se definiram e precisam dessa definição.
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