segunda-feira, 27 de junho de 2016

O tempo não para

Rodolfo Juarez
Ao que parece as eleições municipais começaram a ocupar os dirigentes de partidos e aqueles que têm mandato eletivo que estarão, ou não, buscando a reeleição no domingo da eleição, dia 2 de outubro de 2016.
As novas regras impõem comportamentos novos e têm a proposta de tornar o pleito muito mais equilibrado no que se refere o financiamento de campanha e aos dados que servirão de fundamento para análise dos gastos de campanha de cada candidato.
Com a proibição de empresas fazer doação para a campanha, os gastos oficiais ficarão mais restritos e os gastos irregulares ficarão mais expostos e a mercê da fiscalização eleitoral que deve estar preparada para enfrentar situações novas devido a criatividade de candidatos e dos cabos eleitorais.
Os próprios “caciques” políticos estão preocupados com eles mesmos, com os seus partidos e com os candidatos que terão os seus nomes homologados nas convenções partidárias de logo mais.
Vai ser uma eleição de muito mais trabalho e de muita transpiração para os candidatos, os cabos eleitorais e os dirigentes partidários. Uma eleição onde “gastar dinheiro” ficará mais complicado e arriscado, muito embora o costume esteja arraigado no comportamento daqueles que acreditam que podem tudo e estão dispostos à burla de tudo, inclusive da regra das eleições e àqueles que fiscalizam essa regra.
Os chamados grandes partidos, ou visto partidos com chance real, aqueles que têm representação significativa nos parlamentos federais, estaduais e municipais, assim como nos cargos de presidente, governador e prefeito, a maioria deles já se definiu ou definiu o rumo que vai tomar nas eleições municipais.
Aqui no Amapá apenas o PDT, partido do governador do Estado, não definiu o rumo que vai tomar no período eleitoral, deixando os militantes e os possíveis aliados, desconfiados com o que consideram “perda do tempo” para definir as candidaturas. Os demais partidos já definiram o rumo e estão em campo, conquistando aliados e candidatos aos cargos de prefeito e vereador.
A demora do PDT tem intrigado aqueles que, circunstancialmente pretendem uma vaga para disputar a vereança ou oportunamente esperam pela palavra de ordem do partido para definir aliança e as próprias propostas do partido para as eleições municipais deste ano.
Essa indecisão do PDT está permitindo que os outros partidos saiam na frente e já confirmem os seus aliados principais. O histórico adversário do PDT, que é o PSB, já está, na prática, em campanha pelo seu candidato a prefeito e os definindo a relação dos seus candidatos ao cargo de vereador.
O comportamento do partido do governador do Estado intriga os adversários, desanima os aliados e confunde o filiado, que está ansioso para saber qual a direção que o partido vai tomar nesse tempo de incerteza administrativa e de fragilidade da gestão.
Será que o PDT está economizando forças para entrar apenas no segundo turno da campanha? E se não houver segundo turno?

Como o tempo não para e as eleições se aproximam na mesma velocidade para todos, à medida que o tempo passa a ansiedade aumenta para todos, principalmente para aqueles que não se definiram e precisam dessa definição.

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