quinta-feira, 30 de junho de 2016

Em nome do conhecimento, da ciência e da sociedade.

Rodolfo Juarez
Esta semana aconteceu o Nono Congresso Estadual de Profissionais do Amapá, organizado e executado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amapá, com apoio institucional e financeiro da Mútua, que é a Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA, e do Confea – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.
O evento tinha entre os seus objetivos específicos a definição dos delegados estaduais que estarão representando a Engenharia e a Agronomia do Estado do Amapá no Congresso Nacional de Profissionais que acontecerá em Foz de Iguaçu, Estado do Paraná, de 29 de agosto a 3 de setembro deste ano.
Antes do encontro do dia 29, três encontros preparatórios havia ocorridos, sendo dois em Macapá e um em Santana, tendo entre seus objetivos o recebimento de propostas apresentadas pelos profissionais de Engenharia e Agronomia, visando o fortalecimento profissional e institucional, dentro de três eixos pré-definidos: “defesa e fortalecimento da Engenharia e da Agronomia junto à sociedade”; “tecnologia e inovação” e “carreira e prerrogativas da Engenharia e da Agronomia”.
Mesmo com todas essas atrações temáticas e com objetivos bem definidos, muitos profissionais não participaram, as alegações são as mais diversas, mas todas sem deixar de reconhecer a importância da realização e com a promessa de participação nos próximos congressos, depois de perceber que este é um dos mais eficazes caminhos para que os profissionais da Engenharia e da Agronomia sejam reconhecidos pelo seu insubstituível conhecimento e importância social.
Alguns fatos recentes que chocaram a sociedade e que tiveram como centro referencial a Engenharia, não deixam dúvidas quanto a necessidade de um cuidado especial, principalmente dos gestores públicos, na relação que estabelece com os profissionais da engenharia.
No Estado do Amapá várias questões estão exigindo tratamento melhor e que têm como principal agente o profissional da Engenharia e da Agronomia.
Os da Engenharia para auxiliar a população no conhecimento e tomada de providências, entre outros, em episódios como o do desmoronamento do Porto da Empresa de Mineração Anglo, em Santana, onde seis pessoas perderam a vida.
Os da Agronomia para ser o seu “olho” nas questões das terras que foram transferidas da União para o Estado e que estão sendo vendidas à terceiros com a mensagem de inicio de uma fronteira agrícola e que precisa, naturalmente, ser muito bem explicada para a sociedade, que financia os estudos dos Agrônomos de forma permanente, possa ver esses profissionais inseridos nas decisões, algumas de difícil compreensão.
De um modo genérico pode-se afirmar que os engenheiros e agrônomos ainda padecem a falta de comunicação com a sociedade, muito embora já se note um esforço de alguns em não se submeter ao império do poder político que, muitas vezes, mutila o resultado técnico e vulgariza o resultado social, através da mídia publicitária que massacra e distorce a realidade.
O que se observa é uma tímida, mas crescente, vontade dos profissionais de Engenharia e Agronomia voltarem a se comunicar com a sociedade, perdendo, de vez, o acanhamento que tem com relação a oferecer os seus serviços profissionais e divulgar a importância que cada um tem na conformidade de uma sociedade completa e justa.
Os gestores públicos também podem virar alvo desse novo momento da Engenharia e da Agronomia, para que reconheça a sua importância técnica e não o considere apenas um assessor, do qual pode afastar os seus conhecimentos para torná-lo apenas um instrumento da Administração.

Muitas coisas ainda faltam ser feitas, mas eventos como o Congresso Estadual de Profissionais de Engenharia e Agronomia do Amapá é uma excelente oportunidade para a retomada, em nome do conhecimento, da ciência e do resultado social.

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