sexta-feira, 24 de junho de 2016

Transporte fluvial como é alternativa

Rodolfo Juarez
A forma como o usuário do transporte aéreo, saindo de Macapá, é maltratado pelas empresas do setor é algo para estudo, não de economistas ou especialistas em lógica, mas de psicólogos para se entender como a direção das empresas vê Macapá e como a agência reguladora do setor trata as questões de interesses dos usuários que tem viagens iniciando no Aeroporto Internacional de Macapá.
Primeiro é forma como as empresas que detêm a concessão para transportar os 600 mil passageiros durante este ano, encaram a realidade local, abandonando as linhas que levam para o sul do Estado e para o norte do Estado, no caso Laranjal do Jari e Oiapoque. As linhas aéreas para essas duas cidades, uma fronteira nacional ou fronteira internacional, foram abandonadas pelas empresas com uma única explicação: não tinha justificativa econômica.
Com relação à Macapá, onde está o Aeroporto Internacional de Macapá Alberto Alcolumbre, administrado pela Infraero, a frequência de viagens foi reduzida e os horários mantidos são, na maioria, os mais inadequados.
Alguns políticos disseram que estavam interessados em melhorar a logística e as condições do terminal de passageiros. Anunciaram que tinha conversado diretamente com as autoridades federais sobre as condições estruturais do local e conseguido uma moderna estação e uma frequência melhor dos aviões, com aparelhos melhores e em horários que respeitasse o passageiro.
Nada disso se confirmou. A estação de passageiros e todos os seus acessórios estão – estão à espera de outras providências enquanto o tempo passa e os problemas se agravam. Os aparelhos modernos não estão pousando em Macapá conforme o prometido e a frequência diminuiu trazendo as consequências devido a falta de opção para os que precisam sair de Macapá a negócio, a estudo, por doença, ou por lazer.
A “compensação” é a mais estranha que se pode imaginar: o preço via às alturas quando esgota as vagas colocadas à venda com um controle que fica longe dos olhos dos usuários passageiros.
Os absurdos remetem a providências absolutamente estranhas como aquela que se pratica quando um passageiro precisa que ir para Brasília e percebe que o trecho Macapá-Brasília é mais caro do que o trecho Macapá - São Paulo, com escala em Brasília. Os passageiros compram a passagem para São Paulo e saltam em Brasília. É um absurdo, mas acontece.
A mesma questão e notada quando o passageiro precisa ir para Belém, 400 km em linha reta de Macapá, e percebe que a viagem Macapá-Brasília-Belém é mais em conta do que a viagem Macapá-Belém.
As agências de viagem reclamam da falta de uma ação mais rígida e objetiva da agência reguladora, pois como está os prejuízos são enormes para o mercado e para o turismo interno, na atração das pessoas de fora do Amapá, pelas dificuldades e o preço das passagens para chegar até Macapá.
As alegações de todos que o preço é uma questão de mercado, limitado à situação da oferta e da demanda, então só restaria um procedimento de todos os interessados em resolver o problema: prestigiar e tornar lógica a viagem fluvial entre Macapá e Belém, com as concessões de linhas e a construção de terminais de passageiros e carga de mão em Macapá e em Santana.
Quem quiser resolver, de verdade, a questão, precisa procurar alternativas que retire dos aviões os passageiros, sem que isso se torne um problema para aqueles que precisam sair de Macapá com destino a Belém do Pará.

Pensem nisso!

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