Rodolfo Juarez
A forma
como o usuário do transporte aéreo, saindo de Macapá, é maltratado pelas
empresas do setor é algo para estudo, não de economistas ou especialistas em
lógica, mas de psicólogos para se entender como a direção das empresas vê
Macapá e como a agência reguladora do setor trata as questões de interesses dos
usuários que tem viagens iniciando no Aeroporto Internacional de Macapá.
Primeiro
é forma como as empresas que detêm a concessão para transportar os 600 mil
passageiros durante este ano, encaram a realidade local, abandonando as linhas
que levam para o sul do Estado e para o norte do Estado, no caso Laranjal do
Jari e Oiapoque. As linhas aéreas para essas duas cidades, uma fronteira
nacional ou fronteira internacional, foram abandonadas pelas empresas com uma
única explicação: não tinha justificativa econômica.
Com
relação à Macapá, onde está o Aeroporto Internacional de Macapá Alberto
Alcolumbre, administrado pela Infraero, a frequência de viagens foi reduzida e
os horários mantidos são, na maioria, os mais inadequados.
Alguns
políticos disseram que estavam interessados em melhorar a logística e as
condições do terminal de passageiros. Anunciaram que tinha conversado
diretamente com as autoridades federais sobre as condições estruturais do local
e conseguido uma moderna estação e uma frequência melhor dos aviões, com aparelhos
melhores e em horários que respeitasse o passageiro.
Nada
disso se confirmou. A estação de passageiros e todos os seus acessórios estão –
estão à espera de outras providências enquanto o tempo passa e os problemas se
agravam. Os aparelhos modernos não estão pousando em Macapá conforme o
prometido e a frequência diminuiu trazendo as consequências devido a falta de
opção para os que precisam sair de Macapá a negócio, a estudo, por doença, ou
por lazer.
A
“compensação” é a mais estranha que se pode imaginar: o preço via às alturas
quando esgota as vagas colocadas à venda com um controle que fica longe dos
olhos dos usuários passageiros.
Os
absurdos remetem a providências absolutamente estranhas como aquela que se
pratica quando um passageiro precisa que ir para Brasília e percebe que o
trecho Macapá-Brasília é mais caro do que o trecho Macapá - São Paulo, com
escala em Brasília. Os passageiros compram a passagem para São Paulo e saltam
em Brasília. É um absurdo, mas acontece.
A mesma
questão e notada quando o passageiro precisa ir para Belém, 400 km em linha
reta de Macapá, e percebe que a viagem Macapá-Brasília-Belém é mais em conta do
que a viagem Macapá-Belém.
As
agências de viagem reclamam da falta de uma ação mais rígida e objetiva da
agência reguladora, pois como está os prejuízos são enormes para o mercado e
para o turismo interno, na atração das pessoas de fora do Amapá, pelas
dificuldades e o preço das passagens para chegar até Macapá.
As
alegações de todos que o preço é uma questão de mercado, limitado à situação da
oferta e da demanda, então só restaria um procedimento de todos os interessados
em resolver o problema: prestigiar e tornar lógica a viagem fluvial entre
Macapá e Belém, com as concessões de linhas e a construção de terminais de
passageiros e carga de mão em Macapá e em Santana.
Quem
quiser resolver, de verdade, a questão, precisa procurar alternativas que
retire dos aviões os passageiros, sem que isso se torne um problema para
aqueles que precisam sair de Macapá com destino a Belém do Pará.
Pensem
nisso!
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