quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O Governo precisa reagir

Rodolfo Juarez
O governador do Estado, os dirigentes e militantes do PDT, os agentes públicos estaduais e os aliados das campanhas municipais encerradas no dia 30 de outubro, precisam voltar-se para a realidade que os espera antes de vencer o período administrativo de 2016.
Um ano para esquecer!
Para todos esquecerem devido às dificuldades que o Estado e especialmente as pessoas que gerenciam o Estado passam, no momento, e projetam passar até dezembro.
Com a receita estimada sendo contabilizada a menor e a despesa prevista indicando que não diminui, a equação fica impossível, as soluções desaparecem e as consequências são imprevisíveis.
As dificuldades alegadas são tantas e as soluções se escondem da visão daqueles que têm a atribuição e buscá-las e aplicá-las na gestão do Governo do Estado, onde todos os dirigentes demonstram desânimo, desconfiança mútua e não sabem o que fazer para resolver, esperando por uma espécie de milagre, que, convenhamos, está muito difícil de acontecer.
Sem condições de pagar as despesas que faz e sem perspectivas para influir na receita que precisa entrar nos cofres do Estado para saudar os débitos que tem, o governador vai tateando a administração, cuidando da política, colhendo rejeição nunca tida e desconfiando de tudo, inclusive de sua capacidade de reação.
É possível que inicie o ano de 2017 com uma equipe renova, como se diz nos corredores do Setentrião, “reabastecida de oxigênio”. Não se sabe, entretanto, se ele tem condições políticas-administrativas para comandar uma mudança radical, fazendo o que precisa ser feito e tendo como parâmetros para a sua administração outros índices.
Nesse momento cada auxiliar direto precisa ter uma tarefa para cumprir, sabendo que trabalha em regime de caixa e que precisa executar os planos que projetou para quadro anos, como menos recurso, e em apenas 2 anos.
Nesse momento o desafio é diminuir a rejeição, que é uma das maiores experimentadas por um governante em todos os tempos.
A falta de confiança da população precisa ser revertida para que os auxiliares tenham condições de trabalhar em conjunto, entendendo que não podem exterminar a “galinha dos ovos de ouro” e que o Governo precisa ser entendido como um instrumento da sociedade e não um sindicato que luta por aumento de salários e melhoria de condições ambientais para o exercício do labor.
A crise, no momento, é menor que o desânimo, a falta de iniciativa, o propósito de não falar a verdade para os próprios auxiliares dos auxiliares mais diretos, provocando uma onda letárgica que está dando o tom do desânimo para a administração.
Certamente que ninguém quer governar um Estado ou dirigir qualquer projeto para, ao final, se chamado de incompetente, sem iniciativa e ainda ter que responder os motivos pelo descumprimento das regras públicas como a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ninguém está satisfeito com o Governo Estadual neste momento. Ninguém tem esperança em melhorias se for mantido o comportamento, como todos têm a certeza, inclusive os funcionários, que se nada for feito, ai então, nem os compromissos salariais serão honrados.

Agarrar-se ao que resta da confiança, fortalecer essa parte e recuperar o tempo perdido é o único caminho para não ser, daqui a pouco, desconsiderado pelos outros órgãos do Estado e ver a população protestando contra o modelo escolhido para Governo o Amapá desde janeiro de 2015. 

Um comentário:

  1. Parabéns pelo artigo Dr. Rodolfo Juarez, nos leva a entender mais está compreensão sobre a Gestão Pública e a Governança do Estado do Amapá.
    Concordo com sua argumentação vivemos um momento de paralisia, não só na economia como em ações proativas do em favor dos cidadãos por parte do Governo Estadual.
    Adrimauro Gemaque

    ResponderExcluir