Rodolfo Juarez
O
governador do Estado, os dirigentes e militantes do PDT, os agentes públicos
estaduais e os aliados das campanhas municipais encerradas no dia 30 de
outubro, precisam voltar-se para a realidade que os espera antes de vencer o
período administrativo de 2016.
Um ano
para esquecer!
Para
todos esquecerem devido às dificuldades que o Estado e especialmente as pessoas
que gerenciam o Estado passam, no momento, e projetam passar até dezembro.
Com a
receita estimada sendo contabilizada a menor e a despesa prevista indicando que
não diminui, a equação fica impossível, as soluções desaparecem e as
consequências são imprevisíveis.
As
dificuldades alegadas são tantas e as soluções se escondem da visão daqueles
que têm a atribuição e buscá-las e aplicá-las na gestão do Governo do Estado,
onde todos os dirigentes demonstram desânimo, desconfiança mútua e não sabem o
que fazer para resolver, esperando por uma espécie de milagre, que,
convenhamos, está muito difícil de acontecer.
Sem
condições de pagar as despesas que faz e sem perspectivas para influir na
receita que precisa entrar nos cofres do Estado para saudar os débitos que tem,
o governador vai tateando a administração, cuidando da política, colhendo
rejeição nunca tida e desconfiando de tudo, inclusive de sua capacidade de
reação.
É
possível que inicie o ano de 2017 com uma equipe renova, como se diz nos
corredores do Setentrião, “reabastecida de oxigênio”. Não se sabe, entretanto,
se ele tem condições políticas-administrativas para comandar uma mudança
radical, fazendo o que precisa ser feito e tendo como parâmetros para a sua
administração outros índices.
Nesse
momento cada auxiliar direto precisa ter uma tarefa para cumprir, sabendo que
trabalha em regime de caixa e que precisa executar os planos que projetou para
quadro anos, como menos recurso, e em apenas 2 anos.
Nesse
momento o desafio é diminuir a rejeição, que é uma das maiores experimentadas
por um governante em todos os tempos.
A falta
de confiança da população precisa ser revertida para que os auxiliares tenham
condições de trabalhar em conjunto, entendendo que não podem exterminar a
“galinha dos ovos de ouro” e que o Governo precisa ser entendido como um
instrumento da sociedade e não um sindicato que luta por aumento de salários e
melhoria de condições ambientais para o exercício do labor.
A
crise, no momento, é menor que o desânimo, a falta de iniciativa, o propósito
de não falar a verdade para os próprios auxiliares dos auxiliares mais diretos,
provocando uma onda letárgica que está dando o tom do desânimo para a
administração.
Certamente
que ninguém quer governar um Estado ou dirigir qualquer projeto para, ao final,
se chamado de incompetente, sem iniciativa e ainda ter que responder os motivos
pelo descumprimento das regras públicas como a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ninguém
está satisfeito com o Governo Estadual neste momento. Ninguém tem esperança em
melhorias se for mantido o comportamento, como todos têm a certeza, inclusive
os funcionários, que se nada for feito, ai então, nem os compromissos salariais
serão honrados.
Agarrar-se
ao que resta da confiança, fortalecer essa parte e recuperar o tempo perdido é
o único caminho para não ser, daqui a pouco, desconsiderado pelos outros órgãos
do Estado e ver a população protestando contra o modelo escolhido para Governo
o Amapá desde janeiro de 2015.
Parabéns pelo artigo Dr. Rodolfo Juarez, nos leva a entender mais está compreensão sobre a Gestão Pública e a Governança do Estado do Amapá.
ResponderExcluirConcordo com sua argumentação vivemos um momento de paralisia, não só na economia como em ações proativas do em favor dos cidadãos por parte do Governo Estadual.
Adrimauro Gemaque