Rodolfo Juarez
Há
mesmo quem entenda que não precisa ter escrúpulo na participação da gastança do
dinheiro público, oriundo dos tributos pagos por todos os brasileiros.
O
comportamento dos deputados federais pelo Amapá tem desafiado a inteligência do
eleitor amapaense, a paciência da sociedade e a confiança daqueles que lutam
para que o Estado se recupere da situação financeira difícil em que se
encontra.
Os
funcionários públicos por aqui podem ser divididos em, pelo menos, duas
categorias: os que recebem muito e os que recebem quase nada.
Não tem
meio termo!
Entre
os que recebem muito mensalmente, estão os deputados, federais e estaduais; e
os que recebem muito pouco estão na imensa maioria da população, que vê, ou
melhor, não vê o seu vencimento no final do mês.
Estes
últimos não tem moradia e nem auxilio moradia; plano privado de saúde e nem
atendimento público de saúde; escola pública em condições e, muitas vezes até
as sem condições.
As
promessas feitas pelos dirigentes não se concretizam. Os planos estratégicos
não são desenvolvidos, os planos executivos não são cumpridos e o resultado são
obras inacabadas, dívidas astronômicas, descontentamento dos fornecedores de
serviço e material.
Um desrespeito
aos contratos firmados!
A
notícia do ressarcimento do que dois deputados federais recebem de aluguel para
locais onde deveriam funcionar escritórios políticos revela o pouco caso ou
nenhum nexo com a realidade.
Valores
três ou mais vezes maiores do que o preço do mercado de aluguéis de imóveis, em
qualquer das praças, chocam a opinião pública e os eleitores que em 2014
acreditaram nas promessas e elegeram os seus representantes para trabalhar em
Brasília, na Câmara Federal, respeitando pelos menos os eleitores.
Nada
disso.
Ao
contrário assumem perfeitamente que estão dispostos ao desafio, ao
enfrentamento da opinião pública, mesmo estando certo de que não têm razão, ou
pelo menos de que infringiram a confiança daqueles que, em 2014, saíram de casa
dispostos a colocar trabalhadores políticos aptos a defender os interesses
desses eleitores em fóruns privilegiados.
O
sentimento foi de repugnância para aqueles que sabem que o Amapá,
principalmente nesse momento, precisa de cidadãos que tenham um mínimo de
entendimento da realidade e não faça do mandato que generosamente o povo lhe
deu, as janelas para saída de suas ambições e irresponsabilidades além do pouco
caso com aqueles que o elegeram para ser seu representante em Brasília.
Nesse
momento todos nós devemos compreender a indignação da população, especialmente
daqueles que se sentem responsáveis pela entrega do mandato para pessoas que
não estão sabendo honrá-los.
Ora
isso e fichinha se comparado com o absurdo da isenção de impostos estaduais para
templos religiosos nesse momento. Exato agora que o Estado do Amapá dá sinais
de sua situação de pré-falência financeira, exatamente pela falta de dinheiro
dos tributos estaduais que está com arrecadação em queda.
Esses
privilégios não cabem. São injustos com a população que continuará a pagar, por
exemplo, o ICMS sobre o consumo de água, energia, telefone e todos os demais
produtos e serviços sujeitos ao ICMS.
Por
oportuno lembre-se que é esse mesmo povo que mantém esses templos com as suas
ofertas, dízimos e doações.
Que tal
se as igrejas isentassem os fiéis das ofertas, dízimos e doações?
Nenhum comentário:
Postar um comentário