quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

2016 além de ser um ano difícil foi um ano perdido

Rodolfo Juarez
O ano de 2016 está terminando e com ele a esperança de que também termine o clima de desconfiança que foi cultivado desde o começo de 2015.
Não é possível que técnicos - alguns com experiência comprovada -, e outros absolutamente sem esta experiência, mas com alguma vontade, não encontrem saídas para o desenvolvimento do Amapá.
Afinal de contas são disponibilizados para o Estado e gastos pelo Estado, em média 500 milhões de reais por mês de cada um dos últimos 4 anos. É bastante dinheiro para tão pouco resultado social.
Além dos problemas internos dos Poderes – Executivo, Legislativa e Judiciário – e do Ministério Público Estadual, com reclamações do seu maior patrimônio que são seus funcionários, há um cultivo à desigualdade na distribuição dos salários por grupo de profissionais que não se conformam e montam na porta dos prédios sedes dessas instituições, protestos que, no mínimo, incomodam os administradores e surpreendem a população.
A lentidão no trato das questões de interesse da população é um problema que precisa ser vencido, mesmo que para isso se mude a forma de encarar e atacar cada um dos problemas em cada um dos poderes.
É praticamente impossível explicar aos servidores dos Poderes essa brutal diferença que existe entre os salários de poucos privilegiados, alguns estourando o teto salarial, enquanto outros não conseguem explicar a necessidade de repor, pelo menos, a inflação.
É importante que os dirigentes desses Poderes, alguns com novos titulares a partir do começo do ano que vem, compreendam que não estão agradando. Essa constatação é dos próprios servidores que, em alguns casos, perdem o respeito, quebram a salutar hierarquia e estabelece um caminho muito difícil para o entendimento.
Compreender que o dinheiro para pagar cada um dos funcionários públicos do Estado do Amapá, de qualquer dos Poderes, é resultado do que os contribuintes pagam sobre o consumo, produção e outros meios que giram a roda da Economia local, sob a forma de tributos: impostos, contribuições e taxa.
O ano de 2016 está terminando deixando para 2017 a busca da solução para alguns problemas crônicos do Estado do Amapá como, por exemplo, a situação da Assembleia Legislativa, que atua sob um severo olhar de desconfiança da população.
Muito embora essa situação não esteja concentrada apenas no Poder Legislativo, há também questões semelhantes no Executivo e em outros Poderes do Estado.
Em termos de desenvolvimento e se analisarmos a Administração que começou no dia 1.º de janeiro de 2015, é penoso concluir-se que se trata de dois anos perdidos em confusão e falta de iniciativa; com as receitas encolhendo e sendo o Governo do Estado obrigado a lançar mão de empréstimos vultosos para “respirar” um pouco mais.

O ano de 2017 precisa ser diferente: primeiro para não entrar para a estatística de mais um ano perdido; e depois para mostrar aos profissionais da Administração Pública a necessidade de melhorar os resultados das tomadas de decisão.

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