Rodolfo Juarez
Estamos
no último mês do ano de 2016 e, dezembro sempre foi o momento para que as
avaliações socioeconômicas, administrativas e políticas fossem preliminarmente
feitas e submetidas a testes, antes da consolidação dos dados do ano, uma vez
que isso, só por costume, é anunciado apenas durante o primeiro trimestre do
ano seguinte.
Está
evidente que os dados consolidados são anunciados no decorrer do primeiro
trimestre apenas por descompromisso das autoridades com a realidade, o momento
e, provavelmente, o pouco caso em se valer dos instrumentos tecnológicos de
agora para tornar instantâneo e participativo todo o processo de avaliação.
Mesmo
preliminarmente as autoridades não reservam tempo para informar a forma como
vão fechar os seus balanços reais e, principalmente, avaliar o que prometeu no
inicio do ano, demonstrando o que fez e o que não fez e por que.
Seria
um bom desafio, afinal de contas estamos no inicio de dezembro, onde as principais
ocupações poderiam estar voltadas para o anúncio dos resultados em substituição
dos planos “do que fazer” nos recessos, nas licenças não autorizadas e nas
férias que são as preferidas do período.
O que
poderia ser escrito sobre o desempenho socioeconômico do estado, através de
suas unidades administrativas estaduais e municipais?
Disposição
não é o que falta. Ao contrário todos se mostram dispostos demais, tanto que os
protestos se multiplicam, as justificativas se amontoam e as promessas são
adiadas sistematicamente adiadas para um tempo futuro e sem qualquer certeza.
O que
se sabe é que não estamos bem: governo com dificuldades para pagar o salário
dos servidores, torrando receita extra com despesas de custeio e, ainda
emprestando dinheiro com a mesma justificativa já apresentada – e atendida -,
em momentos anteriores.
E os
resultados administrativos do ano?
Os
resultados oferecidos para a população são insuficientes quando se avalia os
correspondentes gastos feitos para alcançá-los. Nenhum setor demonstra estar
satisfeito. Pode cotejar...
A saúde
publica, em constante estado de emergência, não se recupera do caos; a
educação, com o maior gasto da receita pública, esbarra na segurança dos
prédios onde funcionam as escolas, com os assaltantes desafiando toda a
estrutura administrativa do Governo. Assim se estende pelos demais setores que,
sem resultados, os efeitos anunciados e esperados não chegam à população.
Afinal um Governo que, há dois anos ganhou a eleição prometendo que ia cuidar
das pessoas e das cidades, não concretizou nada disso.
E os
resultados políticos?
Nem
mesmo os aliados têm explicação para o baixo desempenho total daqueles que há
dois anos exercem os 11 mandatos federais, os 26 mandatos estaduais, e há
quatro anos exercem 198 mandatos municipais, com as raras exceções para
confirma a regra.
Um
contingente de 235 mandatos que atuam desconectados, demonstrando que precisam
modificar o comportamento, olhando para aqueles que os elegeram, descendo o
palanque para passar a trabalhar no sentido de atender às necessidades da
população e não de amigos, ou grupos políticos ou de fornecedores de serviços e
material, travestidos de empresários.
Nem
mesmo o orçamento anual, principal instrumento da gestão dos recursos públicos,
foi dado a conhecer. O plano plurianual, que consumiu tanta mídia, dá a
impressão de que para nada está servindo e, mais uma vez, sem consulta pública,
o Governo do Amapá tem a vontade de compromete o Estado do Amapá com um
empréstimo de mais 300 milhões de reais.
E como
vai ser 2017 para o Amapá e a população do Estado? Poucos sabem e ninguém tem
certeza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário