quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O fio condutor para 2017

Rodolfo Juarez
O equilíbrio deve ser o “fio condutor” das análises de tempos difíceis e que provocam desconforto para a maioria das pessoas que forma uma população.
Há necessidade de reconhecer a vontade de mudança que toma conta de um povo e as dificuldades que os dirigentes têm para reconhecer que estão com prazo de validade vencido em um modelo que acostuma os dirigentes a trabalharem com projetos de poder e não com projetos de gestão.
Poucos, nos últimos 16 anos, escaparam dessa vontade de usufruir das mordomias e, alguns, do dinheiro que o poder dá através de subsídios e salários além da representação e da responsabilidade de interpretar a realidade e ajustá-la para os interesses da sociedade.
Os desajustados de nascença ou pelo modelo que adotaram, passaram a usar o dinheiro público como se seu fosse, sem levar em consideração que os desvios atrofiavam os setores mais frágeis destinados a manter o equilíbrio e a satisfação social: a segurança, a educação e a saúde.
Por isso analisar 2016, e os anos imediatamente anteriores, passou a ser uma tarefa que exige equilíbrio e observação aguçada, pois, do contrário, poucos sobrariam para ver o que foi feito por uma geração de gestores e representantes políticos contaminados pela corrupção, sem dúvida, a maior força de destruição social promovida por agentes públicos eleito ou que se aproveitaram da eleição.
As operações policiais se transformaram na esperança da população que abriu mão do seu próprio poder e reconheceu a usurpação pelos grupos políticos que se combinavam entre si e com grupos empresariais para garantirem-se na má-gestão, enganando os interesses da população, mas explorando a ganância do homem e a irresponsabilidade dos mandatários.
Agora os indicadores econômicos, sociais, financeiros, cambiais, estatísticos, históricos, comparativos e da forma como entender identificar, apontam para uma terra arrasada, onde os governos dos estados, mesmo os tidos como ricos, não conseguem pagar os funcionários e continuam atendendo precariamente a população.
Algumas celebridades das grandes e pequenas “paróquias” foram retiradas de cena sem a certeza de que o espetáculo da corrupção seja estancado devido às diversas faces que essa conduta criminosa apresenta e os disfarces que impregnou nos núcleos sociais dominantes.
Por aqui, entre nós, não há certeza de que os ícones do espetáculo da corrupção sejam retirados de cena, nem mesmo os disfarçados e que ainda se mostram como paladinos, dizendo-se dispostos a continuar representando ou dirigindo a sociedade que experimentou em 2016 dificuldades espetaculares e situações jamais imaginadas.
Todos devem estar atentos, acompanhando o movimento de cada um desses agentes indesejados que insistem em permanecer com seus “botes”, dando a impressão que acreditam que tudo não passa de um modismo.
O importante é que os tempos são outros, a realidade é outra, difícil, mas outra. A luta agora exige novas armas, novos conhecimentos, novas estratégias e os que não se adaptarem correram os maiores riscos de ficarem pelo caminho, abatidos pela situação, entretanto, os que compreenderem a realidade podem ser vistos como os guias que a sociedade precisa e os Estado necessita.

Temos o direito e a necessidade de esperar um ano de 2017 melhor e com melhores dirigentes e representantes. 

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