Rodolfo Juarez
Ontem,
dia 14 de dezembro de 2016, a Federação das Indústrias do Estado do Amapá –
Fieap completou 26 anos de fundação, sem qualquer festa e fazendo muita falta
para o desenvolvimento do Amapá.
Fundada
em 1990 com o objetivo de participar, diretamente, de todo o processo de
instalação do novo Estado, que fora o resultado da transformação do Território
Federal do Amapá em Estado do Amapá, pela Constituição Federal promulgada em
1988 e responsabilizar-se, do lado patronal, pelo desenvolvimento da indústria
e do serviço no Estado do Amapá.
Todos
os estados da Federação, inclusive o Estado de Roraima, que teve a mesma
justificativa para ser mais um ente federativo e o Estado do Tocantins criado
também visando o desenvolvimento de uma região econômico-administrativo, que
passaram a integrar a Federação Brasileira contam, com exceção do Amapá, com
uma ativa participação da Federação na gestão das questões de interesse do
setor industrial e de serviço, atendendo as necessidades sociais dos
trabalhadores e as necessidades técnicas das empresas do setor.
Dos 26
anos de existência da Federação das Indústrias do Estado do Amapá os 15
primeiros, de 1990 a 2005, pode-se afirmar que foram produtivos; em seguida, de
2006 a 2012 foram de estagnação e nenhuma evolução, para, a partir de 2013, a
gestão entrar em colapso, com desligamento da Fieap da Confederação Nacional da
Indústria e uma intervenção nos departamentos regionais, provavelmente a mais
longa da história da CNI, do Sesi e Senai no Amapá, além da desativação, por
inanição administrativa e financeira, do Instituto Euvaldo Lodi.
Uma
desarticulação que desde 2013 faz com que estejam desativados os Conselhos
Regionais do Sesi e do Senai, implicando em administrações alienígenas de
interventores do Departamento Nacional, nos Departamentos Regionais do Sesi e
do Senai do Amapá
O
período da estagnação e do colapso administrativo coincide com a motivação dos
dirigentes eleitos, muito mais interessados em dividendos políticos eleitorais
do que no desenvolvimento do Amapá, no gerenciando os interesses da indústria e
dos serviços amapaenses.
Quando
os dirigentes passaram a ser indicações de deputados federais e com os
conselheiros interessados em resolver as suas questões pessoais, inclusive
aquelas com referencia ao resultado de suas empresas, começaram a deixar os
sindicatos reais fragilizados e os imaginários, criados a cada eleição, sem
representação que pudesse impor uma diretriz que interessasse verdadeiramente à
industria e ao serviço no Estado do Amapá.
Os
interventores no Sesi e no Senai limitam-se à burocracia e ao cumprimento
programas idealizados longe dos interesses da indústria e dos serviços
amapaenses, especialmente do atendimento ao trabalhador e filhos dos
trabalhadores daqueles setores da produção.
O
resulta é a completa falta de participação da Federação na definição dos
grandes interesses do Amapá, devido a mediocridade com que são tratados os
assuntos e a falta de conhecimento por parte dos seus agentes em condições de
contribuir com o setor público, seja o do planejamento a médio e longo prazos,
ou na forma de atendimento aos trabalhadores e seus dependentes.
Está
fazendo falta para a sociedade uma gestão competente para a Federação das
Indústrias do Estado do Amapá, como dos seus instrumentos que assistem os
trabalhadores e empregadores em suas necessidades.
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