quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Estagnação e colapso de uma instituição importante

Rodolfo Juarez
Ontem, dia 14 de dezembro de 2016, a Federação das Indústrias do Estado do Amapá – Fieap completou 26 anos de fundação, sem qualquer festa e fazendo muita falta para o desenvolvimento do Amapá.
Fundada em 1990 com o objetivo de participar, diretamente, de todo o processo de instalação do novo Estado, que fora o resultado da transformação do Território Federal do Amapá em Estado do Amapá, pela Constituição Federal promulgada em 1988 e responsabilizar-se, do lado patronal, pelo desenvolvimento da indústria e do serviço no Estado do Amapá.
Todos os estados da Federação, inclusive o Estado de Roraima, que teve a mesma justificativa para ser mais um ente federativo e o Estado do Tocantins criado também visando o desenvolvimento de uma região econômico-administrativo, que passaram a integrar a Federação Brasileira contam, com exceção do Amapá, com uma ativa participação da Federação na gestão das questões de interesse do setor industrial e de serviço, atendendo as necessidades sociais dos trabalhadores e as necessidades técnicas das empresas do setor.
Dos 26 anos de existência da Federação das Indústrias do Estado do Amapá os 15 primeiros, de 1990 a 2005, pode-se afirmar que foram produtivos; em seguida, de 2006 a 2012 foram de estagnação e nenhuma evolução, para, a partir de 2013, a gestão entrar em colapso, com desligamento da Fieap da Confederação Nacional da Indústria e uma intervenção nos departamentos regionais, provavelmente a mais longa da história da CNI, do Sesi e Senai no Amapá, além da desativação, por inanição administrativa e financeira, do Instituto Euvaldo Lodi.
Uma desarticulação que desde 2013 faz com que estejam desativados os Conselhos Regionais do Sesi e do Senai, implicando em administrações alienígenas de interventores do Departamento Nacional, nos Departamentos Regionais do Sesi e do Senai do Amapá
O período da estagnação e do colapso administrativo coincide com a motivação dos dirigentes eleitos, muito mais interessados em dividendos políticos eleitorais do que no desenvolvimento do Amapá, no gerenciando os interesses da indústria e dos serviços amapaenses.
Quando os dirigentes passaram a ser indicações de deputados federais e com os conselheiros interessados em resolver as suas questões pessoais, inclusive aquelas com referencia ao resultado de suas empresas, começaram a deixar os sindicatos reais fragilizados e os imaginários, criados a cada eleição, sem representação que pudesse impor uma diretriz que interessasse verdadeiramente à industria e ao serviço no Estado do Amapá.
Os interventores no Sesi e no Senai limitam-se à burocracia e ao cumprimento programas idealizados longe dos interesses da indústria e dos serviços amapaenses, especialmente do atendimento ao trabalhador e filhos dos trabalhadores daqueles setores da produção.
O resulta é a completa falta de participação da Federação na definição dos grandes interesses do Amapá, devido a mediocridade com que são tratados os assuntos e a falta de conhecimento por parte dos seus agentes em condições de contribuir com o setor público, seja o do planejamento a médio e longo prazos, ou na forma de atendimento aos trabalhadores e seus dependentes.

Está fazendo falta para a sociedade uma gestão competente para a Federação das Indústrias do Estado do Amapá, como dos seus instrumentos que assistem os trabalhadores e empregadores em suas necessidades.

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