Rodolfo Juarez
O
Estado do Amapá debate-se com o tamanho de sua estrutura administrativa.
Os
compromissos com o custeio beiram, já faz algum tempo, os limites da Lei de
Responsabilidade Fiscal e limitam, sobremaneira, o desempenho da administração
no item investimentos.
Esse
problema está detectado, já faz tempo, e a grande dificuldade tem sido tratar,
com objetividade a questão e definir a equação que poderia indicar os
parâmetros que precisam ser usados para que seja encaminhado o problema e
encontrada a solução.
Um
Estado que não tem conseguido equalizar os gastos e, por isso, sempre há
dificuldades para satisfazer às necessidades dos Poderes, que se dizem sempre
carentes e sempre precisando de mais para desempenhar o papel que a
Administração Pública definiu para cada qual.
Nenhuma
das “vigas mestras” que constituem o alicerce administrativo estadual está
satisfeito com o quinhão que o Orçamento Anual lhes reserva, com as carências
sendo apresentadas todas as vezes em que se vai definir a parte que cabe a cada
um e que está convencionado a chamar de duodécimo.
O
Executivo, de forma especial, recebe a carga de maneira direta vinda da
população e das estruturas do Legislativo, do Judiciário e do Ministério
Público.
O tempo
passou e esse Executivo começa a perceber que precisa melhorar a eficiência, um
dos princípios constitucionais da Administração Pública, sob a pena de não
responder às necessidades mais primárias da população, entre elas a que se
mostra mais carente e que precisa de mais dinheiro: a acessibilidade.
As
notícias que são ensaiadas e que demonstrariam a diminuição do tamanho da
administração do Estado acabam por não ter repercussão na sociedade, pois, ao
que parece, são dadas sem uma certeza convincente e, assim, frágil na origem,
vencida pelas alegações daqueles que seriam afetados.
As
pretensões ensaiadas pela Administração no sentido de diminuir o tamanho do
Estado, com reflexos diretos no seu custo anual, esbarram em interesses individuais,
muito embora tenha relativa facilidade a demonstração de que se está
pretendendo fazer prevalecer o interesse público.
O
último exemplo e que teve forte contraponto por parte dos funcionários, foi o
anúncio da privatização da Companhia de Água e Esgoto do Amapá – CAESA, uma
empresa que não consegue se sustentar sozinha, muito embora seja detentora de
um dos mais férteis filões da economia urbana.
Mas é
só um exemplo, entre tantos, e que demonstra a falta de um plano estratégico
estadual que poderia ser suficientemente claro para garantir o direito dos
trabalhadores sem ter que manter a sangria que é feita no orçamento do Governo
do Estado para cobrir os custeios daquela empresa e complementar a aquisição do
material necessário para a operação do sistema.
Até
mesmo a absorção de atividades que implicasse no desaparecimento de secretarias
ou outra unidade administrativa do Governo não “vingam” pela forma como são
apresentadas, dando a impressão que é para demonstrar o obvio interesse, mas
completamente desajeitado na objetividade.
Mas é
bom todos se convencerem de que, ou o Governo diminui o seu tamanho ou estará
deixando encurralado o desenvolvimento local e a economia estadual.
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