quinta-feira, 23 de março de 2017

Cenário próprio para mudanças

Rodolfo Juarez
Está terminando o mês de março de 2017. Daqui a um ano, no final de março de 2018, os detentores de mandato, eleitos para o cargo de Governador ou de Prefeito, e que quiserem disputar cargo no legislativo, Senado, por exemplo, terão que passar o “bastão” para o vice.
Nesta situação estão o governador Waldez e o prefeito Clécio que poderiam estar analisando a possibilidade de serem candidatos, cada um, a uma das 2 vagas no Senado ou uma das 8 vagas na Câmara Federal, aproveitando a limpa que os movimentos sociais estão anunciando no legislativo brasileiro.
Ainda mais se na reforma eleitoral, que está desenhada para ser votada este ano, houver o fundo misto de campanha e a obrigatoriedade de votar em lista apresentada pelos partidos.
O governador Waldez já tentou uma vez essa linha de ação política. Foi em 2009 quando renunciou ao cargo de Governador do Estado e se candidatou a uma das duas vagas no Senado. Operação Mãos Limpas, deflagrada em 2010, menos de um mês antes da eleição regional, influenciou nos resultados eleitorais apurados em outubro daquele ano.
De lá para cá o cenário mudou muito, mesmo não sendo o suficiente para definir os impedimentos em função da Lei da Ficha Limpa e resultou em retomada de projetos políticos que agora pode ser colocado em prática.
No atual cenário, principalmente em função da limpa que se está esperando no Congresso Nacional e em muitos cargos majoritários de governador e de prefeito, se abre portas para candidatos novos que ameaçam a supremacia de alguns políticos e partidos que até agora foram, sistematicamente, vitoriosos nos pleitos que disputaram.
E são legítimas as novas personagens do cenário político devido o desgaste monumental que os que detêm mandato estão experimentando, desde os deputados estaduais, por razões locais, e os deputados federais e senadores, por razões locais e nacionais.
Os projetos de disputa incluem novas lideranças políticas, pois consideram que o ambiente é propício para enfrentar os que estão fincados, faz tempo, nos gabinetes dos diversos níveis de cargo eletivos.
Ao que parece desta vez, o empresário Jaime Nunes mostra-se disposto a se apresentar para o eleitor como um candidato viável. Ainda não estão definidos nem o partido nem o cargo, mas o nome é bem aceito principalmente para a disputa de uma das vagas ao Senado da República, mesmo não estando descartada a disputa pelo cargo de governador do Estado.
Citamos o Jaime Nunes, pois, é um nome sempre lembrado, pelo eleitor, para exercer um cargo político relevante pelo Estado do Amapá.
Jaime Nunes como candidato a uma das duas vagas para Senado, enfrentaria João Capiberibe e Randolfe Rodrigues que estão com mandato encerrando em 2018, além de outros novatos que estão estudando a possibilidade de disputar essa eleição.
Poderia também, Jaime Nunes, disputar o cargo de Governador do Estado e, assim, ter como aliado outros que pretendem oferecer alternativas para o eleitor na eleição do dia 7 de outubro de 2018.
No sentido inverso, considerando uma caminhada do legislativo para o executivo, está o senador Davi Alcolumbre que, depois do resultado espetacular obtido na eleição de 2014, quando se elegeu senador da República, tornou-se um virtual candidato ao cargo de Governador do Estado.

São alternativas que indicam que o Estado do Amapá pode ser governado por personagens diferentes daqueles que vêm, há 24 anos vêm sendo os dirigentes dos interesses do Estado do Amapá. 

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