Rodolfo Juarez
Os
militantes políticos, principalmente aqueles que terão os seus respectivos
mandatos encerrados no próximo ano, já botaram o bloco na rua e, outra vez
começam a pescaria de votos que poderão dar-lhe mais tempo no cargo em que
está, através do instituto da reeleição.
Para
eles pouco importa o cumprimento das promessas feitas em 2014, caso dos que têm
mandato de quatro anos, ou 2010 no caso dos senadores que têm mandado de oito
anos. Querem mesmo é continuar no cargo, mesmo que para isso deixe de ser eles
mesmos e passem a ser prometedores de realizações, algumas que sabem ser
impossíveis de serem efetivadas.
Confiam
na memória curta da população ou na incapacidade política dos novos
concorrentes que, em regra são tímidos e se inibem com a responsabilidade ou a
representatividade das “raposas da política”.
Estas
“raposas”, principalmente as que têm mandato e querem a renovação deles,
espertamente colocaram um plano de longo prazo em ação, sustentado pelo alto
salário que recebem, as verbas de gabinete que passaram a dispor e com a
imposição aos auxiliares de serviços focados “caso queiram fazer parte da
conquista”.
A
expressão mais repetida por aqueles que querem renovar o mandato, quando fala
com os seus auxiliares mais diretos é: “o mandato é de todos nós e por isso a
luta deve ser de nós todos”.
Os
pré-candidatos, incluídos os que buscam a renovação de mandato, estudam o humor
do eleitor e procuram se amoldar ao que parece com a vontade do desse eleitor,
nem que para isso tenha que disfarçar a sua personalidade e encontrar uma forma
de parecer o candidato desenhado pelo eleitor.
E o que
o eleitor estará querendo no dia 7 de outubro de 2018, dia da realização do
primeiro turno das eleições regionais e nacional?
Desde
agora é exatamente o que os pré-candidatos estão querendo descobrir. Claro que
várias conjunturas são desenhadas, “especialistas” são consultados, para saber
o que, até o dia da eleição, o eleitor estará querendo para o Amapá e para o
Brasil.
Na
atualidade as velhas lideranças estão sendo rejeitadas pelo eleitor devido os
vícios acumulados, ou pelos resultados esperados e que não se confirmaram. Mas,
também, aqueles novos que estão exercendo o mandado pela primeira vez, acabam
sendo envolvidos por esse vento arejador que está dissipando as velhas práticas
dos políticos e deixando novas referências para o cidadão.
O
leitor poderá estar achando que ainda é muito cedo para tratar deste assunto.
Provavelmente seja isso mesmo que o pré-candidato queira que o eleitor faça,
pois, assim, quando o eleitor se dispor a fazer a avaliação, já estará
influenciado pelas novas promessas daqueles que querem se reeleger.
No caso
da eleição no Amapá para o cargo de governador, a situação merece mais atenção,
pois, ao longo dos últimos 20 anos formaram-se dois grupos que, de forma unida,
buscam o Governo do Estado como o torcedor de clube muito popular busca um
lugar na arquibancada de um campo de futebol, querendo sempre o melhor lugar
para “curtir melhor” o jogo ou, no caso, o governo.
O
leitor precisa ficar atento, desenhar os seus desejos, para depois comparar com
as promessas, a personalidade, o histórico e o desempenho dos candidatos e só
depois, decidir-se porá quem dará o seu voto.
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