Rodolfo Juarez
São
muitas as reclamações por parte dos funcionários efetivos de diversas
Secretarias de Estado e de outras unidades de gestão do Governo do Amapá,
devido o modo de administrar de secretários, ou presidentes, chefes ou
coordenadores de unidades de gestão.
A
escolha, levando em consideração apenas o viés político, daqueles gestores
estão deixando a gestão estadual desuniforme, com objetivos dispersos e sem
condições de cumprir programas, projetos ou cronogramas estabelecidos.
Há um
ambiente de espera para que se confirme a incapacidade do gestor e, dessa
forma, surgir motivos políticos para a substituição do comando.
Em
alguns casos, entretanto, são nomeados auxiliares que não podem ser exonerados,
ou pelo menos, não tem como exonerá-los sem contrariar o “pano de fundo” que é
o apoio político.
Para se
ter uma ideia, as indicações para cargo de primeiro e segundo escalão não são
feitas apenas por partidos políticos ou líder político, em muitos casos são
feitos por órgão do Estado, ao qual, publicamente são anunciados a quem o
indicado deve prestar contas.
O fato
é que, nem mesmo a pretendida oxigenação da gestão está sendo alcançada, por
serem as indicações fortemente influenciadas por apoio político e, futuramente,
apoio eleitoral, imaginando que agindo assim, garante a manutenção do poder, ou
mesmo, mina a pretensão de outros concorrentes.
Mesmo
para esse tipo de comportamento é imprescindível informar-se como a população
e, deforma especial com o eleitor, para saber o que está repercutindo, pois ele
pode estar anotando tudo para cobrar na hora certa.
São
muitos os problemas que a gestão do estado enfrenta. Neste exato momento
nenhuma área da administração estadual está aferindo resultados diferentes dos
outros anos e, por isso, não pode estar tranquilo com relação aos princípios da
administração pública listados na Constituição Federal.
O
princípio da eficiência - faz tempo - apresenta índice que não condiz nem com a
expectativa e muito menos com o custo do que é posto nos orçamentos na coluna
da despesa.
Quando
se analisa que, por ano, o Estado está executando um orçamento de cinco bilhões
e meio de reais e se busca resultado desse gasto que não é encontrado, então a
decepção toma conta mesmo daqueles que não querem se deter em verificações mais
detalhadas ou na capacidade que tem o Estado de otimizar os gastos feitos com
dinheiro do contribuinte.
Há
descaso de alguns agentes do Governo do Estado que mostram que não estão
comprometidos com a população e adiam as suas decisões de forma inquietante e,
também irresponsável, deixando todo um setor específico sem as respostas que
precisam ser dados pela gestão.
O desleixo é tanto que tem secretário de
estado de importante unidade de gestão que pouco se importa com o horário,
deixando os representantes de pessoas jurídicas e de pessoas físicas a
esperá-lo ou, então, repassa a sua atribuição para auxiliares que ficam
sobrecarregados.
Não
resta dúvida que o Estado do Amapá conta com um dos melhores grupos de funcionários
efetivos de todo o Brasil em diversas áreas, entretanto, o grupo está
desmotivado devido a falta de liderança técnica e de iniciativas programáticas
para executar e tornar eficiente a gestão.
Mais
uma vez as escolhas, todas elas políticas-eleitorais, minam o ânimo e o
interesse dos funcionários que se vêm preteridos por outros, principalmente os
“de contrato” que não têm a experiência técnica, mas contam com o beneplácito
dos correligionários, como troca do esforço pelas bandeiradas durante a campanha
ou pela adesão dos dirigentes partidários, atraídos para a gestão.
Faz
algum tempo que o Amapá chegou à bifurcação e sabe que um rumo leva a lugar
nenhum e o outro rumo pode levar à reconquista da eficiência nos resultados.
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