Rodolfo Juarez
Outra
vez as autoridades do Governo e do Município de Macapá voltam a discutir um
assunto que está desafiando os administradores e seus auxiliares, e aborrecendo
a população, tantas foram as palavras gastas, mas que não levaram a qualquer
resultado.
Desta
feita o centro da conversa, pelo menos para consumo da imprensa, mesmo aquela
comprometida em falar bem do Governo, foi a situação da orla da cidade desde o
Canal do Jandiá até o Araxá e o Shopping Popular.
Tenho a
impressão que é para tentar mudar o foco do problema criado a partir da
sentença da Justiça Federal que manda que pelo menos 400 famílias desocupem uma
área no prosseguimento da orla.
Entendo
que por isso se voltou a mexer nos dois assuntos que bem representam a confusão
que a administração municipal e a administração estadual criaram para todos os
que acreditaram nas informações dadas pela metade, para os diretamente afetados
e aqueles que seriam afetados de modo indireto.
Estou
me referindo ao “tal” do Shopping Popular que seria construído no local onde
estava funcionando a feita da São José com Feliciano Coelho.
Lembram?
A estrutura daquela feita fora apresentada como algo revolucionária. Sei pelo
menos que era diferente, mas não sei se era revolucionária. Tinha um defeito
pelo menos: os depósitos de mercadorias eram pequenos, entretanto tinha todos
os equipamentos de apoio de que precisa uma feita.
Pois
tudo aquilo foi derrubado em uma semana apenas e, de lá para cá já se passaram
mais de dez anos e o Shopping Popular não saiu do chão. As desculpas são as
mais variadas, mas como diz um dos feirantes do local: “eu acreditei e perdi”.
Aliás,
esse é o sentimento de todos aqueles que estão no meio da Avenida Antônio
Coelho de Carvalho, entre as ruas São José e Tiradentes, sob uma cobertura que
fora projetada para durar 6(seis) meses e está resistindo (??) por todo esse
tempo.
Os
municípios estão garroteados pelos compromissos e pelo paternalismo que se
instalou na sua folha de pagamento, isso faz tempo, que “sempre cabe mais um”,
mesmo quando são tirados alguns para a folha da União.
Os
orçamentos pequenos para os grandes problemas dos municípios tornam os
prefeitos dependentes, seja das transferências voluntárias da União ou Unidades
Federais, seja por ocasionais transferências voluntárias do Governo do Estado,
isto sob muita conversa e algumas promessas.
Evidente
que o município de Macapá, com recursos do seu orçamento, não tem condições
para recuperar o muro de arrimo da orla, precisa que esse projeto de
recuperação tenha o comprometimento do Governo do Estado, que, aliás, foi o
executor originário do projeto.
Sem
manutenção, o tempo e as águas do Rio Amazonas vêm mostrando que é preciso
agir, pois, de outra forma, daqui a pouco, não haverá mais muro de arrimo nem
orla organizada.
Já
pensou uma situação dessas?
Tomara
que não seja apenas mais uma propaganda oficial no sentido de atrair a atenção
e, quem sabe, render alguns votos preciosos no dia 7 de outubro de 2018.
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