domingo, 15 de outubro de 2017

É preciso valorizar o talento

Rodolfo Juarez
Estou impressionado com a falta de instrumentos públicos que possibilitem o desenvolvimento e a preservação de talentos no Estado do Amapá.
Por aqui cada um “se vira” como pode, pois os talentos, em qualquer área, não são recompensados por ser talentosos e por fazer a diferença no meio social em que todos nós vivemos.
O talento que vou destacar, de forma indiscutível, vem contribuindo e muito, ao longo de toda a sua vida, para que a população melhore os seus conhecimentos e possa encontrar nos seus apontamentos os dados que são inerentes a cada um de nós e de todos aqueles que participam de qualquer atividade social e econômica no Amapá.
O historiador e pesquisador amapaense Edgar Rodrigues, com 62 anos dedicou o seu talento de escritor e pesquisador para os interesses do Amapá e dos amapaenses e, de todos, independentes de suas nacionalidades, origens, raças, está sendo uma referência que nos mostra esse “lado b” da formação de uma sociedade defeituosa por culpa dos seus agentes sociais, e principalmente políticos.
É impossível deixar de reconhecer o talento de Edgar Rodrigues e não importar com o que significa para cada um dos dirigentes públicos e privados, agentes sociais e daqueles que sempre vão precisar dos dados organizados cronologicamente por esse homem que o destino colocou a serviço da nossa sociedade.
Está claro que ele precisa de mais, muito mais do que os quatro mil e quinhentos reais para pagar a cirurgia em um dos olhos. Ele precisa ser reconhecido, também materialmente pelo Estado, que não pode virar de costas para esse homem que está fazendo o Amapá ser lembrado e conhecido por tantos outros brasileiros e não brasileiros deste planeta Terra.
Edgar Rodrigues é um dos maiores pesquisadores da história do Amapá e informa pelas redes sociais, espontânea e gratuitamente a todos aqueles que precisam dos dados históricos e não históricos do Amapá.
E faz isso muito bem!
O material que conseguiu publicar está em três livros, muito embora tenha material para mais de 10, tudo de interesse de todos, daqui e de fora, além de artigos e reportagens que são aulas que comprovam o seu talento.
Para conseguir o dinheiro que precisa – R$ 4.500,00 – para custear a cirurgia no seu próprio olho está vendendo apostilas com conteúdo preciso, de valor inestimável, com objetivo de pagar o sistema privado de saúde uma vez que, se continuar esperando a fila do serviço público, corre o risco de perder completamente a visão e a sociedade perder seu talento.
Faz questão de dizer: “não estou pedindo dinheiro. Eu estou vendendo apostilas porque estou desempregado há dois anos. Estou tendo respostas positivas, mas ainda falta dinheiro”.
Entre tantos absurdos nesta constatação vê-se que um talento do tamanho e significado de Edgar Rodrigues padecer com a falta de emprego. Está desempregado e com tantos contratos administrativos distribuídos na esfera pública, não é possível que nenhum se ajustasse ao talento deste escritor e pesquisador.
Até quando vamos tratar assim os talentos? Até quando vamos deixar que essas pessoas, muito úteis à sociedade se debatam para sobreviver? Até quando não vamos garantir vida digna a um expoente do conhecimento?
É preciso resolver essa questão.
Mas, enquanto isso, informamos que as apostilas que estão à venda são das séries “Conhecendo Melhor as Coisas do Amapá” e “Datas Comemorativas 2017”. Procure as redes sociais através do nome do autor e pelo número de telefone (96) 9 8402 8693, ou no endereço da Rua Odilardo Silva, n.º 1399 – Centro de Macapá.

Vale lembrar que o Estado tem obrigação e condição de atender a necessidade desse talento, e de corrigir essa injustiça, oferecendo-lhe um emprego decente onde possa mostrar que o talento faz a diferença. Os sem talento, fazem número.

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