Rodolfo Juarez
Esta
semana estive na Feira do Perpétuo Socorro, aliás, sempre que posso vou até
àquela feira para comprar os alimentos dos quais eu e a minha família
precisamos, e para encontrar com velhos amigos e companheiros de jornada que
por lá estão fazendo o mesmo que eu – querendo alimentação saudável e mais em
conta, afinal na realidade local tornou-se necessário economizar para poder
pagar a conta de energia.
Antes,
quando estávamos na época da chuva, todas as desculpas e até a tolerância de
cada um era debitado para os aperreios que o período coloca para os
administradores, não só das feiras populares, mas também de todo o sistema
viário e áreas de acesso a locais públicos como feiras, mercados e, também, às
residências daqueles que moram em Macapá.
Os
montes de lixo, recheado com resto de peixe, de carne, verduras, hortaliças e
de tudo o que o que se transforma em sobra nos boxes da feira e que são jogadas
naquele monte que atrai urubus, ratos, baratas entre outros animais e larvas
menos conhecidos, que ali se alimentam ou se proliferam.
Mas
agora é verão... Mudou alguma coisa?
Não
mudou nada.
Lá
estão montes em diversos lugares, não obstante o esforço dos dirigentes da
Associação dos Pescadores que assumiram uma espécie de gestão do local e,
dentro dos seus limites, procuram, pelo menos internamente, manter a disciplina
e a higiene compatíveis com o local.
Para
quem chega de carro a primeira disputa é com o “guardador”, sempre apontando o
“melhor local”, mesmo que não tenha nada a ver com qualquer coisa que indique
que ali é um estacionamento.
Uma vez
estacionado, a próxima luta é com os “atrevidos” urubus que passeiam faceiros
disputando espaços com os pedestres, muito embora, logo adiante, em uma espécie
de “morro” se espremam 20 ou 30 urubus, sempre em movimento, como que, de
longe, selecionando a melhor carniça e o melhor momento de agir.
Diga-se
que o prédio da feira do bairro Perpétuo Socorro está tecnicamente adequado às
mínimas necessidades do local se não houvesse o funcionamento da feira que,
nesse momento, precisa dispor de outros elementos capazes de manter a
sanitariedade do local.
A feira
está próxima do Igarapé das Mulheres, tanto pela parte da frente como pelo lado
esquerdo do prédio, possibilitando drenagem sem grandes custos, desde que
fossem pavimentadas as vias que limitam o prédio, com asfalto ou elementos de
concreto, dando harmonia e disciplina para o local.
A parte
da população que frequenta a Feira do Bairro Perpétuo Socorro tem demonstrado,
ao longo do tempo, que é importante para aquele público e ainda muito mais para
aqueles que de lá tiram o seu sustento trabalhando filetando, cortando carne,
vendendo verduras, hortaliças, farinha, galinha caipira, e tudo o que é próprio
de feiras populares.
O
agente público não precisa esperar por necessidade de reforma no prédio ou na
estratégia de distribuição dos produtos em venda para agir.
É
urgente a necessidade de completar o serviço, com uma resposta aos que ali
trabalham e que para lá atraem os compradores, verdadeiros clientes cativos,
que pelo menos uma vez por semana vai lá, mesmo que para chegar tenha
dificuldade, pois, no momento compensa pela diversidade de produtos de origem
animal e vegetal que ali são expostos para a venda.
Trata-se
de uma questão de responsabilidade do agente público. Os agentes privados e a
população estão fazendo o seu papel.
Que tal
antecipar-se ao atraso já constado e agir?
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