domingo, 1 de outubro de 2017

A Feira do Perpétuo Socorro

Rodolfo Juarez
Esta semana estive na Feira do Perpétuo Socorro, aliás, sempre que posso vou até àquela feira para comprar os alimentos dos quais eu e a minha família precisamos, e para encontrar com velhos amigos e companheiros de jornada que por lá estão fazendo o mesmo que eu – querendo alimentação saudável e mais em conta, afinal na realidade local tornou-se necessário economizar para poder pagar a conta de energia.
Antes, quando estávamos na época da chuva, todas as desculpas e até a tolerância de cada um era debitado para os aperreios que o período coloca para os administradores, não só das feiras populares, mas também de todo o sistema viário e áreas de acesso a locais públicos como feiras, mercados e, também, às residências daqueles que moram em Macapá.
Os montes de lixo, recheado com resto de peixe, de carne, verduras, hortaliças e de tudo o que o que se transforma em sobra nos boxes da feira e que são jogadas naquele monte que atrai urubus, ratos, baratas entre outros animais e larvas menos conhecidos, que ali se alimentam ou se proliferam.
Mas agora é verão... Mudou alguma coisa?
Não mudou nada.
Lá estão montes em diversos lugares, não obstante o esforço dos dirigentes da Associação dos Pescadores que assumiram uma espécie de gestão do local e, dentro dos seus limites, procuram, pelo menos internamente, manter a disciplina e a higiene compatíveis com o local.
Para quem chega de carro a primeira disputa é com o “guardador”, sempre apontando o “melhor local”, mesmo que não tenha nada a ver com qualquer coisa que indique que ali é um estacionamento.
Uma vez estacionado, a próxima luta é com os “atrevidos” urubus que passeiam faceiros disputando espaços com os pedestres, muito embora, logo adiante, em uma espécie de “morro” se espremam 20 ou 30 urubus, sempre em movimento, como que, de longe, selecionando a melhor carniça e o melhor momento de agir.
Diga-se que o prédio da feira do bairro Perpétuo Socorro está tecnicamente adequado às mínimas necessidades do local se não houvesse o funcionamento da feira que, nesse momento, precisa dispor de outros elementos capazes de manter a sanitariedade do local.
A feira está próxima do Igarapé das Mulheres, tanto pela parte da frente como pelo lado esquerdo do prédio, possibilitando drenagem sem grandes custos, desde que fossem pavimentadas as vias que limitam o prédio, com asfalto ou elementos de concreto, dando harmonia e disciplina para o local.
A parte da população que frequenta a Feira do Bairro Perpétuo Socorro tem demonstrado, ao longo do tempo, que é importante para aquele público e ainda muito mais para aqueles que de lá tiram o seu sustento trabalhando filetando, cortando carne, vendendo verduras, hortaliças, farinha, galinha caipira, e tudo o que é próprio de feiras populares.
O agente público não precisa esperar por necessidade de reforma no prédio ou na estratégia de distribuição dos produtos em venda para agir.
É urgente a necessidade de completar o serviço, com uma resposta aos que ali trabalham e que para lá atraem os compradores, verdadeiros clientes cativos, que pelo menos uma vez por semana vai lá, mesmo que para chegar tenha dificuldade, pois, no momento compensa pela diversidade de produtos de origem animal e vegetal que ali são expostos para a venda.
Trata-se de uma questão de responsabilidade do agente público. Os agentes privados e a população estão fazendo o seu papel.
Que tal antecipar-se ao atraso já constado e agir?

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