Primeira foto: Jurandil Juarez (filho), Raimunda Juarez (esposa), Heráclito Juarez e Rodolfo Juarez (filho)
Segunda foto: Dilma Juarez (filha) e Heráclito Juarez.
Meu pai
completaria hoje, dia 7 de outubro de 2017, 95 anos de vida. Vida que foi
prematuramente encerrada em 1973, aos 51 anos, depois de perder a luta contra
uma arteriosclerose que venceu também os médicos e paramédicos da Beneficente
Portuguesa, em Belém do Pará. Uma breve descrição desse homem que continua
sendo referência para sua esposa, os doze filhos, e outros parentes e
aderentes.
Heráclito
Juarez Filho nasceu em Alagoas, em 7 de outubro de 1922, e morreu em Belém do
Pará em 03 de dezembro de 1973, deixando a esposa Raimunda Pureza Juarez e 12
filhos: 9 homes e 3 mulheres.
Filho
de Heráclito Juarez de Araújo e Silva e Rosa Lima de Araújo e Silva, Heráclito
Juarez Filho era o 4.º filho da lista de oito que era composta por 5 homens e 3
mulheres.
Um
pouco antes de casar, no começo do ano de 1944, construiu um pequeno abrigo, ao
qual chamou de casa, nas margens do rio Lipo-Lipo, afluente do rio Santana,
para onde, em 1949, mudou-se para um local que permitia melhor calado para
ancorar embarcações do tipo regatão, comum naquela época.
No novo
local, começou com a compra de borracha, na forma de bolão e pele, além de
sernambi, todos comercializados em Belém do Para.
No
porto próprio que construira, em uma espécie de troca de mercadoria, embarcava
castanha, pracaxi, ucuúba, entre outros, e em troca, recebia produtos de estiva
como: açúcar branco, açúcar moreno, sal, aguardente, fósforo, entre outros
produtos que supriam as necessidades da família e dos seus fregueses. Também
tinha compra regular de madeira, tipo dormente, juntados em jangadas, para serem
usados na construção, e depois manutenção da Estrada de Ferro do Amapá.
Em 1954
mudou-se para a sede do município de Afuá, para dar oportunidade ao primeiro
filho, que precisava ir para a escola regular que só era oferecido, naquela
época, na sede do município.
Em 1959,
depois da conclusão do Curso Primário do primeiro filho, com toda a família mudou-se
para Macapá tendo como principal motivação o Exame de Admissão, pré-requisito
para que houvesse o ingresso no Curso Ginasial. Chegou em Macapá na madrugada
do dia 11 de dezembro de 1959, para morar no bairro do Elesbão, onde hoje é a
esquina da Avenida Pedro Baião com a Rua São José, no começo do bairro Santa
Inês.
Heráclito
Juarez Filho sempre foi comerciante. Desde o começo, na confluência do rio
Lipo-Lipo com o rio Santana, em 1944, já usava uma pequena montaria com motor
de popa marca Penta, de 4 e ½ cavalos, que depois foi trocado por um motor
Johnson de 8 cavalos e, mais tarde por um Penta de 12 cavalos, na poupa de uma
“batelão” de madeira, como capacidade de uma tonelada, para transportar os
produtos da floresta para a cidade de Afuá e de lá trazer, produtos de estivas
para comercializar com os seus clientes, fornecedores dos produtos da floresta
e aqueles que eram catados nos rios, como maracujá, camocim, xuru, juntamente
como ucuúba, apanhado de paneirinho de cabo.
Quando
chegou na sede do município de Afuá alugou uma embarcação de 12 toneladas e a
vela, de nome “Maria Santíssima”, com a qual começou fazer o regatão entre
Belém e Afuá, e entre Macapá e Afuá. Mais tarde comprou a canoa a vela Maria
Santíssima que foi substituída por outra embarcação maior, de 26 toneladas, na
qual colocou o nome de “Iate Juarez”.
No
começo de 1970, já com os três primeiros filhos matriculados em cursos
superiores em Belém do Pará, comprou uma casa que servia de apoio aos filhos
estudantes e à toda a família, quando em Belém.
Heráclito
Juarez Filho morreu em 03 de dezembro de 1973 e foi sepultado em Macapá no dia
6 de dezembro de 1973, no Cemitério de Nossa Senhora da Conceição, no centro de
Macapá.
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