Rodolfo Juarez
Começou
o mês de novembro e parece natural a preocupação daqueles que têm a BR-156 e a
BR-210, além das rodovias do Sistema Rodoviário Estadual, como uma alternativa
para o desempenho de atividades e de a maneira que permita o ir e vir de
empreendedores, trabalhadores e de todos aqueles que precisam se deslocar se
valendo das rodovias.
Para
efeito deste artigo vamos considerar a BR-156 como a rodovia que tem seu ponto
de referência em Macapá, de onde saem os dois troncos rodoviários: um no rumo
Norte, que tem como ponto final Oiapoque; e outro no rumo Sul, que tem como
ponto final Laranjal do Jari.
A
BR-210, para os interesses deste artigo, é a rodovia que sai de Porto Grande e
chega até as aldeias indígenas, passando por Pedra Branca do Amapari e por
Serra do Serra do Navio.
O
Sistema Rodoviário Estadual, que no momento incorpora todos os antigos sistemas
rodoviários municipais, com todas as demais rodovias que estão no Amapá,
inclusive a Rodovia JK, a Rodovia Duca Serra, e a Rodovia Alceu Paulo Ramos,
entre outras.
Percebe-se
que o Amapá tem uma malha rodoviária que precisa ser cuidada e que divide a sua
administração entre o Governo Federal, através do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte (Dnit) e a Secretaria de Estado dos Transportes
(Setrap). O Dnit é responsável pelas rodovias BR-156 e BR-210, e o Setrap é o
responsável pelas demais rodovias do Estado.
Com
relação à BR-156, rumo Norte, o Dnit não tem conseguido vencer os problemas que
todo ano ocorrem, principalmente nos 110 km, no trecho entre Calçoene e
Oiapoque, que está dividido em dois lotes, ditos como contratados e com ordens
de serviço expedidas, mas que não andam. Esse trecho, há mais de 5 anos proporciona
momentos indesejados aos condutores e passageiros, com atoleiros
instransponíveis e que obriga a manter máquinas pesadas para serviços de
emergência e arrasto de veículos.
Com
relação à BR-156, rumo Sul, esse o Dnit dividiu em 4 “lotes”, numerados na
direção Macapá/Laranjal do Jari, o primeiro, portanto, é o mais próximo de
Macapá, que está com convênio assinado com o Governo do Estado, como
construtor, há mais de 4 anos, inclusive, segundo o Superintendente do Dnit no
Amapá, com dinheiro em conta, mas que não começa. Os outros três lotes, já teve
anúncio de todo tipo, inclusive de que seria executado pelo Batalhão Especial
de Construção do Exercito – BEC, o que não se confirmou, também não começam.
As
rodovias estaduais, quando for divulgada a estatística do final do exercício,
não apresentarão melhorias se não for considerado o projeto identificado como
“alargamento da Rodovia Duca Serra”, que não influencia na qualidade da
rodovia, mas apenas propõe oferecer fluxo para maior número de veículos devido
à demanda que, atualmente, provoca congestionamentos indesejáveis. Além do
mais, o modo usado não respeitou o meio ambiente e colocou uma carga de aterro
muito grande dentro da Lagoa dos Índios, um das referências ambientais da
Capital.
A
Rodovia JK, a mais importante rodovia turística do Sistema, está precisando de
restauração em muitos pontos e de reconstrução, para elevação do “grade”, em
muitos outros.
A AP-70
precisa de alteração em muitos pontos de curva, onde a superelevação invertida
tem encerrado a vida de muitos condutores que passam pelo trecho em acidentes
evitáveis e que poderiam salvar vidas. As demais rodovias, todas elas, precisam
melhorar, e muito.
O
Estado do Amapá, por isso, se ressente de um Programa Rodoviário que abranja os
interesses do Amapá, integrando os esforços e cumprindo os cronogramas que,
pelo menos até agora, não têm conseguido alcançar um dos princípios básicos da
Administração Pública, em nenhuma hipótese, o Princípio da Eficiência.
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