Rodolfo Juarez
Estamos
começando o penúltimo mês do ano. Ao mês de novembro, já há alguns anos, foi
atribuída a cor azul, com especial motivação para que os homens lembrem que
também têm que se cuidar, fazendo exames médicos, alguns específicos, outros
rotineiros, mas sempre importantes para o enfrentamento dos desafios do
dia-a-dia.
Mas o
mês de novembro também é muito importante para a população de um modo geral,
afinal de contas é novembro que os deputados estaduais e os vereadores decidem
em que vai ser gasto a receita pública, resultado do recolhimento dos tributos
pagos por todos os contribuintes.
É nesse
momento que os liderados, os eleitores, precisam cobrar dos seus líderes
locais, deputados estaduais e vereadores, os projetos que são dos seus
especiais interesses e os fez balançar as bandeiras, comparecer nas reuniões e
participar de caminhadas que levaram os então candidatos a se eleger e, agora,
em condições de influenciar para que os projetos sejam, finalmente, realizados.
Os
deputados estaduais, da atual legislatura, já têm a experiência de ter
elaborado dois orçamentos e ver que os problemas continuam e, até, aumentaram
deixando os seus eleitores contrariados. Por isso é importante lembrar que a
próxima discussão do orçamento estadual já será feita com alguns dos atuais
deputados em despedida do parlamento, uma vez que a eleição vai acontecer no
começo de outubro de 2018.
Para os
vereadores é a segunda oportunidade para discutir o orçamento municipal, agora,
como os próprios vereadores alardeiam, com mais experiência e conhecendo melhor
a realidade econômica municipal. Mesmo assim não vai evitar a pressão do
eleitor que está atento para saber como vai ser distribuído o dinheiro que
comporá o orçamento de 2018 e que já consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
A
Assembleia Legislativa, de uma forma geral, não tem dado a resposta que a
população espera, com os deputados preferindo alinhar-se com o Executivo,
atendendo os interesses de o outro Poder que não aquele que compõe e para o
qual fora eleito.
Os
deputados estaduais, de um modo geral, estão devendo muito para os eleitores
amapaenses. Em regra, os eleitores se esforçam para fazer do parlamento
estadual uma referência, mas os deputados insistem em antigas práticas onde o
personalismo ou os interesses não republicanos turvam a esperança de todos.
Nesse
começo de novembro deveriam começar as avaliações de desempenho de todo o setor
público e a conclusão dos relatórios dos órgãos controle, todos eles, para que
fossem debatidas as medidas saneadoras dos erros da gestão e incentivadas as
medidas que representam a efetividade da administração pública.
Deixar
apenas que o tempo de novembro passe como se fosse um tempo de espera para o
Natal e o Ano Novo não é a melhor decisão. A população precisa de medidas
objetivas para que seja diminuído, ou pelo menos estabilizado o tamanho da
dívida social que os governos mantêm com a população local que vê suas
conquistas desaparecerem e os seus projetos diluídos pela desesperança.
As
obras públicas paradas, os serviços públicos precários, especialmente na saúde
e na educação e, agora, as dificuldades apresentadas pela segurança pública são
motivos que exigem consolidação das informações disponíveis em cada escaninho
do setor público para seja elaborado um conjunto de propostas viáveis para que
o Amapá retome, em 2018, sem caminho natural de desenvolvimento.
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