Rodolfo Juarez
Quanto
mais se aproxima o dia das eleições regionais e nacional, mais se percebe que a
responsabilidade pela esperada mudança no rumo do sistema político estadual e
nacional depende do eleitor que, até agora, pacientemente espera pelo momento
mais adequado para começar a sua participação no processo, antes do clímax que
ocorre no dia 7 de outubro.
Até
agora, a menos de 200 dias da eleição, os organizadores e fiscalizadores do processo
ainda não colocaram os eleitores - os principais agentes -, no circuito
deixando-os a imaginar, apesar de toda a situação nacional e local, que há
pouco interesse na mudança nos resultados, pelo menos trocando parte daqueles
que não apresentaram o que prometeram e até se meteram em enrascada das quais
não conseguem se livrar.
Os mais
acostumados com o processo é que veem as suas chances aumentarem quando
percebem que serão pouquíssimas as novidades e a quantidade dos ingressantes no
processo eleitoral é até menor do que noutros tempos sem as reclamações que são
colocadas todos os dias em relação às dificuldades que a população enfrenta,
para ver-se atendida pelos serviços que deveriam ser prestados, com excelência,
pelo Estado.
Os que
anunciam interesse em disputar o cargo máximo que estará em disputa em outubro
de 2018, que é o de Presidente da República, são os mesmos que disputaram as
eleições anteriores e que são apontados, muitas vezes reciprocamente, como
responsáveis pelas dificuldades que o país atravessa nesse momento da eleição.
Essa
mesma projeção pode ser feita para o Amapá, no caso da disputa para o cargo de
Governador do Estado, quando as novidades são poucas e o número de candidatos
deve ser menor nestas eleições, deixando a impressão que há dificuldades para
renovação de lideranças e, com isso, todo o discurso da necessidade de
encontrar novos rumos para a administração estadual, não motiva o aparecimento
dessas novas propostas.
No
âmbito legislativo, quando poderiam ser renovados dois terços dos atuais
oitenta e um senadores, as perspectivas nacionais são pequenas com relação à
renovação desse importante plenário. Os motivos são estruturais, tanto
decorrentes da legislação, como do poder econômico partidário, além da
permanente autoproteção levantada pelos legisladores no sentido de garantir
vantagens na movimentação para o exercício das campanhas.
Na
Câmara Federal, com 513 parlamentares, os projetos que poderiam mudar, com
celeridade, o modo adotado atual são mantidos em “banhomaria” até o
encerramento do mandato e, quando não renovado, esquecido nos escaninhos que a
burocracia reserva quando o assunto não entra na lista do interesse imediato.
O
eleitor amapaense manda para a Câmara Federal oito dos 513 formadores deputados
federais e sempre com renovação significativa de nomes, desta vez não será
diferente e nem por causa da crise ou da situação, mas pela regra estabelecida
pelo eleitor local.
Para a
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá serão eleitos 24 deputados estaduais
e pode ser aonde haja o maior índice de renovação, considerando o histórico
recente que passaram a fazer parte do currículo dos atuais deputados estaduais.
A
Assembleia Legislativa do Estado por estar mais perto é onde o eleitor está de
olho, vendo detalhes e avaliando o comportamento de cada parlamentar, que
também conta com os seus fies eleitores e seguidores, sempre dispostos a
apresentar justificativas para cada comportamento.
Por
tudo isso, e a pouco menos de 200 dias da eleição de outubro, não há
perspectivas de mudanças que impliquem no surgimento de novas lideranças
políticas ou estratégias inovadoras de administrar ou representar o interesse
público.
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