quarta-feira, 14 de março de 2018

No Amapá: Governo Estadual precisa recuar


Rodolfo Juarez
A educação é um dos temas mais importantes para serem detalhados pelos governos e aplicados pelos gestores no âmbito de uma administração.
O sistema estadual, por ser o principal responsável pelo ensino médio, sem deixar de influenciar nos sistemas municipais, desde as creches até o ensino fundamental, e também, com o ensino superior nas áreas técnicas de interesse do programa de desenvolvimento estrutural e econômico estadual, precisa ser cuidado com zelo e presteza, sem permitir desvios de finalidade, tanto no conteúdo programático como no atendimento escolar.
É um sistema que se renova e precisa ser implantado na sua plenitude para que os resultados esperados e possíveis apareçam. Não há espaço para desvio de atenção, tanto da administração escolar como da infraestrutura de apoio, para que os professores e alunos tenha dedicação integral à aprendizagem e aproveitamento total do tempo que lhes são destinados.
Não dá para entender que horários sejam cortados pela metade e os alunos dispensados mais sedo por falta de merenda escolar, ou de professor, ou de merenda e professor, levando o aluno e os pais de aluno a se irritar com desleixos e descumprimento de promessas feitas antes do primeiro dia de aula.
Colocar a culpa nos pais de aluno ou nos próprios alunos é contrariar o esforço, por exemplo, que ambos fazem para garantir uma matrícula, muito embora seja um direito consagrado nas regras e uma necessidade desses brasileiros que, mais tarde precisam estar preparados para melhor orientar os destinos do Estado e do Brasil.
Entre tantos inesperados acontecimentos, desde o começo do atual governo foi estabelecido uma política que se mostrou completamente equivocada, tomada por impulso ou por falta de competência para administrar situações que se mostravam conflituosas entre as empresas fornecedoras de mão de obra e o governo do Estado.
A decisão de substituir os vigilantes que trabalhavam nas escolas estaduais por um sistema de câmera não deu certo. Mesmo a economia alegada não foi comprovada e os prédios das escolas passaram a ser visitados por assaltantes que passaram depredar as escolas levando equipamentos e tudo o que encontravam na escola.
Mais recentemente os invasores se tornaram mais audaciosos e passaram a fazer arrastão dentro das escolas.
Os professores e alunos perderam completamente a tranquilidade de estar na escola e, com isso, a insegurança ocupou o espaço que estava reservado para os experimentos de liberdade; a tranquilidade desapareceu e o medo se integrou ao sentimento de alunos, professores e todos aqueles que trabalham na escola ou têm filhos nas escolas.
Voltar com a vigilância é uma tomada de decisão que precisa de urgência para ser adotada, desta feita, infelizmente, com vigilância armada, pois os assaltantes já mapearam todos os prédios do sistema estadual de ensino e preparam seguramente, com mais detalhes as suas ações.
O Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, por enquanto deixa a proteção dos alunos para a Polícia Militar que já criou até um Pelotão Escolar que, apesar do conhecido empenho, não está conseguindo alcançar os resultados planejados.
Voltar com a vigilância, e desta feita armada, certamente é um recuo, mas, as estatísticas disponíveis indicam a necessidade. Para este momento ser teimoso significa ser inconsequente e irresponsável.
O Governo Estadual precisa recuar da decisão anteriormente tomada, considerando o bem de alunos, professores, pais de alunos, demais trabalhadores do sistema educacional e da própria educação.

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