Rodolfo Juarez
A
educação é um dos temas mais importantes para serem detalhados pelos governos e
aplicados pelos gestores no âmbito de uma administração.
O
sistema estadual, por ser o principal responsável pelo ensino médio, sem deixar
de influenciar nos sistemas municipais, desde as creches até o ensino
fundamental, e também, com o ensino superior nas áreas técnicas de interesse do
programa de desenvolvimento estrutural e econômico estadual, precisa ser cuidado
com zelo e presteza, sem permitir desvios de finalidade, tanto no conteúdo
programático como no atendimento escolar.
É um
sistema que se renova e precisa ser implantado na sua plenitude para que os
resultados esperados e possíveis apareçam. Não há espaço para desvio de
atenção, tanto da administração escolar como da infraestrutura de apoio, para
que os professores e alunos tenha dedicação integral à aprendizagem e
aproveitamento total do tempo que lhes são destinados.
Não dá
para entender que horários sejam cortados pela metade e os alunos dispensados
mais sedo por falta de merenda escolar, ou de professor, ou de merenda e
professor, levando o aluno e os pais de aluno a se irritar com desleixos e
descumprimento de promessas feitas antes do primeiro dia de aula.
Colocar
a culpa nos pais de aluno ou nos próprios alunos é contrariar o esforço, por
exemplo, que ambos fazem para garantir uma matrícula, muito embora seja um
direito consagrado nas regras e uma necessidade desses brasileiros que, mais
tarde precisam estar preparados para melhor orientar os destinos do Estado e do
Brasil.
Entre
tantos inesperados acontecimentos, desde o começo do atual governo foi
estabelecido uma política que se mostrou completamente equivocada, tomada por
impulso ou por falta de competência para administrar situações que se mostravam
conflituosas entre as empresas fornecedoras de mão de obra e o governo do
Estado.
A
decisão de substituir os vigilantes que trabalhavam nas escolas estaduais por
um sistema de câmera não deu certo. Mesmo a economia alegada não foi comprovada
e os prédios das escolas passaram a ser visitados por assaltantes que passaram
depredar as escolas levando equipamentos e tudo o que encontravam na escola.
Mais
recentemente os invasores se tornaram mais audaciosos e passaram a fazer
arrastão dentro das escolas.
Os
professores e alunos perderam completamente a tranquilidade de estar na escola
e, com isso, a insegurança ocupou o espaço que estava reservado para os
experimentos de liberdade; a tranquilidade desapareceu e o medo se integrou ao
sentimento de alunos, professores e todos aqueles que trabalham na escola ou
têm filhos nas escolas.
Voltar
com a vigilância é uma tomada de decisão que precisa de urgência para ser
adotada, desta feita, infelizmente, com vigilância armada, pois os assaltantes
já mapearam todos os prédios do sistema estadual de ensino e preparam
seguramente, com mais detalhes as suas ações.
O
Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, por enquanto deixa a
proteção dos alunos para a Polícia Militar que já criou até um Pelotão Escolar
que, apesar do conhecido empenho, não está conseguindo alcançar os resultados
planejados.
Voltar
com a vigilância, e desta feita armada, certamente é um recuo, mas, as
estatísticas disponíveis indicam a necessidade. Para este momento ser teimoso
significa ser inconsequente e irresponsável.
O
Governo Estadual precisa recuar da decisão anteriormente tomada, considerando o
bem de alunos, professores, pais de alunos, demais trabalhadores do sistema
educacional e da própria educação.
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