Rodolfo Juarez
Apesar
de toda a nostalgia dos tempos não tão distante, a realidade nos recomenda
cautela e preocupação com o presente e, especialmente com o futuro.
Essa
reflexão caberia para várias análises da conjuntura social da atualidade no
Estado do Amapá e, especialmente, nos centros urbanos contíguos do Estado:
Macapá e Santana.
Entretanto,
nesse leque de faixas para reflexão, não dá para escolher de forma aleatória,
pois é preciso selecionar aquela que vem demonstrando mais preocupação para
todos e modificando a sensação que é esperada pelas pessoas que simplesmente
precisam dispor do seu direito à vida e não ver a sua liberdade cerceada.
Os
registros oficiais já demonstram que é preciso encontrar uma maneira de
devolver para a população o que já teve um dia e que já não têm agora, apesar
da modernidade e, principalmente, das promessas feitas por aqueles que
assumiram a responsabilidade de bem tratar os interesses de todos.
São
esses interesses que estão ficando completamente desprotegidos, muito embora o
cidadão esteja cumprindo com a sua obrigação e mantendo a contribuição através
do pagamento de tributos.
A
segurança pública é a faixa daquele leque que precisa ser mais bem cuidada,
mais estudada e trabalhada para que os resultados ruins não transformem, de
vez, o cotidiano dos que trabalham e estudam, e confiaram na competência para
que esse problema não fizesse parte das preocupações da população.
Mesmo
assim, não está sendo possível entender o que está acontecendo para que a
violência se dissemine como uma praga indesejável neste jardim formado por
pessoas que entregaram a sua proteção para um sistema que não vem respondendo
aos clamores e que também, precisam proteger-se para poder, pelo menos, contar
a história.
Os
recentes episódios havidos no centro comercial da cidade e em um bairro
residencial em Macapá, com assalto a mão armada e disparos de arma de fogo na
entrada de um banco comercial, ao meio dia, e uma tentativa de roubo de carro e
sequestro de pessoas, também com disparo de arma de fogo e, desta vez, com
morte, são exemplos acabados de falhas na segurança.
E não
adianta identificar heroísmo ou erro, seja lá de quem for, se pessoa física ou
não, o fato é que, a situação é de que no caos criado, pelo menos naquele
momento, deixou dezenas de pessoas em risco iminente de ser atingido ou mesmo,
de morrer acreditando que estava seguro, considerando o momento e o local.
Não
temos nenhum motivo para esperar que a situação se agrave ainda mais. É preciso
agir. Definir estratégias que possibilitem não dar condições para que os
criminosos continuem enfrentando as forças preparadas para a reação, deixando
populares que pouco tem a ver com o problema, a mercê de uma situação, pelo
menos até agora, com possibilidade de ser evitada.
Alegar
falta de condições sem antes esgotar todas as possibilidades e alternativas é
clara irresponsabilidade pública e isso precisa ser evitado.
Esperar
que a situação se modifique para melhor sem alterar os procedimentos é se
acomodar e deixar que a situação se agrave, sem demonstrar as condições que
deveria ter para virar o jogo e deixar, como antes, a população confiante,
tranquila e com a certeza de que pode confiar na competência daqueles que
prometeram assim ser.
A curva
ascendente que registra os crimes não pode alcançar pontos mais altos do que os
já alcançados. A impressão é de que sistema de segurança está se acostumando
com os novos números a população não, ao contrário, está muito preocupada.
E esse
é só um aspecto da faixa do leque que tem outros componentes igualmente
importantes e necessitando de análise para retomada do rumo.
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