quarta-feira, 7 de março de 2018

População do Amapá preocupada com a violência urbana


Rodolfo Juarez
Apesar de toda a nostalgia dos tempos não tão distante, a realidade nos recomenda cautela e preocupação com o presente e, especialmente com o futuro.
Essa reflexão caberia para várias análises da conjuntura social da atualidade no Estado do Amapá e, especialmente, nos centros urbanos contíguos do Estado: Macapá e Santana.
Entretanto, nesse leque de faixas para reflexão, não dá para escolher de forma aleatória, pois é preciso selecionar aquela que vem demonstrando mais preocupação para todos e modificando a sensação que é esperada pelas pessoas que simplesmente precisam dispor do seu direito à vida e não ver a sua liberdade cerceada.
Os registros oficiais já demonstram que é preciso encontrar uma maneira de devolver para a população o que já teve um dia e que já não têm agora, apesar da modernidade e, principalmente, das promessas feitas por aqueles que assumiram a responsabilidade de bem tratar os interesses de todos.
São esses interesses que estão ficando completamente desprotegidos, muito embora o cidadão esteja cumprindo com a sua obrigação e mantendo a contribuição através do pagamento de tributos.
A segurança pública é a faixa daquele leque que precisa ser mais bem cuidada, mais estudada e trabalhada para que os resultados ruins não transformem, de vez, o cotidiano dos que trabalham e estudam, e confiaram na competência para que esse problema não fizesse parte das preocupações da população.
Mesmo assim, não está sendo possível entender o que está acontecendo para que a violência se dissemine como uma praga indesejável neste jardim formado por pessoas que entregaram a sua proteção para um sistema que não vem respondendo aos clamores e que também, precisam proteger-se para poder, pelo menos, contar a história.
Os recentes episódios havidos no centro comercial da cidade e em um bairro residencial em Macapá, com assalto a mão armada e disparos de arma de fogo na entrada de um banco comercial, ao meio dia, e uma tentativa de roubo de carro e sequestro de pessoas, também com disparo de arma de fogo e, desta vez, com morte, são exemplos acabados de falhas na segurança.
E não adianta identificar heroísmo ou erro, seja lá de quem for, se pessoa física ou não, o fato é que, a situação é de que no caos criado, pelo menos naquele momento, deixou dezenas de pessoas em risco iminente de ser atingido ou mesmo, de morrer acreditando que estava seguro, considerando o momento e o local.
Não temos nenhum motivo para esperar que a situação se agrave ainda mais. É preciso agir. Definir estratégias que possibilitem não dar condições para que os criminosos continuem enfrentando as forças preparadas para a reação, deixando populares que pouco tem a ver com o problema, a mercê de uma situação, pelo menos até agora, com possibilidade de ser evitada.
Alegar falta de condições sem antes esgotar todas as possibilidades e alternativas é clara irresponsabilidade pública e isso precisa ser evitado.
Esperar que a situação se modifique para melhor sem alterar os procedimentos é se acomodar e deixar que a situação se agrave, sem demonstrar as condições que deveria ter para virar o jogo e deixar, como antes, a população confiante, tranquila e com a certeza de que pode confiar na competência daqueles que prometeram assim ser.
A curva ascendente que registra os crimes não pode alcançar pontos mais altos do que os já alcançados. A impressão é de que sistema de segurança está se acostumando com os novos números a população não, ao contrário, está muito preocupada.
E esse é só um aspecto da faixa do leque que tem outros componentes igualmente importantes e necessitando de análise para retomada do rumo.

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