Rodolfo Juarez
Domingo,
dia 7 de outubro, foi um dia especial para toda a população brasileira que
encarregou os eleitores de representá-la votando nas seções eleitorais
espalhadas por todo o país. Vamos nos ater às questões do Amapá.
O
Tribunal Superior Eleitoral informou que, no Estado do Amapá estavam aptos a
votar 511.824 eleitores numero que, quando comparado com aqueles de 2014
corresponde a um aumento de 12,33%.
Problemas
registrados às vésperas das eleições podem ter contribuído para que alguns
muitos eleitores não se deslocassem até às suas respectivas seções eleitorais
e, assim, não exercesse o direito e o dever que têm de votar. A abstenção,
número de eleitores que não compareceram para votar chegou a 16,69% do total,
correspondendo a 85.442 votos.
Essa
ocorrência precisa ser analisada pelos organizadores, principalmente a parte
que cabe ao Tribunal Regional Eleitoral, para ver o que aconteceu ou onde está
acontecendo a falha que deu chance para que a ausência, em 2018, fosse desse
tamanho, num tempo de grande comunicação e de declarada vontade de participar do eleitor.
Além
disso, ainda se notou a questão dos votos nulos que ultrapassaram todas as
referências numéricas e devem fazer parte, em destaque, do processo de
avaliação dos organizadores da eleição.
A
apuração mostrou números surpreendentes, como sejam: na eleição para deputado
federal o índice de votos nulos chegou a 11,83% (50.422 votos); para deputado
estadual 8,76% (37.337 votos); para senador 13,37% (113.978 votos) e para
governador 5,34% (27.757 votos).
Anular
voto por erros de terceiros, especialmente dirigentes partidários ou candidatos
desatentos é um desafio à inteligência do eleitor, provocando um efeito
desalentador ao mais eufórico dos eleitores.
O
empenho da Justiça Eleitoral pode, perfeitamente, evitar essas ocorrências e
prejudicar a expressão da vontade do eleitor.
Se
observarmos cada um desses números e analisar os motivos certamente que
estaremos abrindo uma porta para evitar situações parecidas e prevalecer a
vontade soberana dos eleitores.
Como
está sempre será um jogo com possibilidade de criar climas indesejados para o
solene e soberano exercício do voto.
Além
disso, há episódios esporádicos que desafiam a inteligência do eleitor como o
registrado às vésperas da eleição quando foi declarada inexistente uma das
chapas que concorria ao cargo de governador. Na mesma linha e pelo mesmo motivo
foi declarada inexistente uma das chapas que concorria ao cargo de senador da
República.
Durante
os procedimentos para desfazer o que havia sido feito, as duas chapas sofreram
duros golpes deixando em dúvida o eleitor e abrindo flanco para ataques
certeiros dos adversários.
O
resultado foi o embaralhamento do processo e a contabilização dos prejuízos que
afetaram, de forma mortal, todas as chapas e prejudicaram o andamento normal da
campanha. Quando a normalidade foi reposta cautelarmente o estrado já estava
feito prejudicando os concorrentes, os eleitores e o sistema.
Essas
situações precisam ser evitadas.
De nada
adianta tanta tecnologia e tanta discussão sobre ela se permanecem a
complacência e o descuido que permitem afrontar as regas da eleição.
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